sábado, outubro 28, 2006

LISBOA PREPARA-SE PARA ACOLHER O NOVO PROJECTO DO JARDIM DO TABACO

Quarta-feira 28 Junho 2006. Por Diário Económico, I.Q.

PORTOS: Está previsto para Lisboa um novo terminal de cruzeiros para o Jardim do Tabaco. O projecto deverá custar cerca de 30 milhões de euros.

LISBOA PREPARA-SE PARA ACOLHER o novo projecto do Jardim do Tabaco, destinado a darresposta às novas exigências turísticas. Paralelamente, o porto do Funchal vai também assumir novas funções nesta área.

São fundamentalmente três os principais portos de turísticos nacionais: Lisboa, Leixões e Funchal, sendo que o Porto de Lisboa é aquele que, no continente, regista anualmente o maior movimento de passageiros, posicionando-se na segunda posição, face ao porto insular.

A saber, em 2005 o Porto de Lisboa recebeu quase 240 mil passageiros provenientes de 251 navios de cruzeiros, sendo que o tráfego ‘turnaround’ (começo e/ou fim do cruzeiro) “o mais favorável para a cidade pois, por vezes, o passageiro pernoita em Lisboa, registou um crescimento de 25% face ao ano anterior”. Para este ano, o Porto de Lisboa acredita que “face aos anúncios de escala já recebidos e às perspectivas gerais do crescimento da indústria de cruzeiros, se registe um aumento do número de escalas de 251 para 270”. De igual modo, tendo em conta a grande dimensão dos navios existentes e o número de camas oferecidas, está previsto que o número de passageiros cresça também significativamente para mais de 250 mil, de acordo com o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC).

Em Leixões, por sua vez, o número de navios de cruzeiro acostados em 2005 foi 50, correspondendo ao desembarque de um total de 17.716 passageiros. Comparativamente, este valor representou um ligeiro decréscimo face a 2004, que ficou marcado pela acostagem de 67 navios de cruzeiro num total de 21.883 passageiros. Não obstante, a Estação de Passageiros de Leixões, com 840 m2, é um dos mais belos exemplos arquitectónicos dos anos 60, sendo considerado Património Arquitectónico e Histórico de Matosinhos.

Um oásis na Madeira

Grande porto de cruzeiros nacional, o Porto do Funchal foi durante décadas e até à II Guerra Mundial, o ponto de passagem dos grandes paquetes oceânicos graças à sua posição estratégica no centro do Atlântico, tendo constituído um importante porto de escala das rotas entre a Europa e os continentes Africano e Americano.
Apesar dos transportes aéreos lhe terem vindo roubar algum movimento, o Porto do Funchal continua a ser aquele que, a nível nacional,mais navios de cruzeiros recebe por ano. Encontra-se inserido nos circuitos entre as Canárias e o Norte de África, sendo igualmente um importante porto de escala de viagens transoceânicas entre a Europa e os EstadosUnidos. A tradição turística e o clima favorável da Madeira contribuem, a par da sua localização geográfica, para as mais-valias oferecidas por este porto turístico.
No porto do Funchal acostaram, em 2005, um total de 271 navios de cruzeiro correspondendo a mais de 305 mil passageiros. No ano anterior, o movimento cifrou-se em 255 navios no Porto do Funchal e um no Porto de Porto Santo, num total de 283.252 passageiros.

Novas perspectivas

Com a futura entrada em funcionamento do porto comercial do Caniçal a estrutura portuá ria da Região Autónoma da Madeira será sujeita a algumas alterações. Nesta perspectiva o porto do Funchal prepara-se para assumir novas funções. A definição, aprovada em Conselho de Governo da Região Autónoma da Madeira, através do Plano Director do Porto do Funchal, prevê uma adequação dos espaços existentes e a ligação de toda a área portuária à zona urbana envolvente, o que, num futuro próximo transformará o porto numa infraestrutura exclusivamente vocacionada para apoiar a navegação turística e de recreio.

O projecto do Jardim do Tabaco

De igual modo Lisboa também terá novidades para breve. Trata-se da construção de um novo e multifuncional terminal de cruzeiros que reabilitará o cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco. O projecto, que deverá estar concluído em 2009, foi recentemente anunciado pelo Governo e integra o Programa de Investimentos e Intraestruturas Prioritárias. O projecto deverá custar cerca de 30 milhões de euros.

A ideia é dar resposta ao forte crescimento da actividade de cruzeiros a nível mundial para a qual são insuficientes as actuais infraestruturas existentes em Lisboa. Apesar de, de acordo com fonte da Administração do Porto de Lisboa, este “não ser um segmento de negócios particularmente lucrativo” importa reconhecer “a sua importância para o reforço da notoriedade externa da cidade de Lisboa, bem como o seu natural impacto no turismo regional”.

PEDRAS NA PRAÇA: ARTE PÚBLICA DE JOÃO CUTILEIRO

Por Fábrica de Conteúdos


De Quarta-Feira, 25 de Outubro de 2006 a Quinta-Feira, 30 de Novembro de 2006
A exposição «Pedras na Praça: arte pública de João Cutileiro» é inaugurada no dia 25 de Outubro, pelas 19h00, na Sala das Colunas do Castelo de São Jorge.

Esta mostra dá a conhecer alguns dos trabalhos que o escultor realizou ao longo das últimas décadas, através de duas perspectivas de cada uma das suas criações - a maqueta 8realizada como verdadeira obra original e, quase sempre, no mesmo suporte da peça final: a pedra) e fotografias de grandes dimensões nas esculturas finais.

O evento pode ser visitado diariamente entre as 9h00 e as 21h00 e a partir do mês de Novembro, entre as 9h00 e as 18h00.

Horário:
Inauguração: dia 25 de Outubro | 19h00
Mês de Outubro: diariamente entre as 9h00 e as 21h00
Mês de Novembro: diariamente entre as 9h00 e as 18h00

sexta-feira, outubro 27, 2006

ARRANCA EM JANEIRO TERMINAL DE CRUZEIROS

Publicado no JN por Luís Garcia
A construção de um novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia é fundamental para rentabilizar o potencial turístico do Tejo. A opinião é partilhada pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho, e por Manuel Frasquilho, presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL).

Ontem, no segundo dia do Congresso do Tejo, na Gare Marítima da Rocha, Fontão de Carvalho lamentou que, na situação actual, "o turista seja confrontado com um cenário desagradável" ao chegar a Lisboa. Na sua opinião, a recepção aos turistas que chegam de cruzeiro a Lisboa só terá melhorias significativas quando estiver concluído o terminal de Santa Apolónia.

O projecto, orçamentado em 50 milhões de euros, engloba também uma gare marítima. Segundo Manuel Frasquilho, o edifício da gare "será parecido com um aeroporto", aliando a parte técnica a uma área comercial. As obras para a construção do terminal - que terá capacidade para receber cinco navios de cruzeiro em simultâneo - arrancam no início de 2007, segundo o presidente da APL. Manuel Frasquilho garantiu ainda que a APL está a estudar soluções para melhorar a acessibilidade à zona portuária.

Em média, Lisboa recebe 250 mil turistas por ano oriundos de viagens de cruzeiro. Nos últimos dez anos a tendência tem sido de subida deste segmento.

quinta-feira, outubro 26, 2006

II CONGRESSO DO TEJO DEFENDE NOVO MODELO DE GESTÃO PARA O RIO

Por Agência LUSA, 2006-10-23 18:45:16

A criação de uma entidade única para gerir o Tejo e a preparação da candidatura do rio a Património da Humanidade são os objectivos do II Congresso do Tejo, que se realiza este mês em Lisboa.

Vinte anos depois do primeiro congresso, o consenso entre os organizadores é que o Tejo está "pior e tende a piorar".

O presidente da Comissão Executiva do congresso, Carlos Salgado, defendeu hoje em conferência de imprensa que o rio e a sua bacia, que hoje "tem mais de cinquenta donos", deve ser gerido por uma única entidade, participada pelos vários ministérios com supervisão do rio e das suas margens.

Carlos Salgado citou o exemplo do rio Tamisa, em Londres, e do próprio Tejo na parte espanhola, coordenado por uma "Administração de Bacia".

"Lixo, detritos, efluentes urbanos e industriais" despejados para o rio, "pouco cuidado na manutenção das margens" e as consequências da "agricultura intensiva e construção civil" são alguns dos principais problemas identificados pela organização do Congresso.

"O Tejo envelheceu" nos últimos 20 anos, afirmou o comissário do congresso Américo Nunes dos Santos, apontando o "desleixo e falta de rigor" que contribuem para um diagnóstico negativo: "as margens não estão protegidas, o leito está assoreado, a navegação praticamente desapareceu e a qualidade da água devia ter melhorado mais".

É preciso "pensar o Tejo como uma unidade ibérica", acrescentou Nunes dos Santos, o que justifica a presença de responsáveis espanhóis.

"O poder político tem que assumir o renascimento do Tejo", afirmou Carlos Salgado, que apesar do diagnóstico negativo defende a candidatura do rio a Património da Humanidade, um "sonho" que dará os primeiros passos no congresso, com a escolha das pessoas que a irão preparar.

Os organizadores consideram que este é um momento oportuno para discutir o futuro do rio, no contexto do IV Quadro Comunitário de Apoio e da aplicação da Directiva-quadro europeia da Água, a aplicar até 2015.

Nos três dias do congresso, que se realiza de 24 a 26 de Outubro na Gare Marítima da Rocha, haverá 35 intervenções sobre dez temas diferentes, que abordarão o Tejo como espaço natural, diagnosticando os seus problemas, mas sem esquecer a vertente económica ou cultural.

O certame é organizado pela Associação dos Amigos do Tejo em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e outras entidades.

  • Congresso do Tejo
  • terça-feira, outubro 24, 2006

    EMEL VAI PODER MULTAR E REBOCAR NA VIA PÚBLICA

    Pelo Jornal de Negócios Online

    Os fiscais da EMEL vão passar a ter poderes idênticos aos da PSP e da Polícia Municipal no que respeita à fiscalização do estacionamento na via pública, noticia hoje o “Diário de Notícias”

    Rua Jardim do Tabaco em Alfama

    Para isso, a proposta de alteração dos estatutos da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa vai hoje a debate na assembleia municipal (AM).

    Em discussão irá estar também o novo tarifário do estacionamento à superfície. A proposta prevê aumentos entre os 30 e os 80%. Ou seja, quatro horas de estacionamento vão custar cinco euros em vez de 2,50 euros, como acontece actualmente. Em caso de aprovação, ambas as medidas entram em vigor já em Janeiro.

    A revolução na fiscalização do estacionamento considerado indevido, ou ilegal, está prevista no Código da Estrada ( artigo 5.º do preâmbulo do Decreto-Lei 44/2005, de 23 de Fevereiro). O documento confere às autarquias o poder de "fiscalização do trânsito nas vias públicas sob a respectiva jurisdição", dando também competência para fiscalizar ao "pessoal das câmaras municipais designado para o efeito e que, como tal, seja considerado ou equiparado a autoridade ou agente".

    Numa altura em que o estacionamento praticado na capital é caótico, por vezes mesmo selvagem, as coimas a aplicar serão as estipuladas pelo Código da Estrada. Numa primeira fase, o objectivo é fiscalizar o estacionamento em segunda fila e nos passeios junto às zonas tarifadas. A medida irá alargar-se gradualmente ao resto da cidade.

  • EMEL vai poder multar e rebocar na via pública
  • segunda-feira, outubro 23, 2006

    LISBOA, A CIDADE QUE SE ADORA "SEM TER GRANDES RAZÕES PARA ISSO"

    Publico Sábado, 21 de Outubro de 2006 Inês Boaventura

    Tertúlia da Ordem dos Arquitectos juntou um político, um arquitecto, um artista plástico, um coreógrafo e uma jornalista

    Um centro histórico "decadente", periferias "construídas às três pancadas", o "silêncio" que impera nos espaços públicos e a ausência de "uma consciência colectiva" foram alguns dos defeitos apontados a Lisboa pelos participantes numa tertúlia sobre as cidades das suas vidas, organizada anteontem pela Ordem dos Arquitectos. "Adoro Lisboa sem ter verdadeiramente grandes razões para isso", sintetizou o eurodeputado Miguel Portas, que acredita que podia "viver muito bem" em Amesterdão mas não em Bruxelas, onde actualmente "semivive".
    Lisboa e as cidades da minha vida foi o tema em discussão na Galeria Graça Brandão, no Bairro Alto, num encontro que contou com a participação do artista plástico Pedro Calapez, do arquitecto Manuel Graça Dias, do coreógrafo João Fiadeiro, da jornalista do PÚBLICO Bárbara Reis e do eurodeputado Miguel Portas. Nova Iorque, Díli, Amesterdão e a capital portuguesa foram algumas das cidades referidas ao longo da tertúlia, na qual o Cacém foi várias vezes apontado como exemplo negativo.
    "As cidades precisam indiscutivelmente do que é mau. Não há cidades do paraíso", defendeu Miguel Portas, talvez para justificar o facto de "adorar" Lisboa "sem ter verdadeiramente razões para isso". Depois de comparar a cidade com Bruxelas, cujo "maior interesse é ter sido inventada para funcionar bem", o eurodeputado concluiu que a sua preferência pela capital portuguesa "tem a ver fundamentalmente com a luz".
    "Fico sempre com vontade de vomitar quando se diz que Lisboa é luz", contrapôs Manuel Graça Dias, considerando que "num momento de enorme acerto poético" pode haver quem encontre a mesma luz em periferias como o Cacém ou em pontos distantes do globo terrestre. O arquitecto, que além de Lisboa viveu na antiga Lourenço Marques (hoje Maputo) e em Macau, não consegue escolher a cidade da sua vida porque acredita que esta é "um mosaico irrealista" feito de "pedaços" dos sítios por onde passou.
    "A cidade ideal é composta de bocados que se vão somando", defendeu Graça Dias, acrescentando que as muitas viagens que realizou lhe permitiram "ter um desejo mais complexo para Lisboa", que vai para além de realidades como a de um centro "decadente". Para ter "muitas vidas ao longo da vida" e conhecer "muitos pedaços de cidade", o arquitecto diz que gostava de poder alugar uma casa diferente por curtos períodos de tempo em Lisboa.
    Diferente é a postura de Pedro Calapez, que desde que nasceu, em 1953, vive na mesma casa, no bairro lisboeta da Graça, o que lhe permite a cada dia "passear" e "descobrir velhos e novos detalhes". O artista plástico diz que não se assusta com as substituições a que foi assistindo ao longo dos anos, embora algumas impliquem com o seu quotidiano, mas admite que se assusta com o facto de perceber que a sua opinião como habitante "pouco conta".
    Também João Fiadeiro se confessou adepto de uma certa "rotina, de um sentimento de segurança" que encontrou na zona de Santa Catarina, onde gosta de descobrir "as mesmas coisas que se olham todos os dias outra vez". Para o coreógrafo, que acha que o Bairro Azul "não é Lisboa" por ser uma "zona violenta", com demasiado "barulho", a Calçada do Combro é "a avenida principal" da cidade onde escolheu viver.
    Já Bárbara Reis constatou, depois de ter morado em Nova Iorque, Díli e Lisboa, que em todas estas cidades viveu "da mesma forma", "num espaço exíguo" e realizando "pequenas deslocações" no seu dia-a-dia. "Fiz um percurso de regresso ao bairro. Da Village, ao Bairro do Farol, ao Largo de Santo António à Sé", concluiu a editora de Cultura do PÚBLICO.

    sábado, outubro 14, 2006

    POLÍCIAS EM DUAS RODAS NAS RUAS E BECOS DE ALFAMA


    O Bairro será percorrido, numa primeira fase, por dois agentes todos os dias, entre as 8 e as 20 horas

    Publicado no JN por Telma Roque e Bruno Simões Castanheira

    O sinuoso bairro de Alfama, composto por um emaranhado de ruas estreitas, becos e escadinhas - quase impossível de percorrer a quatro rodas - começou ontem a ser policiado por agentes em motos, ao abrigo de um novo projecto da PSP. Numa primeira fase, o bairro será percorrido diariamente por dois agentes sobre duas rodas, entre as 8 e as 20 horas. Em Fevereiro, a PSP fará uma avaliação do projecto, para eventuais ajustes.

    Os polícias 'motorizados' não vão substituir o policiamento a pé. Trata-se de um reforço numa zona que abrange as freguesias de S. Vicente de Fora, Santa Engrácia, Santo Estêvão e S. Miguel, uma área relativamente pequena, mas com muita população, maioritariamente idosa, que se sente geralmente mais insegura.

    "Vamos fazer um policiamento nas zonas mais recônditas. Em alguns locais, até as motos precisam de um golpe de rins para passar", explicou o subintendente Miguel Coelho, comandante da 5ª Divisão. Segundo o responsável, este tipo de policiamento não só vem minimizar o problema das acessibilidades para as autoridades, como reforça o sentimento de segurança das pessoas (devido a uma maior visibilidade). Miguel Coelho garante que Alfama - um dos bilhetes postais de Lisboa - tem uma taxa de criminalidade reduzida. De Julho apenas há registo de três queixas por roubos. Ainda assim, numa zona onde "os turistas têm um pé no barco e outro no bairro", a PSP prefere prevenir.

    Os agentes em motos vão ainda detectar situações de risco (como casas devolutas), prestar assistência aos comerciantes e aos idosos. A população será também aconselhada a denunciar ou a apresentar queixa, sempre que detecte ou seja vítima de crime.

    » Comentário:

    1 - Sugerimos esta medida em Maio (não é nada de transcendente basta ver o exemplo do centro histórico de Barcelona), só peca por tardia e insuficiente porque o patrulhamento é feito por dois elementos e basta que um dos motociclos deixe de funcionar ou vá para revisão para não haver patrulhamento, no mínimo seriam necessários 4 motociclos;

    2- Por outro lado, não é verdade, que "Alfama tem uma taxa de criminalidade reduzida" todos conhecemos as razões porque as estatísticas da PSP estão desactualizadas desde Julho (aparentemente todos menos o chefe da 5ª divisão)
    - Os turistas estrangeiros são reencaminhados para a Praça dos Restauradores por isso a maior parte deles nem sequer chega a apresentar queixa o que é comprensível: o tempo médio de estadia é 3 dias se perderem meio dia a somar à desgraça de terem sido assaltados e terem de se deslocar a outra esquadra para apresentar uma queixa é a Cereja em cima do bolo. Este "detalhe" é muito importante sobretudo porque quase 1 milhão de turistas visitam anualmente Alfama e o Castelo os jornais dão conta da insegurança dos pessoas e dos famosos assaltos aos turistas (e não só) no eléctrico 28, mas nada aparece nas estatística da PSP... é curioso.
  • Policiamento em Alfama


  • 3 - A população de Alfama não acredita na PSP e já não perde tempo em ir à esquadra tamanha é a ineficiência e a perda de tempo. Será necessário recordar as dezenas de assaltos a carros em que a PSP nem sequer se desloca ao local?;

    4 - Finalmente não faz qualquer sentido que só continue a haver patrulhamento até às 20 horas porque a noite é, cada vez mais, uma altura de grande afluência por causa dos jantares, das casas de fado e das discotecas junto ao rio e não se consegue ver um policia na rua.

  • Polícias em duas rodas nas ruas e becos de Alfama
  • quinta-feira, outubro 12, 2006

    METRO EM ALFAMA


    Numa altura em que a Carris reduziu a oferta de transporte é cada vez mais importante que a ligação do Metro a Santa Apolónia avance. No entanto, apesar das várias declarações publicas dos responsáveis aparentemente pode não ser a Teixeira Duarte a concluir a obra.

    Túnel do Terreiro do Paço pronto em Junho de 2007
    Pela TVI, 29.09.2006

    A garantia foi dada pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que visitou a obra.
    O túnel do Metro do Terreiro do Paço, em Lisboa, vai ser concluído em Junho de 2007.

    A garantia foi dada pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que visitou a obra, esta sexta-feira de manhã.

    O túnel de dois quilómetros faz a ligação entre a estação da Baixa-Chiado e Santa Apolónia. Depois do deslizamento de terras e das inundações, que puseram a obra em causa, Mário Lino, garantiu que o túnel é seguro para os utentes.

    Para a Linha Azul do Metropolitano ficar concluída resta acabar as obras de recuperação e de reforço do túnel antigo na zona do Poço da Marinha. Por causa da complexidade da obra, o túnel vai ser permanentemente monitorizado.

  • Túnel do Terreiro do Paço pronto em Junho de 2007

  • Refer suspende rescisão com Teixeira Duarte
  • ALFAMA E A WATERFRONTEXPO 2007

    A edição de 2007 da WaterFrontExpo realiza-se em Lisboa, onde, segundo a organização, a "espectacular frente ribeirinha" do Parque das Nações será o assunto dominante.

    É um assunto vital para Alfama numa altura em que o espaço junto ao rio está completamente degradado, com navios afundados na doca do Jardim do Tabaco e o acesso à zona ribeirinha vedado com arame farpado e redes.

  • Uma lufada de ar fresco na melhoria do espaço urbano ribeirinho

  • Novas centralidades turísticas valorizam papel do Tejo

  • Conference WaterfrontExpo

  • PARQUE EXPO NA WATERFRONTEXPO

  • "Waterfront"em Lisboa no próximo ano
  • ACESSOS AO CASTELO DE SÃO JORGE

    Portugal é o 3º país da Europa com maior número de carros por 1000 habitantes. O primeiro lugar é ocupado pelo Luxemburgo onde curiosamente 40% da população é de origem ... Portuguesa. A zona histórica da cidade não tem capacidade de receber a quantidade de carros que invade o centro de Lisboa por isso o condicionamento é inevitável.

    Geralmente os que se opõe são sempre os mesmos, habitualmente com o argumento novo-rico de que todos devem ter direito de estacionar o carro à porta de casa. Se levarmos ao extremo esta questão poderemos perguntar-nos:
    - E se todos decidirem comprar camiões TIR como é que faremos?
    - Será que não poderemos arrasar os passeios e arrancar as poucas árvores que ainda existem?

    A questão é que o facto de termos dinheiro para comprar carros não implica que tenhamos o direito de os estacionar em prejuízo dos outros e do espaço público, chama-se a isso Civismo. Numa zona onde quase 80% dos habitantes e comerciantes infelizmente não concluiram o ensino escolar obrigatório e entre os quais cerca de 16% são analfabetos é uma causa difícil que só com o tempo criará raizes nomeadamente quando a médio prazo se começarem a notar os benefícios óbvios destas medidas nomeadamente com a requalificação do comércio local e uma fiscalização adequada.

  • Transito condicionado

  • Condicionamento ao trânsito indigna comerciantes


  • Acessos ao Castelo condicionados congestionam vias envolventes
    Por Marina Almeida

    "O tempo que isto leva", comentam dois residentes que ontem observavam a nova azáfama gerada pelo condicionamento dos acessos de automóvel à zona do Castelo. Cada condutor que fazia assomar a sua viatura à Rua de Santiago, no acesso ao Largo do Contador-Mor, era recebido por dois funcionários da EMEL. Questionado do motivo da visita, recebia informação sobre as novas regras de circulação na zona e, finalmente, recolhia o pilarete. Entretanto, a fila de carros estendera-se já Rua do Limoeiro abaixo - com um polícia a orientar a confusão.

    Ontem passaram todos. Os que iam buscar ou levar alguma encomenda, o que ia buscar o pai "que é idoso". Vigora ainda aquilo que uma das funcionárias da EMEL no local definiu como "período de teste". Depois vai ser "a sério", com a passagem a ser vedada a quem não cumpra os requisitos.

    Há regras para aceder às ruas que bordejam o Castelo de São Jorge. Os residentes foram informados das mesmas em reuniões com responsáveis da empresa municipal de estacionamento. Cargas e descargas são permitidas de segunda a sábado das 8.00 às 11.00 e das 15.00 às 17.00, os carros de profissionais liberais e comerciantes (com actividade na zona) podem permanecer 90 minutos por dia, transportes públicos têm meia-hora para cada entrada - o mesmo que pessoas portadoras de deficiência e mobilidade reduzida.

    Os residentes têm acesso 24 horas por dia e dispõem de um identificador, gratuito. "As visitas de netos e filhos - que esta é uma zona de população muito idosa - foram salvaguardadas. É possível fazer um almoço de família e entrarem os carros dos familiares, basta que o residente informe a junta das respectivas matrículas aí dois dias antes. Depois, a junta informa a EMEL e quando o familiar chegar à cancela, já existe o registo", explica Mário Ramos, tesoureiro da Junta de Freguesia de Santiago.

    A EMEL recebeu mais de 500 pedidos de identificadores.

    Passaram poucas horas desde o corte de trânsito [que começou a funcionar às 20.00 de segunda-feira] e Mário Ramos já sente a calma no Largo do Contador Mor. "Está muito tranquilo. O que se passava aqui é que as pessoas trabalham na baixa estacionavam às sete da manhã, só tiravam os carros à noite e entupiam isto tudo. Às vezes nem as ambulâncias passavam", relata. "Na Rua da Saudade então, o passeio nem existia!"

    A ideia é partilhada por outros rostos familiares do local. Maria Deolinda Leonardo, proprietária da tabacaria do largo, abre o sorriso. "Estou plenamente de acordo, é bom para os comerciantes e para os residentes. Fui entrevistada há dois anos e disse isso e digo-lhe agora outra vez." Já Dulce Varela Almeida, que há 64 anos mora no prédio da Fundação Ricardo Espírito Santo ("ainda antes da fundação lá estar!"), aponta o facto de, no Largo das Portas do Sol, não estar salvaguardado estacionamento para os nove inquilinos que lá moram. Esta residente, que saiu do 37 muito antes da paragem porque o autocarro não andava "nem para trás nem para a frente", diz que no referido largo até estão carros à venda, "com prospectos nos vidros, parece um stand".

    Jorge Silveira, empregado do restaurante Comidas de Santiago, tem agora que deixar o carro na Graça e receia os assaltos. Diz que "não havia confusão nenhuma, isto foi mais uma forma de ganhar dinheiro".

    Um taxista, à espera, desabafa com a cliente: "O tempo que demoram a abrir isto! Parece que gozam com as pessoas, no Bairro Alto chegamos a estar cinco minutos à espera!" A dois passos, a senhora do número dois da Rua de Santiago, paredes meias com o pilarete, desabafa, olhando o trânsito e estendendo a colcha: "Granda procissão!"

  • Relatório e Contas de 2004 da EGEAC
  • domingo, outubro 08, 2006

    OPERAÇÃO STOP

    4 de Outubro, 9.49h. na Rua Cais de Santarém perto do Largo do Terreiro do Trigo, como habitualmente, desde que as camionetas de turismo deixaram de parar em frente à Sé, os carros circulam com dificuldade por entre os autocarros de Turimo que ocupam a via e os passeios, só que desta vez há um carro da Brigada de trânsito no local, até que enfim alguêm vai acabar com o caos... mas eis que um dos agentes regressa do Multibanco:
    - "Sr. Agente não vai fazer nada?
    - "Isto não é connosco vamos agora para um acidente"
    - "Então mas acha bem?"
    - "Olhe faça uma reclamação"


    (carro da Brigada de trânsito no local)

    O carro avança mais 50 metros (com dificuldade) e eis senão quando o carro passa o último dos autocarrros... mais de uma dezena de Agentes e veículos da PSP mandam parar novamente os carros numa vistosa operação STOP:


    "- Sr. Agente lá atrás os carros não conseguem passar por causa do caos provocado pelos autocarros"
    "- Ai, sim?"
    "- É verdade e a situação repete-se todos os dias"
    "- Está bem mas agora não podemos fazer nada, depois já se vê"



    Ao fundo as camionetas à vista da patrulha da PSP (pelos vistos apenas aparentemente)

    Comentários para quê? Os polícias vão continuar a brincar aos policias e aos ladrões e nós vamos continuar a fingir que eles estão a fazer o melhor que podem mas é óbvio que não é por falta de policias que as coisas não funcionam.

    DO QUE SE QUEIXA A ANAFRE?

    A Associação Nacional de Freguesias ANAFRE e a Associação Nacional de Munícipios ANMP queixam-se de falta de dinheiro. No entanto, o dinheiro para financiar os disparates da generalidade das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia sai directamente do bolso dos contribuintes que são os principais prejudicados com a má gestão dessas instituições.

    Por exemplo, entre Alfama e Castelo existe não UMA mas ... SEIS Juntas de Freguesia, sem contar com a Baixa (Madalena), quando as estatísticas mostram um acentuadado decréscimo da população no centro de Lisboa, de 12.500 em 1994 para 7.500 habitantes em 2001.

    - A disseminação de poder pelas diversas áreas da CML, do Gabinete Técnico de Alfama, da Administração do Porto de Lisboa e pelas Juntas de Freguesia;
    - a falta de visão, de capacidade e a ausência de objectivos e programas de acção das Juntas de Freguesia;
    - a falta de formação básica (escolaridade) dos elementos dos órgãos das Juntas de Freguesia;
    - e a necessidade de protagonismo (A Madalena em Guerra com a Sé, S. Miguel em guerra com S. Estêvão, etc.);
    demonstram que não vale a pena continuar a despejar dinheiro num buraco sem fundo sem que haja primeiro uma estratégia comum para toda a zona histórica e uma única entidade a gerir a zona.

    Não há dúvida que é urgente que avance a reforma do poder local e das finanças locais antes que o país se afunde neste despesismo alegre em que não há dinheiro para colocar sinais de trânsito nem pintar passadeiras mas há dinheiro para cartazes, para as comemorações dos feriados, ao som das marchas e das arruadas que é o que dá votos numa zona em que 78,3% da população nem sequer frequentou o ensino secundário obrigatório.

    A POPULAÇÃO DE ALFAMA

    EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA

    Levantamento de 1988-1994
    12.574 Habitantes
    Homens: 45,7% Mulheres 54,3%
    Jovens: 20%
    Adultos: 50%
    Idosos:30%

    Censo de 2001 do INE
    7.497 Habitantes
    Homens: 44,5% Mulheres 55,4%
    Jovens: 14,9%
    Adultos: 55,9%
    Idosos: 29,1%

    EMPREGO

    Durante anos as actividades portuárias foram um pólo de atracção para as vagas de várias gerações de migrantes. Aqui predomina uma população envelhecida, maioritariamente com baixo nível de instrução, com fracas qualificações profissionais, trabalhando no comércio e no sector terciário inferior e com um peso significativo de reformados.

    Activos: 40,3%
    Desempregados: 3,48%
    Não activos: 56,15%
    Reformados e pensionistas: 31,7%

    ESCOLARIDADE

    As habilitações não ultrapassam em média os primeiros ciclos de escolaridade.

    Censo de 2001
    Analfabetos: 14%
    1, 2, 3 ciclos: 64,3%
    Secundário: 12,26%
    Curso médio ou superior: 9,4%

    A generalidade dos jovens do centro estuda na Escola Secundária de Gil Vicente, localizada na freguesia de São Vicente de Fora. A escola recebe, assim, alunos que espelham o que parece ser a realidade social dos bairros popularese de pequena burguesia da Lisboa histórica: baixo grau de instrução e pouca variedade de interesses culturais, desemprego, trabalho precário, trabalho por turnos, problemas financeiros vários, dificuldades de acompanhamento dos filhos, quer em termos de quantidade quer em termos de qualidade do tempo com eles despendido. Uma parte significativa dos nossos alunos tem, à partida, poucas expectativas acerca do seu percurso e procura alcançar apenas objectivos mínimos de aprendizagem.
    Para além de contar com este factor, ao longo da última década, a Escola Secundária de Gil Vicente tem vindo progressivamente a perder alunos. As causas para este decréscimo são muitas e variadas, mas têm por base questões de ordem demográfica e de fluxos populacionais no seio da Grande Lisboa, com a progressiva desertificação e envelhecimento do centro da cidade.

    Com os jovens a saírem do centro para a periferia paralelamente à invasão de escritórios com o congestionamento das ruas e provocou a falta de vivência e o envelhecimento dos bairros típicos tornando os locais desinteressantes, desequipados ou obsoletos.

    Tal como todos os bairros das freguesias centrais da cidade de Lisboa, também os bairros pertencentes à área de influência da escola têm assistido à saída de uma parte considerável da sua população para a periferia da cidade, onde o preço da habitação é menor, levando ao progressivo envelhecimento da sua população residente. No entanto, a atracção pelas áreas antigas que se tem verificado nos últimos anos permitiu a reabilitação de alguns dos edifícios degradados e a renovação de outros, o que desencadeou um fenómeno de gentrificação ou seja, a recente substituição dos anteriores moradores, pertencentes a classes populares, por residentes com outro perfil social, detentores de níveis bem mais elevados do ponto de vista económico e cultural.

    A par desta nova dinâmica social, é de referir o número crescente de população imigrante das mais diversas origens a residir nestes bairros, contribuindo para uma maior heterogeneidade social, cultural e linguística, que é um reflexo do crescente multiculturalismo da cidade de Lisboa e da nossa escola.

    É deste quadro socioeconómico que provém a esmagadora maioria dos alunos da Escola Secundária de Gil Vicente, o que ajuda a compreender as baixas expectativas relativamente à escola, as significativas taxas de insucesso e de abandono escolar e as escolhas dos percursos profissionais em detrimento da continuação dos estudos.

    EDIFICADO

    Existem algumas razões objectivas, que dificultam o repovoamento do centro por novos habitantes:

    1 - O valor médio por m2 para arrendamento em Lisboa é mais elevado que em muitas cidades espanholas;

    2 - Alfama sobreviveu ao terramoto quase intacta. No entanto, a tipologia dos fogos é de reduzida dimensão, muitas vezes degradados, com pouco espaço e fracamente iluminados:
    T0 - 5,7%; T1 – 33,2%; T2 – 30,6%; T3 – 15,6%; T4 – 7,2%; T5 – 7,7%

    Em Alfama e noutros bairros históricos de Lisboa e Porto há muitos fogos com 20 m2, ou menos, de área útil, e um fogo por piso. Estas áreas inviabilizam tipologias de acordo com os mínimos aceitáveis. Não faz sentido reabilitar um fogo mantendo uma tipologia completamente desadequada face à vivência actual. Mas se aumentam as áreas, alguns dos inquilinos terão que ser realojados noutros locais. Como é que o senhorio vai dirimir esta questão?

  • Caracterização do meio envolvente no Projecto educativo da Escola Secundária de Gil Vicente


  • Casar na Lisboa do séc. XIX – Duas freguesias em análise


  • A Complexidade Familiar em Alfama


  • «Análise Social», Número 166


  • Habitação e Mercado Imobiliário na Área Metropolitana de Lisboa


  • Espaços de co-residência e de entreajuda
  • sábado, outubro 07, 2006

    JARDINS DIGITAIS EM LISBOA

    A CML avançou com o acesso grátis, sem limite de tempo e de tráfego, à internet sem fios em diversos espaços verdes da cidade.

    O Parque Eduardo VII, Parque da Bela Vista, Jardim da Estrela, Miradouro de Santa Catarina, Alameda Afonso Henriques - Jardim da Fonte Luminosa e Jardim do Príncipe Real, o Parque de Monsanto, e o Miradouro da Graça são apenas alguns dos locais mais emblemáticos da cidade que irão ser abrangidos pelo Projecto-Piloto, a decorrer entre Novembro de 2006 e Junho de 2007.

    Na Madeira já existem projectos semelhantes, nomeadamente no Funchal e no Porto Santo que são utilizados pela generalidade dos jovens que animam os espaços publicos e que podemos reaproveitar em Lisboa.

  • Projecto “Jardins Digitais” mais próximo da realidade

  • CML dá hoje início ao projecto-piloto «Jardins Digitais»

  • "Jardins Digitais" em Lisboa com PT Wi Fi

  • "Jardins Digitais" em Lisboa