terça-feira, junho 05, 2007

PROBLEMAS DE TRÂNSITO EM ALFAMA

Um grupo de moradores da freguesia de Santo Estêvão participou na Assembleia Municipal de 15 de Maio. Em seu nome, Paulo Amaral fez uma intervenção sobre as questões do condicionamento do trânsito em Alfama.

EXMA. MESA DA ASSEMBLEIA

EXMAS. SENHORAS E EXMOS. SENHORES PRESIDENTES DE JUNTA

E DEMAIS ELEITOS

 

Somos moradores do bairro de Alfama, mais concretamente da Freguesia de Santo Estêvão, e vimos colocar a V. Ex.ªs alguns considerandos do que tem sido estes quase quatro anos de trânsito e estacionamento condicionado, imposto pelo Regulamento Específico da Zona de Estacionamento de Duração Limitada de Alfama.

Há cerca de 4 anos que o trânsito no Bairro de Alfama está sujeito a regras. Desde aí foi implementado um regulamento para condicionar o trânsito e o estacionamento nas ruas do Bairro.

Esse regulamento considera, entre outras coisas, trazer inegáveis benefícios para todos os moradores, nomeadamente:

·         a segurança dos moradores, que veriam melhorada a circulação de viaturas de emergência;

·         a circulação dentro do bairro, reduzindo bastante os bloqueios causados por carros mal estacionados;

·         a facilidade para o estacionamento dos moradores, ao afastar do interior do bairro muitas viaturas de visitantes e outros, apesar de os lugares existentes não serem suficientes para os automóveis dos moradores, e por isso existirem sempre dificuldades;

·         a melhoria do ambiente e da qualidade de vida de todos os moradores.

No entanto o que se verifica é que:

·         a segurança dos moradores passou para segundo plano, pois continua a verificar-se dificuldade na circulação das viaturas de emergência e da própria PSP;

·         continua a ser caótica a circulação nas ruas do bairro, pois ruas há em que existindo dois sentidos só consegue circular uma viatura de cada vez;

·         a dificuldade dos moradores em estacionar continua a verificar-se, pois grande parte das viaturas estacionadas não têm dístico de autorização para o fazerem;

·         o ignorar de todos os pedidos de reuniões e esclarecimentos, feitos pelos moradores e pela Junta de Freguesia de Santo Estêvão, por parte da administração da EMEL;

·         depois de todos estes contratempos, a qualidade de vida de quem mora no bairro não melhorou, pois continuamos a ter que dar voltas e voltas ao bairro para conseguir estacionar.

 

Assim, consideramos fundamental para o bem-estar da população do bairro de Alfama o que a seguir enunciamos: 

1.       A execução plena do Regulamento aprovado em sessão de Câmara;

2.       A fiscalização, por parte dos funcionários da EMEL ou da Polícia Municipal, das viaturas mal estacionadas, estacionadas há vários meses ou sem dístico de autorização para entrarem dentro dos limites do bairro, à semelhança do que é feito em outras zonas da cidade;

3.       Fazer com que o Regulamento não seja aplicado de forma arbitrária consoante o funcionário de serviço, para que as regras sejam uniformes, ou seja, não haver dois pesos e duas medidas para permitir ou proibir as entradas no bairro;

4.       Sinalizar nos acessos ao bairro a localização dos parques de estacionamento alternativos.

 

Para terminar:

Passados quase quatro anos da entrada em vigor da Zona de Estacionamento e Trânsito Condicionado no bairro de Alfama, os moradores sentem-se completamente – e sublinho completamente – abandonados pela Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa.

 

Lisboa, 15 de Maio de 2007

 

segunda-feira, junho 04, 2007

MORADORES SUSPIRAM POR ALFAMA DE "ANTIGAMENTE"

Obras no bairro 'alfacinha' arrastam-se há anos

Publicado pelo DN em 02.06.07


Obras municipais de reabilitação paralisadas e outras que correm a conta gotas em Alfama fazem a população suspirar pelo bairro de antigamente, antes da saída de muitos moradores e quando as ruas eram percorridas por milhares de turistas.

Comerciantes, moradores e os presidentes das juntas de freguesia de São Miguel e Santo Estêvão são unânimes em considerar que as obras são necessárias, mas queixam-se do arrastar dos trabalhos, alguns há 10 anos, e dos estaleiros espalhados pelo bairro lisboeta que dificultam a passagem nas ruas íngremes e estreitas da zona.

"Isto está um caos, está tudo parado, só se vê tapumes. São as obras de Santa Engrácia", afirmou José Meggi, proprietário de uma papelaria na rua de São Miguel, que teve de mudar de instalações há mais de dois anos quando começaram as obras no edifício, que entretanto pararam. As obras têm causado um prejuízo "muito grande" a José Meggi, justificando que os andaimes e o piso irregular causado pelas obras afastam as pessoas da rua.

Numa padaria em frente à loja de José Meggi, a funcionária, Maria, contou que os moradores estão sempre a reclamar das obras. "Há muito ratos e estes andaimes e tapumes dão muito mau aspecto ao bairro de Alfama, muito procurado pelos turistas", sustentou.

Por todo o bairro, encontram-se várias obras paradas tapadas com telas, já amarelecidas pelo tempo, com a inscrição "Obras de Reabilitação" da Câmara de Lisboa. “As telas ainda são do tempo de Pedro Santana Lopes", comentou à Lusa Carlos Dias, em frente a um edifício no largo de São Miguel, cujas obras de requalificação nem sequer chegaram a começar.

Nascido no bairro há 52 anos, Carlos Dias confessou que é com "muita tristeza" que vê o bairro em obras permanentes: "é mau para quem visita e para quem mora".

No Beco das Bandas, as obras de um grande edifício, integradas no Projecto Integrado do Chafariz Dentro, pararam há mais de seis meses, restando apenas algum entulho em frente à obras, contou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de São Miguel, Francisco Maia.

"Temos queixas contínuas dos moradores. A Câmara de Lisboa não actua e nós somos descredibilizados perante a população", referiu o autarca.

Na Rua de São Pedro, quatro edifícios em obras, cujas telas e tapume escureceram a estreita rua, têm posto os nervos dos moradores em franja. Um deles é o Sr. Gonçalves, proprietário de uma mercearia, que se queixa da quebra no negócio. "Tiraram-nos a clientela toda e as obras nunca mais acabam para as pessoas poderem voltar para o bairro".

Ao cimo da Rua Norberto Araújo, quatro edifícios aguardam pacientemente há 10 anos a sua reabilitação e gera queixas dos moradores. "Isto já devia estar mais que pronto", afirmou um morador, acrescentando que esta situação prejudica o turismo: "quando os turistas vêem isto até têm medo de passar e ser assaltados".

Na Rua de São Pedro, um prédio, que ocupa quase um quarteirão, está com as obras paradas há cerca de três meses e na Calçadinha de Santo Estêvão um imóvel mantém-se emparedado há mais de 15 anos, suscitando alguma preocupação dos residentes.

Alguns metros mais há frente, no Beco do Espírito Santo, um edifício espera há cerca de seis anos pela conclusão das obras e obrigou, tal como nos outros prédios, ao realojamento das pessoas. "A minha mãe morou aqui toda a vida e teve de sair, com o desgosto sofreu um acidente cardiovascular", contou a filha da moradora.

"Muitos gostavam de voltar para o bairro, porque isto é uma família, mas já não voltam porque morrem entretanto, salientou Carlos Jorge, nascido em Alfama há 69 anos.

Para a presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Maria de Lurdes Pinheiro, as obras têm causado enormes prejuízos para os moradores que ficaram no bairro e para os que tiverem de sair devido às obras. "São idosos que tiveram de ser realojados noutros locais e têm muitas saudades do bairro e dos vizinhos", justificou, lembrando ainda que é a autarquia que paga a renda dessas pessoas. Uma das lutas da população é a retirada de estaleiros do bairro, que consideram não ter utilidade, uma vez que as obras estão paradas.
Um desses estaleiros está situado no Largo Chafariz Dentro e outro no largo de Santo Estêvão. "O estaleiro no largo de Santo Estêvão - que servia de apoio a uma obra na Rua Guilherme Braga que está parada desde 2006 - está completamente vazio, com placas de metal a tapar o espaço, que está constantemente a ser vandalizado", disse a autarca. Além disso, acrescentou, está a ocupar uma zona onde os lugares de estacionamento são necessários. "Só tivemos prejuízos. As obras têm afastado muitos para atrapalhar, uma vez que está vazio", sustentou.

A crise financeira na autarquia acabou por implicar, "por falta de pagamento", a suspensão das obras de reabilitação urbana em Alfama, Mouraria e São Bento, segundo um relatório de execução financeira da autarquia relativo ao primeiro trimestre deste ano divulgado pelo Rádio Clube Português.

A Lusa contactou a Câmara de Lisboa para saber quantos edifícios foram recuperados e quantos faltam por reabilitar em Alfama, no âmbito dos três programas de requalificação 'Alfama Quem Cuida Ama', 'Lisboa a Cores' e 'Repovoar Lisboa', mas não obteve resposta em tempo útil.

PASSAGEIROS DO ELÉCTRICO 28 VÃO OUVIR FADO A PARTIR DE QUINTA-FEIRA

Publicado pela Lusa/ Jornal Sol

 

Setenta e três fadistas e 32 músicos participam a partir de quinta-feira e até 01 de Julho na iniciativa «Fado no Eléctrico nº 28», que pretende divulgar o fado amador pelas ruas de Lisboa

Os artistas convidados vão interpretar o fado mais tradicional e castiço junto da população que «deambula por Lisboa», refere um comunicado da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), da Câmara de Lisboa.

O evento, que já vai na quinta edição, decorre de 07 de Junho a 01 de Julho, de quinta-feira a domingo das 16h00 às 18h00 e das 19h00 às 21h00. O itinerário do eléctrico 28 passa pelo Martim Moniz, Graça, São Vicente, Alfama, Castelo, Sé, Baixa, Chiado, Calçada do Combro, São Bento, Estrela, Campo de Ourique e Prazeres.

A abertura da iniciativa, na próxima quinta-feira, contará com as actuações de Esmeralda Amoedo, Conceição Ribeiro, Milene Candeias, Ana Maurício, Luís de Matos e Henrique Batista, entre outros. No ano passado, 640 pessoas assistiram às participações de 65 fadistas e 23 músicos. O «Fado no Eléctrico» é uma iniciativa da EGEAC, e está inserida na programação das Festas de Lisboa deste ano.

 

sábado, junho 02, 2007

PS QUER TERMINAL DE CRUZEIROS EM ALFAMA

Manuel Salgado diz que obra «vai favorecer o turismo» na capital

Publicado em portugaldiario.iol.pt em 30.05.2007

O número dois da candidatura de António Costa à Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, defendeu esta quarta-feira a instalação do novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, considerando-a uma localização «estratégica» para favorecer o turismo na capital, refere a Lusa.

«A localização está a ser estudada há vários anos e é uma localização estratégica porque é aquela que permite o acesso a pé ao centro da cidade», afirmou Manuel Salgado. O arquitecto falava aos jornalistas ao lado do cabeça-de-lista do PS às intercalares de 15 de Julho, António Costa, depois de uma reunião com associações do sector do turismo. O candidato socialista recebeu hoje representantes da Confederação do Turismo Português, Associação de Industriais da Hotelaria de Portugal, Associação de Restauração e Similares de Portugal, Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Associação Portuguesa de Casinos.

A instalação do novo terminal de cruzeiros do Porto de Lisboa em Santa Apolónia foi um dos assuntos abordados no encontro, nomeadamente a necessidade de se construir um parque de estacionamento com capacidade para entre 100 a 150 autocarros. O terminal de cruzeiros foi um dos projectos mencionados no plano de revitalização da Baixa-Chiado, elaborado por um comissariado presidido pela ex-vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, e que integrou Manuel Salgado.