Infelizmente os problemas da Sé são comuns às outras Freguesias de Alfama não é possível gerir uma zona histórica quando num raio de 2km no centro histórico de Lisboa as competências se dividem por 12 Juntas de Freguesia, pela Unidade do Projecto de Alfama, pela Administração do Porto de Lisboa (na zona Ribeirinha), pelas diversas Divisões e Departamentos da CML e por várias empresas municipais como a EGEAC e a EMEL. É necessário ter uma visão de conjunto para a zona histórica e alguém que mande. Alfama sofre sobretudo da burocracia e de problemas organizacionais porque aparentemente há dinheiro para fazer obras de € 655 500 no Museu do Fado mas não há dinheiro para pintar as passadeiras e proteger os passeios.
Alfama. O Bairro de Alfama em Lisboa não vive só dos Santos Populares, das marchas do fado e do Lisboa Downtown. Virada a sul com vista para o Rio Tejo, Alfama estende-se do Castelo de São Jorge à Doca do Jardim do Tabaco e é dos maiores destinos turísticos de Lisboa.
sábado, março 31, 2007
TURISTAS NA FREGUESIA DA SÉ HÁ MUITOS MAS FALTA FAZER A REABILITAÇÃO URBANA
€ 655 500 NA EMPREITADA DE REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MUSEU DO FADO
Parece que foi ontem que terminaram as obras mas afinal o Museu do Fado e da Guitarra Portuguesa volta a estar em obras a partir de Outubro. Curiosamente o Museu encerra ao fim se semana quando o número de turistas em passeio aumenta e o café do Museu com vista para o Largo Chafariz de Dentro, onde se arrastam obras intermináveis, está encerrado há alguns meses.
Pelos vistos não é por falta de dinheiro, só é pena não haver orçamento para a pintura das passadeiras nem para a colocação de sinalização dos Parques de estacionamento nem de pilaretes para proteger os passeios quando há espectáculos no Museu.
II.1.5) Designação dada ao contrato pela entidade adjudicante: Empreitada de reabilitação do edifício do Museu do Fado.
II.1.6) Descrição/objecto do concurso
A presente empreitada tem por objecto a execução dos trabalhos descritos nas peças
concursais, consistindo, predominantemente, na remodelação, beneficiação e tratamento
das coberturas e fachadas, reposição de acessibilidades, remodelação da
cafetaria e reabilitação das instalações eléctricas e de segurança do edifício do
Museu do Fado.
A presente empreitada tem por objecto a execução dos trabalhos descritos nas peças
concursais, consistindo, predominantemente, na remodelação, beneficiação e tratamento
das coberturas e fachadas, reposição de acessibilidades, remodelação da
cafetaria e reabilitação das instalações eléctricas e de segurança do edifício do
Museu do Fado.
II.1.7) Local onde se realizará a obra, a entrega dos fornecimentos ou a prestação de serviços
Museu do Fado, Largo do Chafariz de Dentro, Lisboa.
II.2) QUANTIDADE OU EXTENSÃO DO CONCURSO
II.2.1) Quantidade ou extensão total
A proposta é feita para a totalidade dos trabalhos que constituem a empreitada,
conforme programa de trabalhos. O preço base do concurso € 550 000 com exclusão
do IVA.
II.2.1) Quantidade ou extensão total
A proposta é feita para a totalidade dos trabalhos que constituem a empreitada,
conforme programa de trabalhos. O preço base do concurso € 550 000 com exclusão
do IVA.
II.3) DURAÇÃO DO CONTRATO OU PRAZO DE EXECUÇÃO
Prazo em meses e/ou em dias a partir da data da consignação (para obras) Ou: Início 01/10/2007 e/ou termo 31/12/2007
Prazo em meses e/ou em dias a partir da data da consignação (para obras) Ou: Início 01/10/2007 e/ou termo 31/12/2007
sexta-feira, março 30, 2007
A NOITE DO FADO JOVEM
No dia 30 de Março, no Museu do Fado e da Guitarra, decorreu uma das excelentes iniciativas previstas no âmbito da Semana da Juventude, realizada em parceria com o Grupo Sportivo Adiciense, de Alfama, com o apoio da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).
Fora do Museu viveu-se a habitual confusão porque apesar dos Parques de estacionamento estarem vazios a EGEAC só se preocupa com a organização dos espectáculos como se não tivesse nada com a CML e a CML não se preocupa com nada porque acha que é da competência da EGEAC.
O resultado é o habitual até os carros da CML estacionaram em cima dos passeios, em frente às bocas de incêndio e das passadeiras.
CRÓNICA MARAFADA: MAIS MISÉRIAS QUE GRANDEZAS
Publicado por Jornal do Algarve online, 30-03-2007
Por motivos familiares, desloquei-me um dia destes à capital do império. Um dia me bastou. Por Alfama, pela Avenida Almirante Reis, pelo Rossio, pela Rua Augusta, pelo Terreiro do Paço, por Santa Apolónia, pelo Parque das Nações . Lisboa tem mais olhos que barriga. Nas escadarias de Alfama, a caminho do miradouro de Santa Luzia, um casal jovem levitava no fumo de um charro. Deitados no adro da igreja S. Nicolau, três tipos com cara de imigrantes do Leste emborcavam garrafas de vinho, notoriamente já voando pelos reinos de Baco. No Martim Moniz, uma teenager pálida e cariada, quase caindo de cima de uma tira de pano que fazia de mini-saia e do alto de uns chinelos de 10 cm de altura, desafiava um velhote para poucas-vergonhas. No Rossio, um artista remexia um arame e sacava moedas de uma máquina de venda automática de selos, cara-podre enquanto a multidão passava rente e desviava os olhares. Numa pastelaria, um cinquentão movido a álcool entrou cambaleando e amparando uma tosga fenomenal enquanto vociferava asneiras e inconveniências que tresandavam a cerveja. Valeu que depressa percebeu que tinha entrado na capela errada. No Terreiro do Paço, um jovem tentou convencer-me a comprar- -lhe uma máquina fotográfica digital que trazia escondida sob o blusão, enquanto sobre lajes pombalinas um sem-abrigo cortava as unhas dos pés. Vale a pena irmos de tempos a tempos à capital deste império miserável, para percebermos melhor o modelo de sociedade metropolitana que vai sendo exportado cada vez mais para a nossa região. É um modelo de sociedade que não nos interessa. É um modelo que investe nas fachadas ( e só em algumas.), brilha na ostentação, mas tem os alicerces corroídos. Ali, quem é sério e sóbrio habitua-se a fingir que não vê. Cria-se uma rotina em que há a sociedade limpa e a sociedade suja. E esta última passa a só incomodar a primeira quando lhe toca, quando a agride ou quando a rouba. Lisboa é a capital provinciana deste portugal pequenino. Amesquinha as vivências das aldeias, mas é socialmente disfuncional. Tem muitos prédios encavalitados, muito alcatrão embarrigado, muitos semáforos, muita pressa, muito trânsito. mas não tem solidariedade. Não tem saúde. Cria ilhas de consumismo e de pretenso prazer, mas é refém da marginalidade, da devassidão, da toxicodependência e do crime. O modelo de Lisboa não nos serve. Obrigado.
Por motivos familiares, desloquei-me um dia destes à capital do império. Um dia me bastou. Por Alfama, pela Avenida Almirante Reis, pelo Rossio, pela Rua Augusta, pelo Terreiro do Paço, por Santa Apolónia, pelo Parque das Nações . Lisboa tem mais olhos que barriga. Nas escadarias de Alfama, a caminho do miradouro de Santa Luzia, um casal jovem levitava no fumo de um charro. Deitados no adro da igreja S. Nicolau, três tipos com cara de imigrantes do Leste emborcavam garrafas de vinho, notoriamente já voando pelos reinos de Baco. No Martim Moniz, uma teenager pálida e cariada, quase caindo de cima de uma tira de pano que fazia de mini-saia e do alto de uns chinelos de 10 cm de altura, desafiava um velhote para poucas-vergonhas. No Rossio, um artista remexia um arame e sacava moedas de uma máquina de venda automática de selos, cara-podre enquanto a multidão passava rente e desviava os olhares. Numa pastelaria, um cinquentão movido a álcool entrou cambaleando e amparando uma tosga fenomenal enquanto vociferava asneiras e inconveniências que tresandavam a cerveja. Valeu que depressa percebeu que tinha entrado na capela errada. No Terreiro do Paço, um jovem tentou convencer-me a comprar- -lhe uma máquina fotográfica digital que trazia escondida sob o blusão, enquanto sobre lajes pombalinas um sem-abrigo cortava as unhas dos pés. Vale a pena irmos de tempos a tempos à capital deste império miserável, para percebermos melhor o modelo de sociedade metropolitana que vai sendo exportado cada vez mais para a nossa região. É um modelo de sociedade que não nos interessa. É um modelo que investe nas fachadas ( e só em algumas.), brilha na ostentação, mas tem os alicerces corroídos. Ali, quem é sério e sóbrio habitua-se a fingir que não vê. Cria-se uma rotina em que há a sociedade limpa e a sociedade suja. E esta última passa a só incomodar a primeira quando lhe toca, quando a agride ou quando a rouba. Lisboa é a capital provinciana deste portugal pequenino. Amesquinha as vivências das aldeias, mas é socialmente disfuncional. Tem muitos prédios encavalitados, muito alcatrão embarrigado, muitos semáforos, muita pressa, muito trânsito. mas não tem solidariedade. Não tem saúde. Cria ilhas de consumismo e de pretenso prazer, mas é refém da marginalidade, da devassidão, da toxicodependência e do crime. O modelo de Lisboa não nos serve. Obrigado.
sábado, março 24, 2007
28 DE MARÇO DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS
No âmbito das comemorações do Dia Nacional dos Centros Históricos, que em Portugal coincide com o nascimento de um autor emblemático da história portuguesa - Alexandre Herculano -, a Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana, no dia 28 de Março de cada ano, proporciona ao público um programa composto por visitas guiadas, tanto ao edificado com acções de recuperação patrimonial, como ao património histórico, com o objectivo de divulgar acções de valorização deste património, localizado essencialmente nas áreas históricas centrais da cidade. Os percursos efectuados por algumas dessas áreas disponibilizam aos visitantes informações de carácter histórico e patrimonial, assim como sobre metodologias de conservação e restauro implementadas. Dar a conhecer a cidade antiga numa perspectiva dinâmica e evolutiva é o que se pretende. Procura-se também alargar o leque de iniciativas propostas, que podem passar por concertos em locais patrimonialmente emblemáticos, por seminários ou palestras, ou outras iniciativas que contribuam para a divulgação e conhecimento do património comum.
Núcleo de Dinamização Telefone: 21 798 96 43 ou 21 798 80 65
Núcleo de Dinamização Telefone: 21 798 96 43 ou 21 798 80 65
terça-feira, março 06, 2007
APL ADJUDICA REABILITAÇÃO DO CAIS DE SANTA APOLÓNIA AO CONSÓRCIO DA SOMAGUE
Por Jornal de Negócios Online, 05.03.2007
A Administração do Porto de Lisboa (APL) adjudicou a reabilitação e reforço do cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco ao consórcio da Somague e da - Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos (SETH) por cerca de 14 milhões de euros.
Os trabalhos, que correspondem à primeira fase da empreitada, deverão começar em Abril e o prazo de execução é de 12 meses, segundo o "Ambiente Online" que cita fonte da SETH.
Esta empreitada diz respeito à execução de trabalhos de reabilitação do cais existente na zona do Jardim do Tabaco e à construção de uma nova estrutura que permita a utilização do cais por navios de cruzeiro. "Os trabalhos referentes à reabilitação da estrutura existente englobam numa primeira fase a execução de dragagem de construção, execução de estacas de brita e execução de prisma de enrocamento", segundo a SETH.
A Administração do Porto de Lisboa (APL) adjudicou a reabilitação e reforço do cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco ao consórcio da Somague e da - Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos (SETH) por cerca de 14 milhões de euros.
Os trabalhos, que correspondem à primeira fase da empreitada, deverão começar em Abril e o prazo de execução é de 12 meses, segundo o "Ambiente Online" que cita fonte da SETH.
Esta empreitada diz respeito à execução de trabalhos de reabilitação do cais existente na zona do Jardim do Tabaco e à construção de uma nova estrutura que permita a utilização do cais por navios de cruzeiro. "Os trabalhos referentes à reabilitação da estrutura existente englobam numa primeira fase a execução de dragagem de construção, execução de estacas de brita e execução de prisma de enrocamento", segundo a SETH.
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