quarta-feira, outubro 15, 2008

DIA INTERNACIONAL DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Campanha de Recolha de Bens no "Espaço 22"

A Junta de Freguesia da Sé vai promover uma Campanha de Recolha de Bens nos dias 17 e 18 de Outubro no "Espaço 22", Rua dos Bacalhoeiros nº 22 C.

Esta iniciativa será realizada no âmbito das Comemorações do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e contará com o apoio do Banco de Bens Doados. Os bens serão entregues ao Banco de Bens Doados que articulará com as instituições da Freguesia, distribuindo-os de acordo com as necessidades.

O que doar?

Equipamento Informático, Electrodomésticos (fogões, frigoríficos, aquecedores, esquentadores, pequenos electrodomésticos), Cobertores, Mochilas, Mobiliário de Casa (camas, cadeiras, mesas, secretárias, roupeiros, etc), Produtos de higiene e limpezaEnxovais e artigos para bebé

Local: Rua dos Bacalhoeiros nº 22 C
Realização: 17 e 18 de Outubro das 9h30 às 13h e das 14 às 19h

Participe !!

domingo, outubro 05, 2008

Museu do Fado reabriu hoje com espólio renovado e um visual moderno

Postos interactivos, audio-guias são algumas das novidades
Presstur 03-10-2008 (20h24)

O Museu do Fado, no bairro lisboeta de Alfama, reabriu hoje ao público, depois de uma profunda remodelação do interior, apresentando-se com um visual mais moderno e claro com espólio reforçado e onde não faltam as novas tecnologias que proporcionam uma maior informação aos visitantes.”Estas alterações recolocam o fado em termos de futuro, com um espaço mais virado para os estrangeiros, turistas e investigadores”, disse Miguel Honrado da Empresa de Gestão de Equipamento Culturais. Das salas escuras e da recriação de ambientes de tabernas, oficinas, xailes, da exposição inaugural de há 10 anos o museu passou a oferecer postos de escuta e informação sobre a canção nacional, projecções de filmes e actuações de fadistas e, algumas obras plásticas em que o fado marca presença.

A responsável do Museu, Sara Pereiro, disse ao PressTUR que o projecto resultou de uma candidatura ao Programa Operacional da Cultura, por ocasião do 10º aniversário do museu e, teve como critérios “reunir num mesmo espaço obras alusivas ao fado, que estavam noutras instituições”. Segundo Sara Pereiro a integração dos quadros alusivos ao fado vão complementar o espólio existente e permitir uma leitura mais completa sobre o fado.
Pela primeira vez, pinturas, discos, guitarras, maquetas e fatos de cena encontram-se num mesmo espaço, que podem ser agora vistos numa visita onde não faltam os audio-guias, em inglês, francês, castelhano ou português.“O museu sofreu ainda alterações na estrutura física, ao nível das acessibilidades, dos ingressos e estatísticas do museu, da exposição permanente e do restaurante, que também foi reabilitado e reabre dia 7”, acrescentou a responsável.

A abrir a exposição está a “Casa da Mariquinhas” de Alfredo Marceneiro, agora com espaço só para si e com mais destaque, seguida da primeira sala da mostra permanente, em que o quadro “O Fado” de Malhoa, emprestado até Janeiro pelo Museu da Cidade de Lisboa, ocupa um lugar de destaque. Deste museu chegou ainda o painel lenticular de João Vieira e que vai ficar ali em depósito, juntamente com outros dois quadros.Carlos Paredes e Amália Rodrigues são presenças em destaque no museu, e nas salas onde não faltam quadros, discos de vinil nas paredes ou instrumentos musicais e letras de fados, além de relíquias como a maqueta de Rui Pimentel, filmes e um vestido de uma fadista de outros tempos.

O museu propõe ainda postos de escuta interactivos que tornam o espaço mais interactivo, para “ouvir, aprender e sentir o que é o fado”, vídeos de actuações de fadistas da velha e da nova geração, com destaque para Carlos do Carmo e Mariza. Para conquistar mais visitantes estrangeiros, o objectivo do museu passa também pela divulgação no estrangeiro e pela programação onde constam várias exposições temporárias, a primeira das quais a mostra “No Ar”, que recria um estúdio de rádio antigo e lembra a divulgação do fado na rádio.

domingo, setembro 28, 2008

O IMPÉRIO ROMANO DEBAIXO DOS NOSSOS PÉS

As memórias da cidade não estão escondidas no sótão, mas sim na cave. Sexta, Sábado e Domingo são dias de abrir o baú e descer às profundezas de uma Lisboa com dois mil anos

Publicado no SOL em 26-09-2008 Por Pedro Guerreiro pedro.guerreiro@sol.pt

De 26 a 28 de Setembro, os lisboetas voltam a ter a possibilidade de descobrir um tesouro guardado pelo chão que diariamente pisam. As galerias romanas da Baixa Pombalina vão estar abertas ao público até domingo, numa iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa.
Das 10h às 18h, oferece-se uma visita guiada a um testemunho da passagem dos romanos pela cidade. Junto ao número 77 da Rua da Conceição, vai ser possível descer por uma tampa no meio da rua. Lá em baixo revela-se um criptopórtico bem preservado, que só é aberto uma vez por ano. A estrutura assemelha-se a um invulgar apartamento - chamemos-lhe assim - de paredes nuas e húmidas, tectos baixos e abóbadas.

Terá sido construída pelos romanos durante a época de ouro de Olissipo, há cerca de dois mil anos. Na altura, explica hoje o arqueólogo António Marques, a cidade era o principal ponto de contacto entre o mundo mediterrânico e as terras banhadas pelo Atlântico.
As riquezas que por aqui passavam alimentaram uma colónia que se desenvolveu nas terras húmidas onde hoje se situa a Baixa. «Isto era uma zona de praias, um pântano», disse o arqueólogo durante uma visita reservada aos jornalistas.

As galerias foram a solução desenvolvida pelos romanos para permitir a construção à superfície e funcionavam como as modernas fundações de betão. O conjunto arqueológico foi descoberto em 1771, após o devastador terramoto que levou à reconstrução de Lisboa. O aspecto relativamente convidativo de quem as visita fez muita gente pensar que eram mais do que uma solução de engenharia.

«Até aos anos 80 pensou-se, erradamente, que eram termas romanas», disse António Marques. Para ajudar à confusão, um pedestal com uma inscrição em latim dedicado a Esculápio, o deus da Medicina, levou os eruditos do século XVIII a considerar que se tratavam de termas para fins terapeuticos.
Até ao século passado, e devido à constante infiltração das águas daquela zona, a estrutura serviu de cisterna aos lisboetas, que a chamaram de Conservas de Água da Rua da Prata. Apesar de ser imprópria para consumo, a água foi consumida pela população, que lhe atribuía efeitos medicinais, sobretudo para as doenças dos olhos.
Hoje, a água que com o passar dos séculos invadiu o criptopórtico faz parte da estrutura, e é essa a razão que leva a Câmara de Lisboa a manter as galerias encerradas ao público. É a humidade que mantém a integridade das paredes. Se secassem, corriam o risco de rachar e levar consigo os prédios que se erguem à superfície.
Mas não há motivos para ter medo de visitar as galerias, a menos que seja claustrofóbico. E resta pouco tempo para fazê-lo - dez minutos bastam para conhecer este património, revelado ao público apenas uma vez por ano.

ZONA HISTÓRICA AINDA É PROBLEMA GRAVE, APESAR DAS MUDANÇAS

A zona histórica de Lisboa, com difíceis acessos e prédios degradados, permanece hoje um «problema grave» para os bombeiros, mas o incêndio do Chiado, há 20 anos, serviu também de lição para as corporações, que desde então passaram por «grandes transformações»
Publicado por Lusa/ Sol, 20-08-2008

«A cidade continua a configurar situações de risco, sendo a zona histórica a mais grave, em termos de acessos, estacionamento e devido ao número elevado de prédios antigos e sem manutenção corrente», disse à Lusa o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira. Opinião partilhada pelo presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, Fernando Curto, que salientou à Lusa o «esforço manual» usado na retirada de carros a que é necessário recorrer para que os elementos consigam circular em algumas ruas.

Mas nem tudo é mau. «Em vinte anos aprendeu-se muito, sobretudo técnicas de combate a incêndios urbanos, e houve grandes transformações nos bombeiros, a nível da formação do pessoal e dos equipamentos disponíveis», lembrou Duarte Caldeira. Fernando Curto frisou «o trabalho grande no campo da prevenção», mas fez questão de lembrar que «a perda de habitantes nos últimos anos é uma lacuna», porque «uma cidade habitada ajuda a uma intervenção rápida». Apesar de, vinte anos depois do incêndio do Chiado, «haver um melhor conhecimento e planeamento da cidade», Fernando Curto alerta para o facto de ainda se encontrarem «armazéns pejados de materiais susceptíveis de risco» e refere que «o aeroporto na cidade é um 'handicap' para que esta não seja segura».

O presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau (Baixa) partilha a preocupação em relação ao perigo que representam os andares que servem de armazéns.
«A junta vai propor aos Sapadores que verifiquem no terreno situações deste tipo, que possam causar perigosidade. É necessário prevenir», disse à Lusa António Manuel.
Numa das freguesias de Alfama, um dos bairros do centro histórico de Lisboa, os «armazéns», acessos difíceis e edifícios em mau estado já estão assinalados num plano de emergência local.

A Junta de Freguesia de Santo Estêvão elaborou recentemente, com a ajuda de um grupo de voluntários e em conjunto com a Protecção Civil, o documento «para saber como reagir no caso de algo acontecer». «Foi feito um levantamento do que se passa na freguesia. Os prédios velhos e em más condições, as ruas estreitas e em mau estado, os problemas com entrada e saída de viaturas, as casas onde habitam idosos sozinhos e pessoas acamadas, tudo isso está assinalado no plano», disse à Lusa a presidente da junta, Lurdes Pinheiro.
«Somos os primeiros a estar no terreno. Preparamos as pessoas para o primeiro impacto e depois passamos a pasta aos bombeiros», acrescentou «O ideal seria não acontecer nada, mas no caso de acontecer estamos preparados», afirmou.

Apesar de tudo, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais acha «difícil» haver outro incêndio em Lisboa com a «grandiosidade e proporções» do fogo do Chiado de 25 de Agosto de 1988. «Hoje em dia todos os edifícios possuem extintores e têm auto-protecção, há mais vistorias - embora não tantas como gostaríamos - e houve uma melhoria substancial a nível legislativo», referiu. Fernando Curto defende que «de maneira geral houve reorganização e intervenção» desde 1988. «Há males que vêm por bem», disse.

sábado, setembro 27, 2008

FALTA DE CONDIÇÕES DE SEGURANÇA OBRIGA AO ENCERRAMENTO DA IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA

Publicado no Publico/ Lusa, 27-09-2008

A Igreja de São Vicente de Fora, um dos monumentos nacionais da capital, está fechada ao público desde o início de Agosto por falta de condições de segurança, devido a violentas quedas de estuque e argamassa no interior. No chão da igreja foram recolhidos destroços com mais de um quilo, resultantes do desprendimento de blocos de estuque, argamassa e fragmentos de tijoleira de uma altura de cerca de 20 metros, segundo informação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT). O impacto de uma das derrocadas foi tal que um dos blocos, ao cair, partiu um banco e furou o chão de madeira do altar.

Segundo a DRCLVT, as quedas de estuque ocorreram a 26 e 30 de Julho, verificando-se outra na primeira semana de Setembro. O material desprendido espalhou-se pelo Altar Mor e Coro Baixo. "Os danos verificaram-se em quadros brancos, no pavimento de madeira e na aparelhagem de som. Além disso foi-nos comunicado um ferimento numa colaboradora da Igreja", afirma a DRCLVT numa resposta escrita à Lusa. Na sequência dos acontecimentos, a DRCLVT solicitou formalmente a 31 de Julho o encerramento do templo, cedido à Igreja para o culto. A igreja apresenta várias infiltrações, devido ao estado em que se encontra a cobertura, o que originou as derrocadas. Não é possível prever quando poderão ocorrer novas derrocadas, pelo que a utilização do espaço representa "riscos para pessoas e bens".

Não há previsão de reabertura, mas a Direcção Regional de Cultura apresentou, a 13 de Agosto, uma proposta de intervenção que aguarda apreciação por parte do Patriarcado. A metodologia de intervenção proposta prevê "medidas imediatas" de acautelamento de segurança para efeitos funcionais, estudos e projectos para reabilitação estrutural, projecto de conservação e obras, tanto no interior como no exterior. "A Igreja só poderá ser reaberta após acauteladas as condições de segurança", diz a DRCLVT.

O templo centenário, dedicado ao padroeiro de Lisboa, era utilizado para cerimónias em que chegavam a participar mais de mil pessoas, sendo também muito procurado pelos turistas e escolas de todo o país para visitas de estudo. A igreja, cuja construção começou em 1582, foi edificada no local onde D. Afonso Henriques tinha mandado construir um primeiro templo também em honra de São Vicente.

Adjacente à Igreja está o Mosteiro de São Vicente de Fora, fundado em 1147 pelo primeiro Rei de Portugal, que assim cumpriu um voto ao mártir pelo sucesso da conquista de Lisboa aos mouros. "Ergueu-se no campo onde jaziam muitos dos cruzados estrangeiros que haviam ajudado à vitória das forças portuguesas", lembra o guia de apresentação do Mosteiro de São Vicente de Fora, situado numa das colinas de Lisboa.

sábado, setembro 20, 2008

ANDAR DE BICICLETA SERÁ MAIS FÁCIL EM LISBOA

LISBOA É UMA BOA CIDADE PARA ANDAR DE BICICLETA

Lisboa é uma cidade boa para andar de bicicleta, garante um engenheiro civil que durante cem dias optou por deslocar-se na capital a pedalar, abdicando de autocarros, carros, táxis e metropolitano
Publicado por LUSA/ SOL

Após mais de cem dias e 1200 quilómetros de bicicleta percorridos em Lisboa, Paulo Guerra dos Santos concluiu que a capital «é cem por cento ciclável e que as desculpas das colinas, do tráfego e do clima são mitos».

«As colinas ocupam quinze por cento da área urbana da cidade. 80 por cento das cerca de 700 mil pessoas que habitam em Lisboa moram e trabalham fora das áreas das colinas. A maioria dos fluxos que se fazem dentro da cidade (casa-trabalho) são na marginal e no eixo Baixa-Campo Grande, na sua maioria zonas planas ou muito suaves», explicou à Lusa o investigador, responsável pelo projecto «100 dias de bicicleta na cidade de Lisboa».

O clima é «um dos melhores da Europa, nunca está demasiado frio nem demasiado calor». O tráfego automóvel é um problema «apenas no início», e até levou Paulo Santos a pedalar nos passeios.
«Quando comecei o projecto não fazia ideia do que era andar em Lisboa de bicicleta. Nem bicicleta tinha. Tive de pedir uma emprestada. As duas primeiras semanas foram difíceis. Confesso que andei muito em cima de passeios, mas fui desaconselhado a abandoná-los e a passar para a estrada. Aos poucos vamos ganhando confiança e deixamos de olhar para trás», recordou.
Além de desfazer mitos, Paulo Santos conferiu que «andar de carro não faz sentido e é um custo enorme». «A bicicleta custou-me 300 euros e já está mais do que paga com o dinheiro que poupei em gasolina e passes», referiu.
Mas há mais, andar de bicicleta também traz benefícios para a saúde, «com pouco esforço ajuda a manter uma certa forma física». Acima de tudo é «um excelente veículo para promover a mobilidade».
Em Lisboa faltam ciclovias, que podem ser providenciadas «com algo tão simples como uma mudança na legislação que permita que as bicicletas possam partilhar a faixa do ‘bus’». «Há zonas em que é possível estreitar as faixas dos automóveis e alargar a do ‘bus’, colocando ali um metro especificamente para o ciclista e há muitas avenidas onde há espaço para isso não prejudicando», defendeu o investigador.
Alargar o horário em que as bicicletas podem ser transportadas no metro «também seria benéfico», bem como adoptar uma ideia já aplicada em algumas cidades norte-americanas: «colocar ganchos na frente dos autocarros onde dá para pendurar duas ou três bicicletas». O projecto acabou e o investigador garante que vai continuar a utilizar a bicicleta para deslocar-se na cidade e deixa um recado: «é preciso criar a noção que os carros não são bem-vindos no centro».

sexta-feira, setembro 19, 2008

PASSEIOS ÀS CEGAS POR ALFAMA REGRESSAM A PARTIR DO DIA 27 DE SETEMBRO


Os passeios Lisboa Sensorial reiniciam a 27 de Setembro, passando a acontecer sempre no último sábado de cada mês.

Os participantes, de olhos vendados, são convidados a experimentar um passeio diferente por Alfama ao serem conduzidos por um guia cego da ACAPO, que partilha as suas referências sensoriais, e por um guia Lisbon Walker, que faz a contextualização histórica do percurso.

Estes passeios, concebidos e inicialmente desenvolvidos pelo estúdio criativo Cabracega, passam agora a ser organizados pela Lisbon Walker em parceria com a ACAPO, como uma forma de assegurar a sua sustentabilidade e cumprir um dos objectivos primordiais desta iniciativa.

Informações úteis:

Sujeito a marcação prévia
Duração do passeio: 1.30h
Número máximo de participantes por passeio: 10
Preço por pessoa: 20 Euros
21.886.18.40 ou 96.357.56.35 / lisboa.sensorial@lisbonwalker.com / www.lisbonwalker.com

domingo, agosto 24, 2008

CML REDUZ FROTA AUTOMÓVEL EM MAIS DE 41%

Publicado no Diário Digital, sexta-feira, 22 de Agosto de 2008 | 11:07

 

A Câmara Municipal de Lisboa vai reduzir a sua frota automóvel em 41,89%, cortando 71 mil euros na sua factura mensal de gestão.

A Câmara Municipal de Lisboa vai abater 168 viaturas da sua frota de viaturas ligeiras de passageiros e mistos. Trata-se de uma redução de 41,89% do total da frota nestes segmentos, constituída neste momento por 401 viaturas, das quais 287 em regime de aluguer operacional.

Segundo a autarquia, a poupança mensal das rendas destas 168 viaturas será de 50 mil euros, a que se juntam 21 mil euros em combustível, num total de 71 mil euros mensais.

 

 

sexta-feira, agosto 15, 2008

CÂMARA CORRE RISCO DE FICAR SEM O PÁTIO DOM FRADIQUE

Expropriação foi em 2001, mas obras não saíram do papel. Restituição pode ser pedida
Publicado no Jornal de Notícias em 27-07-2008 por NUNO MIGUEL ROPIO

A Câmara de Lisboa expropriou o Pátio Dom Fradique há sete anos, mas nunca avançou com a requalificação necessária. As obras só arrancam em 2011. Os antigos proprietários podem agora pedir a devolução daquela área.

"What happened here?", questionava, ontem de manhã, Celie McAlister. "O que aconteceu aqui?" é como se pode traduzir a pergunta daquela turista norte-americana, ao passar por uma das portas de acesso ao castelo de São Jorge, o monumento mais visitado na capital.

O cenário mais parece fruto de um bombardeamento. E a tradução literal das palavras de Celie só peca por não conseguir transmitir a estupefacção do grupo de turistas e o barulho das "flashadas" das máquinas fotográficas, perante tal degradação e abandono do que resta dos antigos edifícios no pátio Dom Fradique.

Situado entre o emblemático palácio Belmonte - que acolhe aquela que é considerada a melhor unidade hoteleira alfacinha - e as ruas de Maldonados e dos Cegos, há sete anos que o conjunto de casas propriedade da Câmara Municipal de Lisboa serve de abrigo a traficantes, indigentes e jovens que não resistem a grafitar as paredes. Com a agravante de ser via de passagem, não só para os residente da freguesia de Santiago como para os milhares de turistas que ali se cruzam diariamente.

"Há vários anos que tentamos sensibilizar para a necessidade de recuperar ou demolir o que existe. Sentimos que é a face mais vergonhosa da zona histórica. A Câmara diz que não tem dinheiro e, de acordo com as últimas informações que obtive, obras só mesmo em 2011", lamenta Luís Campos, presidente da Junta de Freguesia de Santiago.

Desde 25 de Julho de 2001 que todo o pátio é propriedade do município. Na altura, devido à iminente queda de telhados e paredes, colocando em risco as 30 famílias que ali viviam, a autarquia decidiu expropriar os edifícios aos donos - João José Silva Lico e o palácio Belmonte. Os residentes acabaram por ser realojados, uns perto da freguesia de Santiago, outros em bairros sociais do concelho.

Os projectos da Câmara passavam pela recuperação e reconversão urbanística, mas nada foi feito até agora, à excepção do emparedamento das janelas e portas. Perante o abandono, os anteriores proprietários podem exigir até Outubro de 2008 a devolução dos imóveis.

"Os policias vão passando por ali. Mas à noite não se evita que aconteçam alguns desacatos", admitiu Luís Campos. Encostado ao antigo convento do Menino de Deus e à Fundação Ricardo Espírito Santo, o local tem sido palco constante de pequenos incêndios. "Não se pode fechar o acesso, porque é público. Só que as casas em tabique podem ruir a qualquer momento. Até o arco que existia teve de ser deitado abaixo pelo perigo que representava", acrescentou o autarca.

Ladeando a Cerca Velha da cidade e ligando os bairros de Alfama e do Castelo, o pátio já pouco significado tem, do ponto de vista arquitectónico. Um parecer do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) permite a demolição, desde que acompanhada por arqueólogos.

Uma fonte do Palácio Belmonte garantiu, ao JN, que há vários anos que o hotel não aluga diversos quartos, cujas janelas estão viradas para aquele espaço abandonado.

A CIDADE É PARA DESCOBRIR A PÉ

Metade dos turistas prefere caminhar a utilizar um transporte para conhecer a capital
Publicado no Jornal de Notícias em 13-08-2008 por Telma Roque

Inquéritos a turistas estrangeiros de visita à capital, do Observatório do Turismo de Lisboa, revelam que a maioria prefere deslocar-se a pé. Os passeios são, aliás, as actividades mais praticadas. Muitos nem entram nos museus.

Pode vir o mais emblemático eléctrico amarelo ou o autocarro de dois andares, descapotável, com o guia mais animado e informado da região que os turistas não se deixarão seduzir num estalar de dedos. Eles gostam mesmo é de andar a pé (51%), de entrar pelas ruas e ruelas dos bairros históricos, desvendando os segredos de cada recanto de Lisboa e andar livremente pela região.

A zona da Baixa e de Belém foram os locais de interesse mais visitados na cidade, tendo sido apontados por 74,2% e 70,3% dos inquiridos, respectivamente. Segue-se Alfama, Bairro Alto e Chiado, bairros "obrigatórios" de elevado peso histórico, onde a traça é frequentemente elogiada.

No inquérito à região, o Parque das Nações "intromete-se" no grupo de bairros históricos e alcança o terceiro lugar, à frente de Alfama e do Bairro Alto, com uma percentagem de 66,8%. Sintra, Cascais e Estoril assumem um peso importante nos locais de interesse da região mais visitados. Sintra, por exemplo, aparece à frente do Chiado.

Os passeios a pé, as visitas a atracções, monumentos e museus, assim como as saídas para jantar e as compras foram as actividades mais praticadas pelos turistas durante o tempo que passaram pela cidade e pela região.

Ainda segundo a primeira vaga de inquéritos de 2008 ao grau de satisfação dos turistas na cidade e na região, os estrangeiros levam para casa uma boa imagem de Lisboa e arredores. A capital é bela e bonita (40,4%), antiga e histórica (35%) e amigável (34,4%), percentagens semelhantes às conquistadas pela região.

Chamados a avaliar a visita, os turistas são generosos. Cidade e região quase alcançam os oito valores numa escala até 10. Uma nota justificada pelos monumentos, museus e atracções, clima e população local. Para 42,3% dos inquiridos, Lisboa revelou-se acima das expectativas criadas e para 24,6% foi mesmo uma "magnífica surpresa". As desilusões foram residuais, tanto na cidade (0,5%) como na região (0,4%).

Cerca de 70% dos turistas entrevistados já tinha visitado Lisboa e a região. Ainda assim, questionados sobre a possibilidade de um novo regresso, mais de metade (59,6%) admite que muito provavelmente voltará. Mais: 99,7% tenciona recomendar a cidade para visitar e 98,7% recomendará também a região.

Para 73,7%, Lisboa foi o único destino de viagem, onde a estadia média foi de 5,1 noites. Cerca de 87% escolheu ficar alojado num hotel ou unidade similar. A família e amigos foram os que mais influenciaram os turistas na escolha do destino Lisboa ((35,7%), seguido do factor preço. O avião foi o principal meio de transporte para alcançar a região (70%).

MEMMO ALFAMA NASCE EM 2010

Publicado em RHTURISMO.NET, Patricia Neves, 25 de Junho de 2008 [Publicturis On line]

Depois de Sagres, a cadeia Memmo Unforgettable Hotels pretende entrar em Lisboa, com um hotel quatro estrelas em Alfama, junto à Sé de Lisboa, que está em fase de aprovação na autarquia da capital e que deverá abrir portas em 2010, avança ao Publituris o director geral do Memmo Baleeira Hotel, Rodrigo Machaz.

A unidade terá 35 quartos e apresentar-se-á como uma espécie de "gesthouse", sem restaurante e com um loyalty bar. "Pretendemos que o hóspede viva o lado mais genuíno de Lisboa e que descubra a cidade através das ruelas de Alfama. O nosso conceito é mesmo esse, o de open resort, que oferece mais do que o hotel, o destino onde se insere", explica o responsável.

Deste modo, sob o slogan "Memmo Alfama, you´ll never forget Lisbon", o grande investimento desta nova unidade vai residir no conforto dos quartos.

Situado num pátio típico de Alfama, o novo hotel Memmo resultará de um investimento previsto de quatro a cinco milhões de euros. Rodrigo Machaz espera que o projecto esteja licenciado até ao final do ano, para depois entrar em obras em 2010 e abrir no ano seguinte.

CML LICENCIOU 30 NOVAS UNIDADES HOTELEIRAS NO ÚLTIMO ANO


Publicado em Publituris, 30 de Julho de 2008 por Carina Monteiro

O Vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, disse ontem que foram licenciadas 30 unidades hoteleiras desde Agosto de 2007. A afirmação foi feita durante o debate sobre o plano para a Frente Ribeirinha, que prevê o desenvolvimento de três micro-centralidades: Belém, Baixa e Parque das Nações.

O Vereador revelou ainda que a CML aprovou dois hotéis para a Baixa, um para Alfama, um para o Campo das Cebolas, e que estão em discussão mais três hotéis para a zona da Baixa, um dos quais no edifício da pastelaria Suíça. E embora Manuel Salgado não tenha referido nomes, os promotores dos futuros empreendimentos deverão ser a Memmo Hotels, a Hotusa e o grupo Olissipo.

O vereador admitiu ainda possibilidade de novas unidades hoteleiras na Ajuda, em Belém.

CORREDOR DE MONSANTO ESTARÁ CONCLUIDO NO PRÓXIMO ANO

Publicado no Público, 16.07.2008 - 10h10 por Ana Nunes

O corredor de Monsanto será "uma realidade" em Agosto de 2009, esta foi a garantia dada ontem por José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, na apresentação pública do projecto. Gonçalo Ribeiro Telles, o responsável pela ideia, considera que esta é uma obra cujo "planeamento assenta no seu uso". Segundo o arquitecto, "está a ser construída a cidade do século XXI que espera o futuro e que tem relações com a qualidade de vida da população".

Este projecto, que conta já com longos anos de opinião pública, irá estabelecer uma ligação entre Monsanto e o Parque Eduardo VII, atravessando a Avenida Gulbenkian através de uma ponte pedonal. José Sá Fernandes garantiu que o concurso público para a construção desta ponte será lançado ainda esta semana. A obra deverá ter início em Dezembro e terá a duração de cinco meses com um custo estimado de 500 mil euros. Os concursos para os estacionamentos, os arranjos das colinas e a pista de ligação até Monsanto encontram-se já a decorrer.

Para o presidente da autarquia, António Costa, a construção desta ponte pedonal "é fundamental no corredor de Monsanto" por se tratar de "um momento importante para um projecto que nasceu de um sonho". O autarca considera que "este é o papel do autarca, passar de utopias a obras". Gonçalo Ribeiro Telles explica que o projecto "traz um novo sistema de estrutura verde para a cidade de Lisboa para um futuro ecológico".

"Esta não é uma obra isolada, mas sim uma peça de um conjunto de redes de circulação que aproveitam os espaços verdes fundamentais da cidade", explicou António Costa. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa aproveitou o evento para anunciar a abertura de um concurso que trará à cidade, no próximo ano, bicicletas de uso partilhado - com o objectivo "de se tornarem um meio de deslocação na cidade". Segundo o autarca, estes projectos "assentam numa visão de cidade dentro de uma rede ecológica fundamental".

No futuro, a autarquia considera a hipótese de ligar Monsanto ao Parque da Bela Vista após a conclusão da obra de prolongamento da linha vermelha do metro até Campolide. A Avenida Duque de Ávila será também reconvertida num eixo pedonal, tornando-se numa via de sentido único. A nova ligação será feita desde o Palácio da Justiça até à Alameda e seguirá até ao Parque da Bela Vista.

  • Vídeo do Plano verde de Lisboa

  • Proposta do Plano verde de Lisboa
  • sexta-feira, julho 25, 2008

    LISBOA SOBE POSIÇÕES EM LISTA DE CIDADES CARAS PARA TURISTAS

    Publicado pela agência Lusa em 24-07-2008 19:34:36
     
    Lisboa, 24 jul (Lusa) - Lisboa subiu 16 lugares no último ano no ranking mundial das cidades mais caras para estrangeiros, passando a ocupar o 57º lugar, de acordo com a pesquisa anual da Mercer sobre o custo de vida mundial.

    A edição de 2008 do estudo "Worldwise Cost of Living Survey" revela que Lisboa subiu para a 57ª posição, quando em março de 2007 estava no 73º lugar e em 2006 estava em 88ª, não apenas devido ao aumento do custo de vida, mas também devido "à forte desvalorização do dólar em relação ao euro".

    O estudo da Mercer engloba 143 cidades e mede o custo de vida, comparando 202 produtos representativos dos padrões de consumo, incluindo habitação, transportes, alimentação, vestuário, bens domésticos e entretenimento.

    O estudo de custo de vida é mais abrangente em nível mundial, classificando as cidades utilizando Nova Iorque como termo de comparação.

    Pelo terceiro ano consecutivo, Moscou é apontada como a cidade mais cara, principalmente devido ao aumento do custo de alojamento e à valorização do rublo diante do dólar.

    Sófia, capital da Bulgária, continua sendo a cidade européia com o custo de vida mais baixo para estrangeiros, embora tenha subido 11 posições em relação a 2007.
     

    TURISTAS DESCOBREM LISBOA EM VEÍCULOS ORIGINAIS

    Publicado em diario.iol.pt em 20-07-2008 por Isabel Matos Alves/Agência Lusa

    Para quem chega a Lisboa cheio de vontade de conhecer todos os pontos turísticos e recantos pitorescos da cidade, a mochila às costas e os ténis confortáveis já não são obrigatórios, há alternativas inovadoras, noticia a Lusa.

    Andar a pé ainda é uma das boas maneiras de conhecer uma cidade, mas no calor do Verão, descobrir Lisboa sentado num «GoCar», num «City Cruiser», num «buggie», num «Sidecar» ou num «Riquexó» dos tempos modernos e ter um GPS que desvenda percursos e faz comentários bem humorados é uma experiência que atrai um número crescente visitantes.

    Do Campo Mártires da Pátria em direcção ao Chiado, com paragem nas ruínas do Carmo e daí em direcção a Alfama, passando pela Sé de Lisboa e voltando a parar no Castelo de S. Jorge, para depois descer a colina e seguir por ruas tão estreitas onde nem um carro cabe, passando pelo Mosteiro de São Vicente, pelo Panteão Nacional e pelas janelas e portas dos residentes curiosos que não resistem a acenar e comentar o veículo invulgar que por ali circula, continuar em direcção ao Tejo para só voltar a parar no destino final, Belém. Esta rota, pela qual Edite e Anouk pagaram 95 euros, é a mais procurada pelos turistas que optam por esta modalidade, «mas pode haver uma ou outra nuance», afirma João Soares, da Sidecar Touring, que acrescenta que as rotas podem ser «à la carte».

    Os «GoCar» e o «Buggies»

    Novidade entre os veículos que desvendam Lisboa de uma forma menos convencional são os «GoCar». Há algum tempo em actividade nos Estados Unidos, os «GoCar'» chegaram há pouco menos de um mês a Lisboa e o responsável pela entrada dos «carrinhos amarelos» em Portugal, João Manuel Mendes, garante que «toda a gente que anda, adora».

    Têm um GPS dois em um, que por agora está disponível em português e inglês, e que para além das necessárias indicações do percurso, também funciona como guia turístico, porque à medida que se passa pelos pontos de interesse, ouvem-se as explicações sobre a sua história, numa versão bem-humorada.

    Uma hora no «GoCar» custa 20 euros e para o conduzir basta ter 18 anos ou mais e carta de condução, ainda que este seja um carro sem mudanças.

    Opção semelhante são os «buggies» da Red Tours, carros de 2 e 4 lugares, que fazem lembrar os carrinhos de golfe e que estão disponíveis para aluguer no Terreiro do Paço, mas diferenciam-se dos «GoCar» por serem eléctricos e «ecologicamente correctos».

    Os «buggies» têm disponíveis no seu GPS, que também funciona como guia turístico. No entanto, as dimensões destes carros permitem atravessar ruas estreitas sem grandes dificuldades e de forma tão silenciosa, que nem os gatos que dormem à janela se mostram incomodados com a sua passagem.

    Também no Terreiro do Paço, e um pouco por toda a baixa pombalina é possível apanhar boleia dos «City Cruisers», uma espécie de «riquexós» a pedais, que funcionam como táxis e permitem transportar duas pessoas.

    Tânia Assis, da City Cruisers, afirma que as grandes mais-valias deste meio de transporte são o facto de ser ecológico e de permitir aos turistas estabelecer a sua própria rota. Os turistas, por um valor entre os seis euros para 15 minutos, e 20 euros por uma hora, podem conhecer os principais pontos de interesse da baixa pombalina acompanhados pelo condutor do «riquexó», que vai explicando a história da cidade.

    TURISTAS GANHAM OPÇÕES DE TRANSPORTE PARA CONHECER LISBOA

    Por Isabel Matos Alves, da Agência Lusa, publicado em 20-07-2008 18:52:11

    Lisboa, 20 Jul (Lusa) - Para quem chega a Lisboa cheio de vontade de conhecer todos os pontos turísticos e recantos pitorescos da cidade, mochila às costas e tênis confortáveis já não são obrigatórios.

    Andar a pé ainda é uma das boas maneiras de conhecer a capital portuguesa, mas, no calor do verão europeu, descobrir Lisboa sentado em uma alternativa inovadora de transporte e ter um GPS que desvenda percursos e faz comentários bem humorados é uma experiência que atrai um número crescente de visitantes.

    Com o vento nos cabelos e o sol na cara, a deficiente visual Edite Faldini descobre Lisboa através das sensações que a cidade lhe transmite.

    "São muitas sensações. Eu sei onde estou e imagino o mapa na minha cabeça. Imagino muito facilmente o que está à minha volta", diz a turista belga, depois de três horas percorrendo a cidade em um sidecar na companhia da amiga Anouk. As duas são conduzidas por um motociclista que é, também, guia turístico, e ao longo do itinerário fala dos monumentos e conta a história da cidade.

    "É uma ótima experiência, mesmo quando não se consegue ver, porque sentimos o vento, o sol. Tudo é diferente, é muito bonito", afirma.

    "O que é difícil em Lisboa é andar com a bengala, por causa da calçada, mas de resto é perfeito", declara Edite, lembrando as dificuldades adicionais que os cegos encontram na capital portuguesa.

    Edite e Anouk saem do Campo Mártires da Pátria em direção ao Chiado, param nas ruínas do Carmo e continuam em direção a Alfama, passam pela Sé de Lisboa e voltam a parar no Castelo de São Jorge, para depois descer a colina e seguir por ruas tão estreitas onde nem um carro cabe. Avistam o Mosteiro de São Vicente, o Panteão Nacional e as janelas e portas dos residentes curiosos que não resistem a acenar e comentar o veículo diferente que por ali circula e continuam em direção ao Tejo, só voltando a parar no destino final: Belém.

    A rota, pela qual Edite e Anouk pagaram 95 euros, é a mais procurada pelos turistas que optam pelo sidecar, "mas pode haver uma ou outra nuance", afirma João Soares, da Sidecar Touring, que explica que os passeios podem ser "à la carte".

    O sidecar não é a opção mais comum, nem sequer a mais barata, mas ainda assim, assegura João Soares, tem muita procura.

    "É curioso, é uma coisa inovadora, há algum revivalismo à volta disso e também pelo fato de se poder transportar crianças, velhotes e pessoas com dificuldades de locomoção de uma forma agradável", justifica.

    Já passaram pela Sidecar Touring todo o tipo de clientes, mas há sempre aqueles que se destacam e ficam na memória, como o senhor de 92 anos que experimentou o veículo acoplado a uma moto após uma brincadeira dos bisnetos, mas que gostou tanto da experiência que resolveu repetir. Soares também se lembra de uma inglesa que todos os anos, em maio, aluga o veículo para percorrer as sapatarias da capital em um único dia e fazer as compras da estação.

    Mas a história mais curiosa é a do casal que se divorciou no sidecar, seguiu para um restaurante onde tinha combinado de jantar com amigos e regressou em veículos diferentes.

    Carrinhos amarelos

    A novidade entre os veículos que desvendam Lisboa de uma forma menos convencional são os GoCars. Há algum tempo em atividade nos Estados Unidos, os GoCars chegaram há pouco menos de um mês a Lisboa e o responsável pela entrada dos "carrinhos amarelos" em Portugal, João Manuel Mendes, garante que "toda a gente que anda, adora".

    Os veículos são dotados de um GPS dois em um, disponível em português e inglês e que, além das necessárias indicações do percurso, também funciona como guia turístico. À medida que se passa pelos pontos de interesse, ouvem-se as explicações sobre sua história, em uma versão bem-humorada.

    De visita a Lisboa, Richard Lewis declara-se "convertido" às vantagens do GoCar, carrinho movido com um pequeno motor à gasolina.

    "É muito fácil de conduzir, mais fácil do que um carro. É um dinheiro bem gasto. Decididamente, quero experimentar outra vez".

    Uma hora no GoCar custa 20 euros e, para o conduzir, basta ter 18 anos ou mais e carteira de motorista.

    "Achamos que o carro é uma forma divertida de conhecer a cidade, mas achamos que aquilo que o torna especial é a tecnologia que tem por baixo. Permite conduzir onde se quiser, escolher o que se quer visitar. Depois conta piadas, diz para ter cuidado com os buracos e manda dizer tchau aos policiais quando estão parados em sentinela", afirma João Manuel Mendes.

    Ecologicamente corretos

    Opção semelhante são os bugues da Red Tours, de 2 e 4 lugares, que lembram os carrinhos de golfe e estão disponíveis para aluguel no Terreiro do Paço, mas se diferenciam dos GoCars por serem elétricos e "ecologicamente corretos".

    Luísa, que experimentou com a família o carro de quatro lugares, se queixou por o GPS ainda não estar disponível em francês, mas considera a novidade uma idéia boa para os turistas.

    "Gostamos de conduzir nós mesmos em Lisboa e são rotas onde não há muito trânsito. É agradável", disse à Lusa a turista.

    Luísa elogia ainda o preço pago pelo serviço - pouco mais de 20 euros - e destaca o fato de este tipo de tour pela cidade permitir parar para tirar fotos, ao contrário de outros transportes.

    Os bugues têm disponíveis no seu GPS, que também funciona como guia turístico, as rotas de Belém, baixa pombalina, Alfama e o bairro do Castelo, onde geralmente só chegam os residentes e, na maioria das vezes, a pé.

    As dimensões desses carros permitem atravessar ruas estreitas sem grandes dificuldades e de forma tão silenciosa que nem os gatos que dormem à janela se mostram incomodados com a sua passagem.

    Também no Terreiro do Paço, e um pouco por toda a baixa pombalina, é possível pegar carona nos City Cruisers - espécie de riquixás com pedais - que funcionam como táxis e permitem transportar duas pessoas.

    O fato de ser ecológico e de permitir aos turistas estabelecer sua própria rota é a mais-valia desse meio de transporte, segundo Tânia Assis, da City Cruisers.

    Os turistas, por um valor entre os seis euros para 15 minutos, e 20 euros por uma hora, podem conhecer os principais pontos de interesse acompanhados pelo condutor do "riquixá", que vai explicando a história da cidade.

    "Basicamente, funcionamos como guia turístico, levando os turistas aos pontos históricos da baixa. Ao mesmo tempo, fornecemos informação, explicamos-lhe o contexto histórico de determinado edifício ou ponto", explica Fernando, um dos condutores e guias da City Cruisers.

    Os turistas também podem acompanhar a rota com a ajuda de um folheto com informação traduzida em línguas menos faladas, como russo, chinês ou alemão.

    quinta-feira, julho 24, 2008

    domingo, julho 20, 2008

    ACIDENTE ARRANCA 15 PILARETES NA RUA JARDIM DO TABACO

    Na noite de sexta para Sábado ocorreu mais um acidente que arrancou e danificou cerca de 15 pilaretes na Rua Jardim do Tabaco em frente ao n.º 47.

    Não é difícil imaginar a que velocidade circulava a viatura em virtude das evidências da violência do embate. No entanto, é raro ver patrulhamento policial nesta zona durante a noite, apesar da esquadra da PSP se encontrar a algumas centenas de metros, por exemplo: desde o mês de Junho, que o Largo Chafariz de Dentro é permanentemente ocupado por dezenas de viaturas, à noite e ao fim-de-semana (apesar dos sinais de trânsito) sem que nada aconteça e com os Parques de estacionamento praticamente vazios do outro lado da rua, junto ao rio.

    Em vez de esplanadas e pessoas o coração de Alfama é ocupado por carros e nem a proximidade da esquadra da PSP nem dos parques de estacionamento (a 100 metros em linha recta) é suficiente para resolver a situação.

    sábado, julho 19, 2008

    CARROS ELÉCTRICOS "INTELIGENTES" PASSEIAM TURISTAS

    Publicado no JN, em 05-07-2008 por Telma Roque

    A partir de segunda-feira, lisboetas e turistas vão poder conhecer a cidade em "buggies" de dois ou quatro lugares, ou em segways em quatro circuitos definidos, orientados por GPS, e, que além de mostrarem o caminho, fazem um breve resumo histórico dos locais e monumentos de interesse.

    O projecto, criado pela Red Tour, empresa pertencente à FamiGeste, inclui ainda um circuito aberto com bicicletas eléctricas e vai operar, numa fase inicial no centro da capital, com partidas do Terreiro do Paço. Depois, deverá estender-se à zona de Belém.
    Alfama, da Casa dos Bicos ao mosteiro de São Vicente de Fora, é um dos roteiros definidos para as segways.

    Nos "buggies", os turistas poderão conhecer a zona do Chiado, eixo do Convento do Carmo-Rossio-Restauradores-Avenida da Liberdade, ou as vistas entre a Sé Catedral e o Panteão, passando pelas Portas do Sol. As viaturas são todas eléctricas. Não há poluição ambiental, nem sonora. "Queremos passar uma imagem ecológica e levar turistas onde os autocarros não chegam", explicou ao JN Susana Welsh, directora comercial da Red Tour. "Os percursos foram estudados com a Câmara de Lisboa (que criou um grupo de trabalho), para minimizar impactes no trânsito", acrescentou ainda a responsável.

    Susana Welsh acredita que o projecto terá também uma forte adesão por parte dos lisboetas, sobretudo no que se refere às deslocações de segway. Nesta fase inicial, os aparelhos GPS "falam" apenas em inglês e português.

    LUZBOA VAI ILUMINAR LISBOA EM NOVEMBRO

    Publicado no Jornal Briefing em 11-07-2008 por Marina Chiavegatto

    De 8 de Novembro a 15 de Janeiro de 2009 Lisboa vai iluminar-se com o projecto Luzboa 08.
    Trata-se de um projecto internacional que se propõe a iluminar as zonas da Bica, Alfama, Alecrim e a Baixa com trabalhos de «artistas da luz» nacionais e internacionais.

    As Câmaras Municipais Lisboa e Turim, em Itália, cidades onde decorre em simultâneo este projecto, irão patrocinar a iniciativa que integra a arte no espaço urbano, contribuindo também para a decoração de Natal das cidades.

    BIANCARD CRUZ SUCEDE A JÚDICE NA LIDERANÇA DA FRENTE RIBEIRINHA

    Publicado em RTP.pt Lisboa, 18 Jul (Lusa)

    O Governo escolheu o arquitecto João Biancard Cruz para suceder ao ex-bastonário da Ordem dos Advogados José Miguel Júdice na liderança do projecto da Frente Tejo em Lisboa, disse hoje à Lusa fonte oficial do executivo.

    "Está resolvida a sucessão [de José Miguel Júdice] na frente ribeirinha e garante-se plenamente a continuidade do projecto", referiu fonte do Governo. O arquitecto João Biancard Cruz desempenhou foi até agora o "número dois" da equipa de José Miguel Júdice e desempenhou durante vários anos o lugar de director geral do Ordenamento do Território, incluindo no tempo em que José Sócrates desempenhou as funções de ministro do Ambiente.

    João Biancard Cruz foi também um dos principais protagonistas do Programa Polis, que arrancou durante os executivos liderados por António Guterres.
    PMF.

    sexta-feira, julho 18, 2008

    ARTES: TELAS DE PINTOR HOLANDÊS ROUBADAS EM RUAS DE ALFAMA

    Lisboa, 15 Jul (Lusa) - Vinte e nove das 87 telas do artista holandês Guus Slauerhoff expostas desde 6 de Junho em ruas da Alfama foram roubadas, estando já a polícia a investigar o caso.

    Arie Pos, representante de Slauerhoff, disse à Lusa que duas ou três das telas desapareceram antes mesmo da inauguração e nos dias 2 e 3 de Julho foram retiradas "pelo menos 15, talvez mesmo 17 ou 18".

    Várias dessas telas, segundo Pos, foram retiradas de varandins, o que só poderia ter sido feito com recurso "a escadas ou camionetas" e utilizando ferramentas para cortar os fios de nylon ou arame que as afixava.

    Pos está convencido de que se está em presença de uma operação montada "com todo o cuidado" e com meios por profissionais.

    As autoridades policiais foram informadas dos roubos na passada quarta-feira pelo representante do pintor, que lhes entregou 15 fotografias dos quadros roubados. As telas têm dois formatos - 2,40X1,80 e 2,00X1,80 metros - e são de material plástico transparente com quadros e desenhos do pintor estampados. A exposição, intitulada "Facetas da vida", foi a primeira com estas características realizada pelo pintor.

    O "valor de produção" (incluindo a impressão e a tela) é de aproximadamente 200 euros cada, mas, se estivessem à venda numa galeria de arte, cada uma valeria pelo menos 1500 euros, assinalou Pos. Slauerhoff nasceu em 1944 e já expôs várias vezes em Lisboa, nomeadamente no Museu do Fado.
    RMM.

    LITERATURA: INSTALAÇÃO DA FUNDAÇÃO SARAMAGO NA CASA DOS BICOS É BEM-VINDA PELOS COMERCIANTES E MORADORES

    Lisboa, 16 Jul (Lusa) - A instalação da sede da Fundação José Saramago na Casa dos Bicos é bem-vinda pelos comerciantes de Alfama, que acusam a câmara de imobilismo relativamente à zona. "Alfama podia ser a galinha dos ovos de ouro, pois os turistas querem ver é ruas estreitinhas e roupas penduradas, mas está tudo tão degradado e feio que fogem daqui", disse Josefa Ribeiro, que dirige um loja de artesanato ao lado da Casa dos Bicos.

    A mesma opinião é partilhada por outros comerciantes e alguns moradores ouvidos hoje pela Lusa, que consideraram "positiva" a instalação da sede no edifício, classificado em 1910 como monumento nacional. "Vir para aqui algo que mexa, que dinamize a zona, é sempre bem-vindo, tanto mais que os turistas de manhã à noite fotografam a casa, mas não podem lá entrar, e vindo algo de cultural, sempre entram", disse Mário Sousa Cerqueira, do restaurante Adega do Atum.
    Actualmente a servir cerca de 50 refeições diárias, Mário Sousa Cerqueira espera que a vinda da Fundação do Nobel português "traga dinamismo, gente, e que se olhe para a zona com outros olhos".

    Segundo Carlos Pinto, que há 27 anos trabalha no restaurante Solar dos Bicos, "a clientela tem vindo sempre a descer", registando este ano um quebra de 50 por cento no número de refeições servidas relativamente há 20 anos. "Das 250 refeições que servia estamos a servir actualmente cerca de 100", disse.

    A insegurança nas ruas, pouca iluminação e o tráfego automóvel são alguns dos factores apontados para afastar os turistas da Rua dos Bacolheiros, apesar de vários atractivos turísticos, nomeadamente as fachadas dos edifícios contíguos à Casa dos Bicos, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Velha, ou a casa onde nasceu João Pinto de Carvalho 'Tinop', o primeiro autor de uma história do fado. "Daqui [rua dos Bacalhoeiros] até Santa Apolónia podia ser uma zona pedonal de esplanadas e outras lojas, sendo uma porta preferencial de acesso ao mais bonito bairro de Lisboa que é Alfama", opinou Carlos Pinto.

    Josefa Ribeiro assinalou, por seu turno, que "os turistas evitam esta zona pois só vêem feio, conhecem a Rua Augusta e depois procuram alguma forma de chegar ao Castelo". Para esta lojista, a instalação da Fundação "é bem-vinda, tanto mais que, sendo um pólo cultural, irá atrair gente".

    A presidente da Fundação, Pilar del Rio, disse hoje à Lusa que os objectivos são "a agitação e dinamização culturais". Sem confirmar o que será instalado na Casa dos Bicos ou o futuro das actuais instalações alugadas na avenida Almirante Gago Coutinho, a responsável esclareceu pretender-se "uma aproximação emocional dos portugueses à obra de autores como Jorge de Sena, Raul Brandão ou José Rodrigues Miguéis, entre outros".

    A Casa dos Bicos foi mandada erigir por Afonso Brás de Albuquerque, um filho legitimado por Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia.
    Passou por vários proprietários, entre eles um comerciante de bacalhau, até que a Câmara a adquiriu em 1967 a Daisy Maria da Silva Knight. Desde então foram vários os projectos previstos para ocupar os dois pisos da Casa, desde uma exposição permanente relacionada com a presença portuguesa no Oriente, a um Museu da Cidade ou um do Fado até uma casa de fados.
    Na década de 1960, quando a imprensa especulava sobre o fim da carreira de Amália Rodrigues, a fadista confessou em várias entrevistas que gostaria de explorar na Casa dos Bicos um restaurante típico de fados.

    Raul Lino, que orientou as obras de consolidação de 1969 a 1974, chegou a apresentar um projecto para adaptação a uma "Casa de Goa". Entre 1980 e 1981 os arquitectos José Daniel Santa Rita e Manuel Vicente apresentaram um projecto de reinterpretação da Casa e decidiram incorporar-lhe, com elementos contemporâneos, os dois pisos que o terramoto de 1755 destruiu.
    Em 1983 foi o núcleo "Dinastia de Avis" da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, seguindo-se um hiato na sua ocupação até 1987, quando recebe a Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, que ali permaneceu até 2002.

    Actualmente, funcionam na Casa os serviços relacionados com a vereação de Cultura.
    As escavações arqueológicas realizadas no início da década de 1980 trouxeram à luz do dia parte da muralha moura, tanques romanos e até uma garrafeira da família Albuquerque.
    NL.
    Lusa/Fim

    quarta-feira, julho 16, 2008

    CÂMARA DE LISBOA APROVA DOCUMENTO ESTRATÉGICO PARA ZONA RIBEIRINHA ORIENTAL

    A autarquia lisboeta aprovou hoje o documento estratégico da Zona Ribeirinha Oriental, que substitui o Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental, sucessivamente chumbado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo

    O Documento Estratégico de Monitorização da Zona Ribeirinha Oriental divide cinco áreas daquela zona da cidade para onde serão realizados planos de urbanização e de pormenor.Nessas áreas inclui-se o Plano de Urbanização da área envolvente à Estação do Oriente, também aprovado hoje, e alterações aos loteamentos do antigo edifício da Tabaqueira e da Fábrica de Braço de Prata, igualmente aprovados hoje.

    O documento estratégico para a Zona Ribeirinha Oriental foi aprovado com os votos contra dos vereadores do PSD e do PCP, que alegaram sobretudo a falta de validade jurídica do documento. O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), reconheceu a falta de vínculo jurídico mas contrapôs que aquele é um instrumento orientador da autarquia para aquela zona da cidade, sendo que «o que tem valor jurídico são os planos», que foram aprovados. Segundo Manuel Salgado, o objectivo é a «revitalização económica da zona», caracterizada pela existência de «indústrias obsoletas e desactivadas» e virá-la para outras áreas como as «indústrias criativas». «Enquadrar a localização de um ‘cluster’ de indústrias de conteúdos e biotecnologias» foi um dos objectivos enunciados pelo vereador.

    O documento aponta para o alargamento da «polarização do Parque das Nações, de forma a ir até aos Olivais, com uma nova fachada da Estação do Oriente virada para a cidade», referiu Manuel Salgado. O vereador quer terminar com o que considera ser o «gueto do Parque das Nações» e integrar aquele bairro em toda a zona oriental da cidade. O vereador e ex-presidente Carmona Rodrigues considerou que a revogação das anteriores deliberações carecia de uma «fundamentação mais cabal». Carmona Rodrigues questionou ainda que «dada a relevância do novo documento» não fosse desencadeado um processo de discussão pública.Para a vereadora social-democrata Margarida Saavedra, o documento estratégico tem uma «eficácia cega», ao não ter validade jurídica, e «define um conjunto de oportunidades criando ele próprio guetos». «A bondade do PZRUO [Plano de Urbanização da Zona Ribeirinha Oriental] era criar uma lógica integradora para toda a zona», considerou.Segundo a vereadora do PSD, com o actual documento existe antes um «somatório das partes» que, «só por milagre criará um todo coerente».

    A vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Manuela Júdice referiu que «o documento não tem relevância jurídica» mas classificou-o de «orientador» e «muito bem feito». Manuela Júdice levantou a questão da permanência das livrarias Ler Devagar e Eterno Retorno que ocupam actualmente a Fábrica de Braço de Prata com um projecto cultural «auto-sustentado». O vereador Manuel Salgado esclareceu que a manutenção daquele equipamento cultural foi acautelada nas compensações que o promotor da urbanização Jardins de Braço de Prata dará à autarquia e cujas alterações ao loteamento foram hoje aprovadas. Sobre este loteamento, o vereador do Bloco de Esquerda José Sá Fernandes considerou que se deu uma «reviravolta a favor da cidade» porque, referiu, apesar dos índices de construção que já tinham sido aprovados, houve compensações conseguidas através de negociações com os promotores durante este mandato. Sá Fernandes referiu a «libertação da Frente Ribeirinha para uso público com obra paga pelos promotores e uma área verde a montante e fora dos terrenos do loteamento, que constitui o corredor verde oriental, com cerca de 23 hectares, que vai desde o Rio Tejo ao Vale Fundão, a ser projectada e paga pelos promotores».

    O «desnivelamento da Avenida Marechal Gomes da Costa para retirar o trânsito da Frente Ribeirinha» foi outra das compensações mencionadas pelo vereador. Para a vereadora comunista Rita Magrinho, o que está em causa com o documento estratégico para zona ribeirinha oriental é «substituir o PZRUO por um instrumento atípico que não está previsto na legislação». «O estratégico deste documento é apenas o enunciar de um conjunto de oportunidades para quem tenha perspectivas naquela área», defendeu. O vereador comunista Ruben de Carvalho afirmou que o vereador do Urbanismo Manuel Salgado «pode não passar à História como o novo Marquês de Pombal, mas corre o risco de ser o novo Padre António Vieira». Ruben de Carvalho referiu-se ao documento estratégico como uma «fórmula arquitectónica-gramatical», sem validade jurídica, e acusou Manuel Salgado de «fazer os que os socialistas fazem, que é meter coisas em gavetas» e «meter na gaveta a revisão do PDM [Plano Director Municipal]».

    O presidente da Câmara, António Costa (PS), considerou que o documento estratégico e as alterações aos loteamentos vão permitir «retomar a dinâmica de revitalização da zona oriental que se iniciou há dez anos [com a Expo] e ficou parada». O Plano de Urbanização da área envolvente à Estação do Oriente foi aprovado com os votos contra do PCP e a abstenção do PSD e da lista Lisboa com Carmona. As alterações aos loteamentos referentes à antiga Tabaqueira e Fábrica de Braço de Prata foram aprovados com os votos contra do PCP e a abstenção do PSD.
    Lusa/SOL

    CÂMARA APROVA CEDÊNCIA DA CASA DOS BICOS PARA FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO

    Lisboa, 16 Jul (Lusa)

    A Câmara de Lisboa aprovou hoje em reunião do executivo municipal a cedência da Casa dos Bicos para a instalação da Fundação José Saramago, que acolherá a biblioteca do autor prémio Nobel da Literatura.

    A cedência foi aprovada com os votos contra do movimento Lisboa com Carmona e do PSD e dos votos favoráveis do PS, Cidadãos por Lisboa, PCP e BE.

    O protocolo entre a autarquia lisboeta e a fundação será assinado quinta-feira às 15:30, no salão nobre dos Paços do Concelho, com a presença de José Saramago.

    ACL.
    Lusa/Fim

    É uma excelente notícia para o centro histórico de Lisboa que vai receber mais um pólo de atracção de turistas, que vai passar a constar em todos os guias turísticos, e vai dar um uso conveniente às instalações da casa dos Bicos (não só das fachadas como acontece actualmente).

    terça-feira, julho 15, 2008

    PARQUE DE ESTACIONAMENTO NO LARGO CHAFARIZ DE DENTRO





    Desde o dia 29 de Junho, na sequência de uma obra da CML, que o Largo do Chafariz de Dentro se converteu num Parque de Estacionamento. Isto acontece numa zona que é supostamente pedonal e um dos principais cartazes de Alfama e onde em vez de esplanadas e pessoas há dezenas de carros todos os dias, sobretudo à noite e ao fim-de-semana.

    Até à realização da obra nos colectores apesar dos contentores o espaço estava vedado e o acesso para cargas e descargas era gerido pelo Museu do Fado, actualmente não existe qualquer obstáculo à entrada dos veículos, excepto a sinalização que ninguém respeita nem ninguém fiscaliza.

    Curiosamente a menos de 100 metros, nas traseiras do Museu do Fado junto ao rio, existem Parques de estacionamento que estão sempre vazios e no final da Rua Jardim do Tabaco existe uma esquadra da PSP pelo que o caos documentado pelas imagens não parece de difícil solução:
    1 - Bastaria que os agentes se deslocassem ao local para autuar os infractores;
    2 – Colocação de placas, assinalando o percurso para os Parques de estacionamento. Actualmente, só existem 1 pequena placa na Rua Jardim do Tabaco, que por ser mais pequena que as placas da EMEL nem sequer se vê de noite.

    sábado, julho 12, 2008

    CONHECER LISBOA EM DUAS RODAS

    Já é possível alugar uma scooter em Lisboa, a Scooter Mania abriu na Rua do Crucifixo na Baixa de Lisboa e tem scooters de diferentes cilindradas e descontos para grupos.



    sábado, junho 14, 2008

    GOCAR EM LISBOA

    Uma nova forma de conhecer o centro de Lisboa, Belém e a Expo chegou a Lisboa pela Gocar. Os pequenos veículos para dois passageiros estão equipados com um motor de 50 c.c. e GPS com duas colunas que revelam o percurso aos visitantes.


    O único defeito é não serem completamente ecológicos mas a diversão é garantida.

    Mais informações:

    Tel. (+351) 21 096 50 30
    Rua dos Douradoures, 16
    www.gocartours.com

    quarta-feira, junho 11, 2008

    LISBOA: REDE DE BICICLETAS DE USO PARTILHADO CRIADA NO VERÃO DO PRÓXIMO ANO

    Publicado em noticias.sapo.pt em 11 de Junho de 2008, 19:00

    Lisboa, 11 Jun (Lusa) - A Câmara de Lisboa aprovou hoje um estudo para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado, com cerca de 2500 bicicletas distribuídas por 250 postos na cidade. O sistema, semelhante ao que existe em cidades europeias como Paris ou Barcelona, deverá ser instalado em Junho do próximo ano, segundo a previsão do presidente da Câmara, António Costa (PS).

    Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal, o autarca referiu igualmente que em Setembro deverão estar concluídos os "termos de referência" para o lançamento do concurso público. "É uma medida importante para estimular o uso da bicicleta e a mobilidade sustentável", afirmou.
    O vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE), considera que a proposta representa um "salto de gigante" na política de mobilidade da cidade e gostaria que o sistema estivesse criado a tempo do dia do Ambiente do próximo ano, a 5 de Junho.

    A proposta foi aprovada com a abstenção da CDU e os votos favoráveis das restantes forças políticas. O vereador comunista Ruben de Carvalho defendeu que o estudo hoje aprovado não esclarece eventuais responsabilidades jurídicas em caso de acidente dos ciclistas. A CDU teme ainda outros "problemas de segurança" decorrentes de uma utilização massiva e não controlada daquele meio de transporte. "Dada a forma como está o espaço público andar de bicicleta vai ser uma aventura", argumentou.
    ACL. Lusa/Fim

    Em Barcelona o sistema é fundamentalmente utilizado por turistas, é bastante simples, funciona bem e existem diversas alterativas.
    Em Lisboa este tipo de oferta virá seguramente melhorar em muito a mobilidade e o conforto de quem nos visita porque nos principais eixos turísticos da cidade, de Belém à Expo, passando pela zona ribeirinha e pela Avenida da Liberdade os circuítos são bastante planos e convidativos.

    Entretanto, paralelamente à bicicleta, estão a emergir outras ofertas turísticas no centro de Lisboa, nomeadamente a GoCar (veículos turistícos), a Scooter Mania (Scooters) e a Red Tour (veículos eléctricos e Segways).







    sexta-feira, junho 06, 2008

    MARCHAS POPULARES: SANTOS DE ONTEM… E DE HOJE?

    Publicado em Visão.pt por Sara Rodrigues - 06 Jun 2008

    Junho é mês de festa em Lisboa. As marchas desfilam pela avenida, montam-se os arraiais, come-se sardinha assada e oferecem-se manjericos com quadras populares. Será que antes as comemorações eram mais genuínas?

    Começou o mês dos Santos Populares. Da sardinha no pão, do manjerico, do balão e do arco, das marchas na avenida, dos arraiais. Enfim, Lisboa vai sair à rua para festejar. Mas será que o faz da mesma maneira? A tradição mantém-se? Poderemos dizer que a tradição de comemorar se mantém, mas quase tudo o resto foi alterado. Se é para melhor ou pior não nos cabe a nós decidir. Basta olhar para estas fotos para perceber que é… diferente.


    Os grandes arraiais e bailaricos na Praça da Figueira (como se vê nas fotos) já não existem, agora estão espalhados pela cidade (este ano são 26 locais), as tais sardinhas assadas atingem preços astronómicos por esta altura (no ano passado custavam €2 cada) e a devoção ao Santo António já não é tão fervorosa.


    Mas não há dúvidas que é uma mega festa, a que este ano se vai juntar o Euro 2008 e, em Agosto, os Jogos Olímpicos. Sim, é verdade que estamos a falar do mês de Agosto, já que basta dar uma vista de olhos no programa das Festas de Lisboa para ver que começam em Maio e vão até Setembro.
    Mas também sabemos que atingem o seu auge no mês de Junho e o clímax na noite do dia 12, véspera de Santo António. É nessa noite que milhares de pessoas saem à rua e, verdadeiramente, entopem alguns dos bairros mais típicos da capital, como Alfama, Bairro Alto ou Castelo. E, é também nessa noite, que desfilam na Av. da Liberdade as Marchas, essa manifestação popular que assumiu cariz cultural e foi classificada em 19.º no ranking das 50 melhores festas europeias. Esta tradição que alia a música, à poesia, à representação e à dança começou em 1932 pela mão do cineasta Leitão de Barros e, apesar de algumas interrupções devido à II Guerra Mundial e ao período do pós-25 de Abril de 1974, tornou-se um ícone das festas.


    Durante muitos anos, além da avenida, desfilavam também no Pavilhão dos Desportos (mais tarde baptizado de Carlos Lopes), mas, mais recentemente, é no Pavilhão Atlântico que se discutem as pontuações e as melhores coreografias (este ano, 20 marchas estão a concurso com encenações dedicadas a Fernando Pessoa, pelo 120.º aniversário do seu nascimento, Padre António Vieira, pelo IV centenário do seu nascimento, aos 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil e ao Ano Europeu do Diálogo Intercultural).


    Mas não é só isto. Se ao longo dos anos têm sido incluídos no programa das Festas de Lisboa diversos apontamentos musicais como a Festa do Fado ou o fado nos eléctricos, este ano ainda acrescentaram momentos teatrais nos autocarros, jazz nos elevadores da cidade, uma corrida de atletismo nocturna e a 2.ª Edição do City Chase, uma espécie de peddy paper com corrida de obstáculos a que chamam a «maior aventura urbana da sua vida!». As festas desta cidade têm, sem dúvida, um novo élan.

    ASAE DE OLHO NOS SANTOS POPULARES

    Responsável fala em “eventuais inspecções” e garante que a autoridade alimentar está atenta
    Publicado no DN, por Filipe Santos Costa





















    A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) incluiu no seu plano de actividades as festas populares que animam o país nos meses de calor. “Os arraiais fazem parte do planeamento da ASAE”, confirmou ao Expresso o subinspector-geral Jorge Reis, responsável pela área técnica e laboratorial. “Estamos atentos às festas populares”, garantiu, depois de uma audição na Assembleia da República (AR), quarta-feira, perante o grupo de trabalho parlamentar sobre pequenos produtores e produtos tradicionais.
    Em resposta ao deputado Hélder Amaral, do CDS, este responsável da ASAE deu conta de “muitas reuniões com os organizadores dessas festas, onde são dadas noções básicas de higiene. Se seguirem esses requisitos, nada irá acontecer numa eventual inspecção da ASAE nessas festas populares”.



    Questionado pelo Expresso sobre a possibilidade de a ASAE ir para as festas de Santo António ou São João, Reis reafirmou a possibilidade de “eventuais inspecções”. “Isso tem a ver com com critérios de avaliação de risco que são definidos para a escolha dos alvos.” Que critérios? “São critérios internos.”
    Na audição com o grupo de trabalho que está a avaliar o impacto dos regulamentos comunitários e a forma como têm sido impostos pela ASAE aos pequenos produtores de alimentos tradicionais, ficou clara a contradição entre a autoridade de segurança alimentar e o Ministério da Agricultura. No mesmo dia, também na AR, Jaime Silva, que tutela o desenvolvimento regional, tinha assegurado aos deputados que nada na lei impede que um proprietário de turismo rural sirva aos seus hóspedes um arroz de cabidela feito com uma galinha criada e abatida na sua propriedade. Poucas horas depois, o subinspector geral da ASAE contrariava o ministro, repetindo o que o líder máximo daquele organismo, António Nunes, já tinha dito na AR: nesse caso, o abate dos animais tem de ser feito num matadouro. Caso contrário, só podem ser para consumo doméstico, sendo proibida a sua venda. Uma “opinião consubstanciada numa base legal”, reforçou o representante da ASAE, embora tenha moderado o discurso: “As opiniões que assumimos não são dogmáticas, podemos fazer alguma nova leitura.”
    Jaime Silva assumiu em relação à actuação da ASAE que “há excessos” e que “é preciso corrigi-los”. Admitiu que em alguns casos “pode haver má interpretação da lei” por parte dos agentes de António Nunes, e frisou que, nesses casos, a interpretação compete aos técnicos do Ministério da Agricultura,


    Mas não foi só a ASAE que contrariou o ministro. Se de manhã Jaime Silva tinha garantido que “nenhum produto tradicional está em causa neste país”, à tarde a Associação de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela alertou que os produtores do queijo da serra “estão constantemente a incorrer em infracção se tudo for aplicado”, o que pode pôr em causa a produção. A associação queixou-se ainda da falta de critérios uniformes dos inspectores, o que seria depois confirmado num comentário de outro dirigente da ASAE. Barreto Dias, responsável científico, considerou que não são necessárias as bancadas de aço inoxidável nas produções tradicionais, ao que Hélder Amaral contrapôs que existem “imensos autos por não haver a bancada de inox”.

    quarta-feira, junho 04, 2008

    LISBOA QUER RECEBER CERCA DE 300 MIL VISITANTES

    Publicado por presstur.com em 06.05.2008

    De 2 a 16 de Agosto

    O Turismo de Lisboa quer receber 300 mil visitantes na edição deste ano do Festival dos Oceanos, que decorre entre 2 e 16 de Agosto e realiza 17 espectáculos ao longo de 15 dias.

    “Este ano queremos ultrapassar os 200 mil visitantes, da edição de 2007, em cerca de 50%”, afirmou hoje o presidente-adjunto do Turismo de Lisboa, Mário Machado na assinatura do protocolo entre a Parque Expo e a ATL para a realização conjunta do Festival dos Oceanos.

    O evento, que vai apresentar diferentes espectáculos ao longo da zona ribeirinha de Lisboa, entre o Parque das Nações e a Zona de Belém, e também em bairros históricos da cidade, como Alfama, e que contou com um investimento de dois milhões de euros, participado em 250 mil euros pelo Turismo de Portugal, vai contar este ano com uma divulgação maior e reforçada.
    “Este ano tivemos mais tempo para promover o Festival, por isso conseguimos incluí-lo em todas as acções promocionais que fizemos no estrangeiro, nas brochuras dos operadores estrangeiros relativas a Agosto, nomeadamente no Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália e também contamos com a colaboração da TAP, com a qual temos um protocolo, para fazer divulgação das nossas iniciativas na revista de bordo”, revelou ao PressTur Mário Machado, presidente Adjunto da ATL, hoje, à margem da apresentação.

    Durante 15 dias, quem passar e morar em Lisboa vai poder assistir a mais de 17 espectáculos e iniciativas, das quais se destaca a “A Regata Internacional dos Oceanos”, que parte de Marselha a 19 de Julho, chegando a Lisboa a 12 de Agosto, após passar por cidades como Algeciras ou Rabat, a “Ocean Parade”, no dia 2 de Agosto, no Parque das Nações.

    A Parque Expo vai celebrar os 10 anos da Exposição Mundial de Lisboa – Expo ’98, com o espectáculo “L’Utopie”, na Doca dos Olivais, entre 15 e 16 de Agosto, num espectáculo cheio de música, cor e pirotecnia.
    Também em destaque no Festival dos Oceanos vai estar a conferência “2008 – Ano Internacional do Planeta Terra”, a decorrer no Oceanário.
    A música, o teatro, exposições, espectáculos de rua e de mergulho e lançamento de papagaios de papel vão ser algumas das iniciativas previstas na programação do Festival dos Oceanos.

    Museus abertos até à meia-noite

    Uma das novidades da programação deste ano, é a abertura de alguns museus e monumentos até à meia-noite, como o Museu Berardo, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Pavilhão do Conhecimento, o Museu da Carris e o novo Museu do Oriente.
    Em paralelo, a Parque Expo, para celebrar o 10º aniversário da Expo 98 vai ter patente ao público uma exposição de cartoons, publicados entre 1993 e 1998, sobre o que se esperava viesse a ser a Expo 98, e vai também organizar um debate subordinado ao “Urbanismo e Arquitectura”, relativo ao papel que a exposição teve no crescimento da cidade para Oriente.

    LISBOA: NOVOS REGULAMENTOS URBANÍSTICOS DISCUTIDOS NO PRÓXIMO MÊS - ANTÓNIO COSTA

    Publicado em rtp.pt por LUSA/Fim

    Lisboa, 15 Mai (Lusa) - O presidente da autarquia de Lisboa, António Costa anunciou hoje que no próximo mês serão apresentados à Câmara regulamentos urbanísticos, como os de edificação, cedências e compensações, cuja elaboração foi recomendada pela sindicância aos serviços de Urbanismo.

    "No próximo mês serão apresentados à Câmara o regulamento de edificação e urbanismo, o regulamento da TRIU [Taxa Municipal pela Realização de Infra-Estruturas Urbanísticas] e o regulamento de cedências e compensações", afirmou António Costa, durante um almoço promovido pelo American Club of Lisbon.

    Os regulamentos serão acompanhados de um Plano Director Municipal "anotado", um "instrumento de auto-vinculação da própria Câmara, para que todos saibam como a Câmara interpreta o PDM e para os seus funcionários fiquem obrigados a essa interpretação".

    Segundo o autarca, os regulamentos, cuja revisão ou elaboração foi recomendada pela sindicância aos serviços do Urbanismo, pedida pelo anterior presidente da Câmara, Carmona Rodrigues, bem como o PDM anotado, servem para que "as regras do Urbanismo, sejam claras para todos o conhecidas de todos".

    "A Câmara não fingiu que não havia o relatório da sindicância. Olhou e viu as medidas que era necessário tomar", disse, acrescentando que na sequência da sindicância foram instaurados sete processos disciplinares.

    António Costa revelou também que desde que o executivo tomou posse, a 1 de Agosto de 2007, "foram licenciados dois milhões de metros quadrados de área bruta de construção", na sua maioria para habitação.

    Segundo o autarca, só no eixo composto pela Avenida da Liberdade, Fontes Pereira de Mello e Avenida da República, foram licenciados cerca de 200 mil metros quadrados.

    Estes níveis de licenciamento significam que, segundo António Costa, a autarquia está a conseguir recuperar de "praticamente um ano sem licenciamentos", na sequência da crise na Câmara que levou a eleições intercalares.

    "Não obstante um ano de paralisação, não obstante o trauma que a sindicância causou aos serviços de Urbanismo, neste momento já licenciámos mais do que foi licenciado em 2006", sustentou.

    Na área social, o autarca anunciou o estabelecimento de uma parceira com o Centro de Refugiados, para a instalação em Lisboa de uma casa para crianças refugiadas.

    Questionado pelos jornalistas, o autarca preferiu não divulgar o local escolhido, por ainda não ter sido comunicado ao Centro de Refugiados, adiantando que terá capacidade para mais de vinte crianças.

    A criação de um Museu da Comunidade Judaica, em Alfama, e de um Centro de Arte Contemporânea Africana, foram outros projectos de parceira referidos por António Costa.