sexta-feira, julho 25, 2008

LISBOA SOBE POSIÇÕES EM LISTA DE CIDADES CARAS PARA TURISTAS

Publicado pela agência Lusa em 24-07-2008 19:34:36
 
Lisboa, 24 jul (Lusa) - Lisboa subiu 16 lugares no último ano no ranking mundial das cidades mais caras para estrangeiros, passando a ocupar o 57º lugar, de acordo com a pesquisa anual da Mercer sobre o custo de vida mundial.

A edição de 2008 do estudo "Worldwise Cost of Living Survey" revela que Lisboa subiu para a 57ª posição, quando em março de 2007 estava no 73º lugar e em 2006 estava em 88ª, não apenas devido ao aumento do custo de vida, mas também devido "à forte desvalorização do dólar em relação ao euro".

O estudo da Mercer engloba 143 cidades e mede o custo de vida, comparando 202 produtos representativos dos padrões de consumo, incluindo habitação, transportes, alimentação, vestuário, bens domésticos e entretenimento.

O estudo de custo de vida é mais abrangente em nível mundial, classificando as cidades utilizando Nova Iorque como termo de comparação.

Pelo terceiro ano consecutivo, Moscou é apontada como a cidade mais cara, principalmente devido ao aumento do custo de alojamento e à valorização do rublo diante do dólar.

Sófia, capital da Bulgária, continua sendo a cidade européia com o custo de vida mais baixo para estrangeiros, embora tenha subido 11 posições em relação a 2007.
 

TURISTAS DESCOBREM LISBOA EM VEÍCULOS ORIGINAIS

Publicado em diario.iol.pt em 20-07-2008 por Isabel Matos Alves/Agência Lusa

Para quem chega a Lisboa cheio de vontade de conhecer todos os pontos turísticos e recantos pitorescos da cidade, a mochila às costas e os ténis confortáveis já não são obrigatórios, há alternativas inovadoras, noticia a Lusa.

Andar a pé ainda é uma das boas maneiras de conhecer uma cidade, mas no calor do Verão, descobrir Lisboa sentado num «GoCar», num «City Cruiser», num «buggie», num «Sidecar» ou num «Riquexó» dos tempos modernos e ter um GPS que desvenda percursos e faz comentários bem humorados é uma experiência que atrai um número crescente visitantes.

Do Campo Mártires da Pátria em direcção ao Chiado, com paragem nas ruínas do Carmo e daí em direcção a Alfama, passando pela Sé de Lisboa e voltando a parar no Castelo de S. Jorge, para depois descer a colina e seguir por ruas tão estreitas onde nem um carro cabe, passando pelo Mosteiro de São Vicente, pelo Panteão Nacional e pelas janelas e portas dos residentes curiosos que não resistem a acenar e comentar o veículo invulgar que por ali circula, continuar em direcção ao Tejo para só voltar a parar no destino final, Belém. Esta rota, pela qual Edite e Anouk pagaram 95 euros, é a mais procurada pelos turistas que optam por esta modalidade, «mas pode haver uma ou outra nuance», afirma João Soares, da Sidecar Touring, que acrescenta que as rotas podem ser «à la carte».

Os «GoCar» e o «Buggies»

Novidade entre os veículos que desvendam Lisboa de uma forma menos convencional são os «GoCar». Há algum tempo em actividade nos Estados Unidos, os «GoCar'» chegaram há pouco menos de um mês a Lisboa e o responsável pela entrada dos «carrinhos amarelos» em Portugal, João Manuel Mendes, garante que «toda a gente que anda, adora».

Têm um GPS dois em um, que por agora está disponível em português e inglês, e que para além das necessárias indicações do percurso, também funciona como guia turístico, porque à medida que se passa pelos pontos de interesse, ouvem-se as explicações sobre a sua história, numa versão bem-humorada.

Uma hora no «GoCar» custa 20 euros e para o conduzir basta ter 18 anos ou mais e carta de condução, ainda que este seja um carro sem mudanças.

Opção semelhante são os «buggies» da Red Tours, carros de 2 e 4 lugares, que fazem lembrar os carrinhos de golfe e que estão disponíveis para aluguer no Terreiro do Paço, mas diferenciam-se dos «GoCar» por serem eléctricos e «ecologicamente correctos».

Os «buggies» têm disponíveis no seu GPS, que também funciona como guia turístico. No entanto, as dimensões destes carros permitem atravessar ruas estreitas sem grandes dificuldades e de forma tão silenciosa, que nem os gatos que dormem à janela se mostram incomodados com a sua passagem.

Também no Terreiro do Paço, e um pouco por toda a baixa pombalina é possível apanhar boleia dos «City Cruisers», uma espécie de «riquexós» a pedais, que funcionam como táxis e permitem transportar duas pessoas.

Tânia Assis, da City Cruisers, afirma que as grandes mais-valias deste meio de transporte são o facto de ser ecológico e de permitir aos turistas estabelecer a sua própria rota. Os turistas, por um valor entre os seis euros para 15 minutos, e 20 euros por uma hora, podem conhecer os principais pontos de interesse da baixa pombalina acompanhados pelo condutor do «riquexó», que vai explicando a história da cidade.

TURISTAS GANHAM OPÇÕES DE TRANSPORTE PARA CONHECER LISBOA

Por Isabel Matos Alves, da Agência Lusa, publicado em 20-07-2008 18:52:11

Lisboa, 20 Jul (Lusa) - Para quem chega a Lisboa cheio de vontade de conhecer todos os pontos turísticos e recantos pitorescos da cidade, mochila às costas e tênis confortáveis já não são obrigatórios.

Andar a pé ainda é uma das boas maneiras de conhecer a capital portuguesa, mas, no calor do verão europeu, descobrir Lisboa sentado em uma alternativa inovadora de transporte e ter um GPS que desvenda percursos e faz comentários bem humorados é uma experiência que atrai um número crescente de visitantes.

Com o vento nos cabelos e o sol na cara, a deficiente visual Edite Faldini descobre Lisboa através das sensações que a cidade lhe transmite.

"São muitas sensações. Eu sei onde estou e imagino o mapa na minha cabeça. Imagino muito facilmente o que está à minha volta", diz a turista belga, depois de três horas percorrendo a cidade em um sidecar na companhia da amiga Anouk. As duas são conduzidas por um motociclista que é, também, guia turístico, e ao longo do itinerário fala dos monumentos e conta a história da cidade.

"É uma ótima experiência, mesmo quando não se consegue ver, porque sentimos o vento, o sol. Tudo é diferente, é muito bonito", afirma.

"O que é difícil em Lisboa é andar com a bengala, por causa da calçada, mas de resto é perfeito", declara Edite, lembrando as dificuldades adicionais que os cegos encontram na capital portuguesa.

Edite e Anouk saem do Campo Mártires da Pátria em direção ao Chiado, param nas ruínas do Carmo e continuam em direção a Alfama, passam pela Sé de Lisboa e voltam a parar no Castelo de São Jorge, para depois descer a colina e seguir por ruas tão estreitas onde nem um carro cabe. Avistam o Mosteiro de São Vicente, o Panteão Nacional e as janelas e portas dos residentes curiosos que não resistem a acenar e comentar o veículo diferente que por ali circula e continuam em direção ao Tejo, só voltando a parar no destino final: Belém.

A rota, pela qual Edite e Anouk pagaram 95 euros, é a mais procurada pelos turistas que optam pelo sidecar, "mas pode haver uma ou outra nuance", afirma João Soares, da Sidecar Touring, que explica que os passeios podem ser "à la carte".

O sidecar não é a opção mais comum, nem sequer a mais barata, mas ainda assim, assegura João Soares, tem muita procura.

"É curioso, é uma coisa inovadora, há algum revivalismo à volta disso e também pelo fato de se poder transportar crianças, velhotes e pessoas com dificuldades de locomoção de uma forma agradável", justifica.

Já passaram pela Sidecar Touring todo o tipo de clientes, mas há sempre aqueles que se destacam e ficam na memória, como o senhor de 92 anos que experimentou o veículo acoplado a uma moto após uma brincadeira dos bisnetos, mas que gostou tanto da experiência que resolveu repetir. Soares também se lembra de uma inglesa que todos os anos, em maio, aluga o veículo para percorrer as sapatarias da capital em um único dia e fazer as compras da estação.

Mas a história mais curiosa é a do casal que se divorciou no sidecar, seguiu para um restaurante onde tinha combinado de jantar com amigos e regressou em veículos diferentes.

Carrinhos amarelos

A novidade entre os veículos que desvendam Lisboa de uma forma menos convencional são os GoCars. Há algum tempo em atividade nos Estados Unidos, os GoCars chegaram há pouco menos de um mês a Lisboa e o responsável pela entrada dos "carrinhos amarelos" em Portugal, João Manuel Mendes, garante que "toda a gente que anda, adora".

Os veículos são dotados de um GPS dois em um, disponível em português e inglês e que, além das necessárias indicações do percurso, também funciona como guia turístico. À medida que se passa pelos pontos de interesse, ouvem-se as explicações sobre sua história, em uma versão bem-humorada.

De visita a Lisboa, Richard Lewis declara-se "convertido" às vantagens do GoCar, carrinho movido com um pequeno motor à gasolina.

"É muito fácil de conduzir, mais fácil do que um carro. É um dinheiro bem gasto. Decididamente, quero experimentar outra vez".

Uma hora no GoCar custa 20 euros e, para o conduzir, basta ter 18 anos ou mais e carteira de motorista.

"Achamos que o carro é uma forma divertida de conhecer a cidade, mas achamos que aquilo que o torna especial é a tecnologia que tem por baixo. Permite conduzir onde se quiser, escolher o que se quer visitar. Depois conta piadas, diz para ter cuidado com os buracos e manda dizer tchau aos policiais quando estão parados em sentinela", afirma João Manuel Mendes.

Ecologicamente corretos

Opção semelhante são os bugues da Red Tours, de 2 e 4 lugares, que lembram os carrinhos de golfe e estão disponíveis para aluguel no Terreiro do Paço, mas se diferenciam dos GoCars por serem elétricos e "ecologicamente corretos".

Luísa, que experimentou com a família o carro de quatro lugares, se queixou por o GPS ainda não estar disponível em francês, mas considera a novidade uma idéia boa para os turistas.

"Gostamos de conduzir nós mesmos em Lisboa e são rotas onde não há muito trânsito. É agradável", disse à Lusa a turista.

Luísa elogia ainda o preço pago pelo serviço - pouco mais de 20 euros - e destaca o fato de este tipo de tour pela cidade permitir parar para tirar fotos, ao contrário de outros transportes.

Os bugues têm disponíveis no seu GPS, que também funciona como guia turístico, as rotas de Belém, baixa pombalina, Alfama e o bairro do Castelo, onde geralmente só chegam os residentes e, na maioria das vezes, a pé.

As dimensões desses carros permitem atravessar ruas estreitas sem grandes dificuldades e de forma tão silenciosa que nem os gatos que dormem à janela se mostram incomodados com a sua passagem.

Também no Terreiro do Paço, e um pouco por toda a baixa pombalina, é possível pegar carona nos City Cruisers - espécie de riquixás com pedais - que funcionam como táxis e permitem transportar duas pessoas.

O fato de ser ecológico e de permitir aos turistas estabelecer sua própria rota é a mais-valia desse meio de transporte, segundo Tânia Assis, da City Cruisers.

Os turistas, por um valor entre os seis euros para 15 minutos, e 20 euros por uma hora, podem conhecer os principais pontos de interesse acompanhados pelo condutor do "riquixá", que vai explicando a história da cidade.

"Basicamente, funcionamos como guia turístico, levando os turistas aos pontos históricos da baixa. Ao mesmo tempo, fornecemos informação, explicamos-lhe o contexto histórico de determinado edifício ou ponto", explica Fernando, um dos condutores e guias da City Cruisers.

Os turistas também podem acompanhar a rota com a ajuda de um folheto com informação traduzida em línguas menos faladas, como russo, chinês ou alemão.

quinta-feira, julho 24, 2008

domingo, julho 20, 2008

ACIDENTE ARRANCA 15 PILARETES NA RUA JARDIM DO TABACO

Na noite de sexta para Sábado ocorreu mais um acidente que arrancou e danificou cerca de 15 pilaretes na Rua Jardim do Tabaco em frente ao n.º 47.

Não é difícil imaginar a que velocidade circulava a viatura em virtude das evidências da violência do embate. No entanto, é raro ver patrulhamento policial nesta zona durante a noite, apesar da esquadra da PSP se encontrar a algumas centenas de metros, por exemplo: desde o mês de Junho, que o Largo Chafariz de Dentro é permanentemente ocupado por dezenas de viaturas, à noite e ao fim-de-semana (apesar dos sinais de trânsito) sem que nada aconteça e com os Parques de estacionamento praticamente vazios do outro lado da rua, junto ao rio.

Em vez de esplanadas e pessoas o coração de Alfama é ocupado por carros e nem a proximidade da esquadra da PSP nem dos parques de estacionamento (a 100 metros em linha recta) é suficiente para resolver a situação.

sábado, julho 19, 2008

CARROS ELÉCTRICOS "INTELIGENTES" PASSEIAM TURISTAS

Publicado no JN, em 05-07-2008 por Telma Roque

A partir de segunda-feira, lisboetas e turistas vão poder conhecer a cidade em "buggies" de dois ou quatro lugares, ou em segways em quatro circuitos definidos, orientados por GPS, e, que além de mostrarem o caminho, fazem um breve resumo histórico dos locais e monumentos de interesse.

O projecto, criado pela Red Tour, empresa pertencente à FamiGeste, inclui ainda um circuito aberto com bicicletas eléctricas e vai operar, numa fase inicial no centro da capital, com partidas do Terreiro do Paço. Depois, deverá estender-se à zona de Belém.
Alfama, da Casa dos Bicos ao mosteiro de São Vicente de Fora, é um dos roteiros definidos para as segways.

Nos "buggies", os turistas poderão conhecer a zona do Chiado, eixo do Convento do Carmo-Rossio-Restauradores-Avenida da Liberdade, ou as vistas entre a Sé Catedral e o Panteão, passando pelas Portas do Sol. As viaturas são todas eléctricas. Não há poluição ambiental, nem sonora. "Queremos passar uma imagem ecológica e levar turistas onde os autocarros não chegam", explicou ao JN Susana Welsh, directora comercial da Red Tour. "Os percursos foram estudados com a Câmara de Lisboa (que criou um grupo de trabalho), para minimizar impactes no trânsito", acrescentou ainda a responsável.

Susana Welsh acredita que o projecto terá também uma forte adesão por parte dos lisboetas, sobretudo no que se refere às deslocações de segway. Nesta fase inicial, os aparelhos GPS "falam" apenas em inglês e português.

LUZBOA VAI ILUMINAR LISBOA EM NOVEMBRO

Publicado no Jornal Briefing em 11-07-2008 por Marina Chiavegatto

De 8 de Novembro a 15 de Janeiro de 2009 Lisboa vai iluminar-se com o projecto Luzboa 08.
Trata-se de um projecto internacional que se propõe a iluminar as zonas da Bica, Alfama, Alecrim e a Baixa com trabalhos de «artistas da luz» nacionais e internacionais.

As Câmaras Municipais Lisboa e Turim, em Itália, cidades onde decorre em simultâneo este projecto, irão patrocinar a iniciativa que integra a arte no espaço urbano, contribuindo também para a decoração de Natal das cidades.

BIANCARD CRUZ SUCEDE A JÚDICE NA LIDERANÇA DA FRENTE RIBEIRINHA

Publicado em RTP.pt Lisboa, 18 Jul (Lusa)

O Governo escolheu o arquitecto João Biancard Cruz para suceder ao ex-bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice na liderança do projecto da Frente Tejo em Lisboa, disse hoje à Lusa fonte oficial do executivo.

"Está resolvida a sucessão [de José Miguel Júdice] na frente ribeirinha e garante-se plenamente a continuidade do projecto", referiu fonte do Governo. O arquitecto João Biancard Cruz desempenhou foi até agora o "número dois" da equipa de José Miguel Júdice e desempenhou durante vários anos o lugar de director geral do Ordenamento do Território, incluindo no tempo em que José Sócrates desempenhou as funções de ministro do Ambiente.

João Biancard Cruz foi também um dos principais protagonistas do Programa Polis, que arrancou durante os executivos liderados por António Guterres.
PMF.

sexta-feira, julho 18, 2008

ARTES: TELAS DE PINTOR HOLANDÊS ROUBADAS EM RUAS DE ALFAMA

Lisboa, 15 Jul (Lusa) - Vinte e nove das 87 telas do artista holandês Guus Slauerhoff expostas desde 6 de Junho em ruas da Alfama foram roubadas, estando já a polícia a investigar o caso.

Arie Pos, representante de Slauerhoff, disse à Lusa que duas ou três das telas desapareceram antes mesmo da inauguração e nos dias 2 e 3 de Julho foram retiradas "pelo menos 15, talvez mesmo 17 ou 18".

Várias dessas telas, segundo Pos, foram retiradas de varandins, o que só poderia ter sido feito com recurso "a escadas ou camionetas" e utilizando ferramentas para cortar os fios de nylon ou arame que as afixava.

Pos está convencido de que se está em presença de uma operação montada "com todo o cuidado" e com meios por profissionais.

As autoridades policiais foram informadas dos roubos na passada quarta-feira pelo representante do pintor, que lhes entregou 15 fotografias dos quadros roubados. As telas têm dois formatos - 2,40X1,80 e 2,00X1,80 metros - e são de material plástico transparente com quadros e desenhos do pintor estampados. A exposição, intitulada "Facetas da vida", foi a primeira com estas características realizada pelo pintor.

O "valor de produção" (incluindo a impressão e a tela) é de aproximadamente 200 euros cada, mas, se estivessem à venda numa galeria de arte, cada uma valeria pelo menos 1500 euros, assinalou Pos. Slauerhoff nasceu em 1944 e já expôs várias vezes em Lisboa, nomeadamente no Museu do Fado.
RMM.

LITERATURA: INSTALAÇÃO DA FUNDAÇÃO SARAMAGO NA CASA DOS BICOS É BEM-VINDA PELOS COMERCIANTES E MORADORES

Lisboa, 16 Jul (Lusa) - A instalação da sede da Fundação José Saramago na Casa dos Bicos é bem-vinda pelos comerciantes de Alfama, que acusam a câmara de imobilismo relativamente à zona. "Alfama podia ser a galinha dos ovos de ouro, pois os turistas querem ver é ruas estreitinhas e roupas penduradas, mas está tudo tão degradado e feio que fogem daqui", disse Josefa Ribeiro, que dirige um loja de artesanato ao lado da Casa dos Bicos.

A mesma opinião é partilhada por outros comerciantes e alguns moradores ouvidos hoje pela Lusa, que consideraram "positiva" a instalação da sede no edifício, classificado em 1910 como monumento nacional. "Vir para aqui algo que mexa, que dinamize a zona, é sempre bem-vindo, tanto mais que os turistas de manhã à noite fotografam a casa, mas não podem lá entrar, e vindo algo de cultural, sempre entram", disse Mário Sousa Cerqueira, do restaurante Adega do Atum.
Actualmente a servir cerca de 50 refeições diárias, Mário Sousa Cerqueira espera que a vinda da Fundação do Nobel português "traga dinamismo, gente, e que se olhe para a zona com outros olhos".

Segundo Carlos Pinto, que há 27 anos trabalha no restaurante Solar dos Bicos, "a clientela tem vindo sempre a descer", registando este ano um quebra de 50 por cento no número de refeições servidas relativamente há 20 anos. "Das 250 refeições que servia estamos a servir actualmente cerca de 100", disse.

A insegurança nas ruas, pouca iluminação e o tráfego automóvel são alguns dos factores apontados para afastar os turistas da Rua dos Bacolheiros, apesar de vários atractivos turísticos, nomeadamente as fachadas dos edifícios contíguos à Casa dos Bicos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Velha, ou a casa onde nasceu João Pinto de Carvalho 'Tinop', o primeiro autor de uma história do fado. "Daqui [rua dos Bacalhoeiros] até Santa Apolónia podia ser uma zona pedonal de esplanadas e outras lojas, sendo uma porta preferencial de acesso ao mais bonito bairro de Lisboa que é Alfama", opinou Carlos Pinto.

Josefa Ribeiro assinalou, por seu turno, que "os turistas evitam esta zona pois só vêem feio, conhecem a Rua Augusta e depois procuram alguma forma de chegar ao Castelo". Para esta lojista, a instalação da Fundação "é bem-vinda, tanto mais que, sendo um pólo cultural, irá atrair gente".

A presidente da Fundação, Pilar del Rio, disse hoje à Lusa que os objectivos são "a agitação e dinamização culturais". Sem confirmar o que será instalado na Casa dos Bicos ou o futuro das actuais instalações alugadas na avenida Almirante Gago Coutinho, a responsável esclareceu pretender-se "uma aproximação emocional dos portugueses à obra de autores como Jorge de Sena, Raul Brandão ou José Rodrigues Miguéis, entre outros".

A Casa dos Bicos foi mandada erigir por Afonso Brás de Albuquerque, um filho legitimado por Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia.
Passou por vários proprietários, entre eles um comerciante de bacalhau, até que a Câmara a adquiriu em 1967 a Daisy Maria da Silva Knight. Desde então foram vários os projectos previstos para ocupar os dois pisos da Casa, desde uma exposição permanente relacionada com a presença portuguesa no Oriente, a um Museu da Cidade ou um do Fado até uma casa de fados.
Na década de 1960, quando a imprensa especulava sobre o fim da carreira de Amália Rodrigues, a fadista confessou em várias entrevistas que gostaria de explorar na Casa dos Bicos um restaurante típico de fados.

Raul Lino, que orientou as obras de consolidação de 1969 a 1974, chegou a apresentar um projecto para adaptação a uma "Casa de Goa". Entre 1980 e 1981 os arquitectos José Daniel Santa Rita e Manuel Vicente apresentaram um projecto de reinterpretação da Casa e decidiram incorporar-lhe, com elementos contemporâneos, os dois pisos que o terramoto de 1755 destruiu.
Em 1983 foi o núcleo "Dinastia de Avis" da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, seguindo-se um hiato na sua ocupação até 1987, quando recebe a Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, que ali permaneceu até 2002.

Actualmente, funcionam na Casa os serviços relacionados com a vereação de Cultura.
As escavações arqueológicas realizadas no início da década de 1980 trouxeram à luz do dia parte da muralha moura, tanques romanos e até uma garrafeira da família Albuquerque.
NL.
Lusa/Fim

quarta-feira, julho 16, 2008

CÂMARA DE LISBOA APROVA DOCUMENTO ESTRATÉGICO PARA ZONA RIBEIRINHA ORIENTAL

A autarquia lisboeta aprovou hoje o documento estratégico da Zona Ribeirinha Oriental, que substitui o Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental, sucessivamente chumbado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo

O Documento Estratégico de Monitorização da Zona Ribeirinha Oriental divide cinco áreas daquela zona da cidade para onde serão realizados planos de urbanização e de pormenor.Nessas áreas inclui-se o Plano de Urbanização da área envolvente à Estação do Oriente, também aprovado hoje, e alterações aos loteamentos do antigo edifício da Tabaqueira e da Fábrica de Braço de Prata, igualmente aprovados hoje.

O documento estratégico para a Zona Ribeirinha Oriental foi aprovado com os votos contra dos vereadores do PSD e do PCP, que alegaram sobretudo a falta de validade jurídica do documento. O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), reconheceu a falta de vínculo jurídico mas contrapôs que aquele é um instrumento orientador da autarquia para aquela zona da cidade, sendo que «o que tem valor jurídico são os planos», que foram aprovados. Segundo Manuel Salgado, o objectivo é a «revitalização económica da zona», caracterizada pela existência de «indústrias obsoletas e desactivadas» e virá-la para outras áreas como as «indústrias criativas». «Enquadrar a localização de um ‘cluster’ de indústrias de conteúdos e biotecnologias» foi um dos objectivos enunciados pelo vereador.

O documento aponta para o alargamento da «polarização do Parque das Nações, de forma a ir até aos Olivais, com uma nova fachada da Estação do Oriente virada para a cidade», referiu Manuel Salgado. O vereador quer terminar com o que considera ser o «gueto do Parque das Nações» e integrar aquele bairro em toda a zona oriental da cidade. O vereador e ex-presidente Carmona Rodrigues considerou que a revogação das anteriores deliberações carecia de uma «fundamentação mais cabal». Carmona Rodrigues questionou ainda que «dada a relevância do novo documento» não fosse desencadeado um processo de discussão pública.Para a vereadora social-democrata Margarida Saavedra, o documento estratégico tem uma «eficácia cega», ao não ter validade jurídica, e «define um conjunto de oportunidades criando ele próprio guetos». «A bondade do PZRUO [Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental] era criar uma lógica integradora para toda a zona», considerou.Segundo a vereadora do PSD, com o actual documento existe antes um «somatório das partes» que, «só por milagre criará um todo coerente».

A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Manuela Júdice referiu que «o documento não tem relevância jurídica» mas classificou-o de «orientador» e «muito bem feito». Manuela Júdice levantou a questão da permanência das livrarias Ler Devagar e Eterno Retorno que ocupam actualmente a Fábrica de Braço de Prata com um projecto cultural «auto-sustentado». O vereador Manuel Salgado esclareceu que a manutenção daquele equipamento cultural foi acautelada nas compensações que o promotor da urbanização Jardins de Braço de Prata dará à autarquia e cujas alterações ao loteamento foram hoje aprovadas. Sobre este loteamento, o vereador do Bloco de Esquerda José Sá Fernandes considerou que se deu uma «reviravolta a favor da cidade» porque, referiu, apesar dos índices de construção que já tinham sido aprovados, houve compensações conseguidas através de negociações com os promotores durante este mandato. Sá Fernandes referiu a «libertação da Frente Ribeirinha para uso público com obra paga pelos promotores e uma área verde a montante e fora dos terrenos do loteamento, que constitui o corredor verde oriental, com cerca de 23 hectares, que vai desde o Rio Tejo ao Vale Fundão, a ser projectada e paga pelos promotores».

O «desnivelamento da Avenida Marechal Gomes da Costa para retirar o trânsito da Frente Ribeirinha» foi outra das compensações mencionadas pelo vereador. Para a vereadora comunista Rita Magrinho, o que está em causa com o documento estratégico para zona ribeirinha oriental é «substituir o PZRUO por um instrumento atípico que não está previsto na legislação». «O estratégico deste documento é apenas o enunciar de um conjunto de oportunidades para quem tenha perspectivas naquela área», defendeu. O vereador comunista Ruben de Carvalho afirmou que o vereador do Urbanismo Manuel Salgado «pode não passar à História como o novo Marquês de Pombal, mas corre o risco de ser o novo Padre António Vieira». Ruben de Carvalho referiu-se ao documento estratégico como uma «fórmula arquitectónica-gramatical», sem validade jurídica, e acusou Manuel Salgado de «fazer os que os socialistas fazem, que é meter coisas em gavetas» e «meter na gaveta a revisão do PDM [Plano Director Municipal]».

O presidente da Câmara, António Costa (PS), considerou que o documento estratégico e as alterações aos loteamentos vão permitir «retomar a dinâmica de revitalização da zona oriental que se iniciou há dez anos [com a Expo] e ficou parada». O Plano de Urbanização da área envolvente à Estação do Oriente foi aprovado com os votos contra do PCP e a abstenção do PSD e da lista Lisboa com Carmona. As alterações aos loteamentos referentes à antiga Tabaqueira e Fábrica de Braço de Prata foram aprovados com os votos contra do PCP e a abstenção do PSD.
Lusa/SOL

CÂMARA APROVA CEDÊNCIA DA CASA DOS BICOS PARA FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO

Lisboa, 16 Jul (Lusa)

A Câmara de Lisboa aprovou hoje em reunião do executivo municipal a cedência da Casa dos Bicos para a instalação da Fundação José Saramago, que acolherá a biblioteca do autor prémio Nobel da Literatura.

A cedência foi aprovada com os votos contra do movimento Lisboa com Carmona e do PSD e dos votos favoráveis do PS, Cidadãos por Lisboa, PCP e BE.

O protocolo entre a autarquia lisboeta e a fundação será assinado quinta-feira às 15:30, no salão nobre dos Paços do Concelho, com a presença de José Saramago.

ACL.
Lusa/Fim

É uma excelente notícia para o centro histórico de Lisboa que vai receber mais um pólo de atracção de turistas, que vai passar a constar em todos os guias turísticos, e vai dar um uso conveniente às instalações da casa dos Bicos (não só das fachadas como acontece actualmente).

terça-feira, julho 15, 2008

PARQUE DE ESTACIONAMENTO NO LARGO CHAFARIZ DE DENTRO





Desde o dia 29 de Junho, na sequência de uma obra da CML, que o Largo do Chafariz de Dentro se converteu num Parque de Estacionamento. Isto acontece numa zona que é supostamente pedonal e um dos principais cartazes de Alfama e onde em vez de esplanadas e pessoas há dezenas de carros todos os dias, sobretudo à noite e ao fim-de-semana.

Até à realização da obra nos colectores apesar dos contentores o espaço estava vedado e o acesso para cargas e descargas era gerido pelo Museu do Fado, actualmente não existe qualquer obstáculo à entrada dos veículos, excepto a sinalização que ninguém respeita nem ninguém fiscaliza.

Curiosamente a menos de 100 metros, nas traseiras do Museu do Fado junto ao rio, existem Parques de estacionamento que estão sempre vazios e no final da Rua Jardim do Tabaco existe uma esquadra da PSP pelo que o caos documentado pelas imagens não parece de difícil solução:
1 - Bastaria que os agentes se deslocassem ao local para autuar os infractores;
2 – Colocação de placas, assinalando o percurso para os Parques de estacionamento. Actualmente, só existem 1 pequena placa na Rua Jardim do Tabaco, que por ser mais pequena que as placas da EMEL nem sequer se vê de noite.

sábado, julho 12, 2008

CONHECER LISBOA EM DUAS RODAS

Já é possível alugar uma scooter em Lisboa, a Scooter Mania abriu na Rua do Crucifixo na Baixa de Lisboa e tem scooters de diferentes cilindradas e descontos para grupos.