sábado, dezembro 29, 2007

CONHEÇA LISBOA E COMECE POR ALFAMA

Por Hernâni Gomes publicado em soberaniadopovo.pt 20.12.2007

Lisboa tem recantos magníficos, que a maioria dos lisboetas não conhece e a generalidade dos portugueses muito menos. Vamos ao estrangeiro e farejamos tudo. Em casa, com as preocupações do dia a dia, não há predisposição para admirar e valorizar o bom que temos.

Há 40 anos a viver em Lisboa, só agora, com a reforma, me predispus a conhecer em detalhe os argumentos turísticos da capital, e de que antes só via os turistas desfrutar.
Mas hoje, nesta tarde de Outono (quase estival) decidi fazer um roteiro turístico a Alfama e cumpri-lo. Aqui o relato. Venha comigo:

MARTIN MONIZ: No Martim Moniz - zona da Mouraria pejada de caras africanas e chinesas e onde os ciganos se abastecem - tomamos o eléctrico 28E, que vai do Martim Moniz a Campo de Ourique (cemitério dos Prazeres). Vai cheio de turistas - muitos italianos/romanos nas sobras do Sporting/Roma – e, naquele rodar pachorrento sobre os carris, subimos ao tradicional Bairro da Graça. Desce-se uma rua íngreme, passando junto ao edifício da Voz do Operário. Do lado de cima, fica o Largo de Santa Clara, onde é feita a popular Feira da Ladra. Acaba-se a rua larga e entramos nas ruelas estreitinhas de Alfama. O eléctrico quase roça as paredes das casas velhas - muitas reavivadas pelo Polis - deste milenar Bairro de Alfama. Apeie-se e passeie.

ALFAMA: Em Alfama, nos Santos Populares - Santo António, em especial - as ruelas íngremes ficam pejadas de gente embebida no cheiro a sardinha assada que brota das suas tascas e restaurantes, misturado com os pregões e o cheirinho a manjerico. Agora, tudo é calmo e a geografia humana lembra a acalmia bairrista de aldeia. Deambulando - subimos as ruelas até à cantada igreja de Santo Estêvão e passando a Rua de São Tomé - alcançamos o miradouro e o Largo das Portas do Sol, nas bordas do Castelo de S. Jorge, entre a Sé e Alfama. Misture-se com os turistas e encha os olhos no esplendoroso estuário do Tejo com o movimento dos barcos e, lá ao longe, toda a outra banda - de Alcochete a Cacilhas.

PORTAS DO SOL: No Largo das Portas do Sol e seu miradouro, passeiam-se e descansam todos os turistas que visitam a trilogia Sé, Castelo E Alfama. Aqui fica, e merece visita, o Museu de Artes Decorativas Ricardo Espírito Santo que, para além do museu, faz de mecenas, apoiando as lojas/oficina ali existentes, de artesãos de diversas artes e ofícios – marceneiros, latoeiros, restauradores. Há aqui muitas esplanadas, restaurantes e bares, mas não deixe de entrar no bar/pub Cerca da Moura.
Do miradouro, olhando ao longe, sobre esquerda, vê a Igreja de S. Vicente de Fora - depois, o Panteão Nacional e as igrejas de Santo Estêvão e S. Miguel . Em frente, o rio e a outra banda. Logo ali e à direita, outro miradouro e a Igreja de Santa Luzia. Um pouco mais abaixo, a milenar Sé de Lisboa. Se subir as ruelas da encosta e passando a igreja de S. Tiago, chegará lá ao cimo, ao Castelo de S. Jorge.

CASTELO: No Castelo, percorra toda parte murada e suba as muralhas. Rodeie, aprecie a vista fabulosa. Lá em baixo os típicos telhados de Lisboa antiga, toda a Baixa até ao Terreiro do Paço. E o Tejo com o seu estuário - largo e belo. O movimento das faluas - os cruzeiros, os cacilheiros. Ao longe e ao fundo, a outra banda: Cacilhas, Lisnave, Almada. Lá mais longe, à direita, em direcção ao mar: a Trafaria, Torre de Belém, o Bugio.
E com olhos tão cheios de paisagem, por aqui ficámos sorvendo a alma de Lisboa, lembrando a sua história – dos mouros, da conquista por D. Afonso Henriques, do terramoto 1755 e do Marquês de Pombal, do Regicídio e da República, da Revolução de Abril, da Expo 98 e a moderna zona do novo Parque das Nações.

TURISMO: E o turismo em Lisboa está a crescer a olhos vistos : Em 2007, já há mais 8% de turistas e mesmo agora, em Novembro, há turistas por todo o lado, mormente europeus. Mas também tantos imigrantes, tantos africanos, tantas lojas chinesas, tantos pedintes e sem-abrigo, tanto do bom e do mau. Lisboa tem quase de tudo que uma metrópole tem. E no Largo da Graça tem um restaurante muito bom - o Pitéu - onde vos convido a vir jantar. Depois vou ver o Fados, do Carlos Saura.

METROPOLITANO RASGA NOVOS HORIZONTES LISBOA

Publicado no Expresso por Paulo Paixão, 20.12.2007

O metropolitano no Terreiro do Paço foi uma obra de Santa Engrácia. Após muitas polémicas, chegou finalmente ao fim. Pelas duas novas estações circularão 20 milhões de pessoas/ano. A rede de transportes da área metropolitana é beneficiada e a área nobre da capital ganha assim um incentivo para a sua revitalização.



Comentário:
Se à inauguração das novas estações do metropolitano somarmos os novos bilhetes que permitem combinar o transbordo entre o Metro (Urbano/rede) e a Carris no período de 60 a 90 minutos sem pagar mais por isso a qualidade de vida dos moradores de Lisboa e dos visitantes aumenta substancialmente, nomeadamente para aqueles que tinham de caminhar diariamente entre a estação de Santa Apolónia e a Baixa-Chiado e para os turistas que arrastavam as malas pela Rua Jardim do Tabaco e pela Av. Infante D.Henrique.

Não só os utentes dos transportes públicos são beneficiados com a colaboração entre a CP a Transtejo, o Metropolitano e a Carris numa lógica de complementaridade que não existia antes em Lisboa. Alfama passa a contar com uma oferta de transportes incomparavelmente superior e de maior qualidade à que tinha antes apenas com a Carris, com uma maior capacidade para atrair os visitantes ao centro histórico de Lisboa.

Esperemos que os partidos políticos e as Juntas de Freguesia que se tem empenhado em aparecer a criticar as alterações que o projecto provocou se empenhem com a mesma força em colaborar com as outras juntas de freguesia na defesa dos verdadeiros interesses da zona histórica nomeadamente pela redução da sinistralidade rodoviária na Av. Infante D. Henrique e na Rua Jardim do Tabaco provocada pelo excesso de carros e pela falta de sinalização dos parques de estacionamento que ninguêm usa enquanto os passeios são ocupados por viaturas sobretudo à noite e aos fins-de-semana.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

CML PREVÊ INVESTIR 94,9 M€ REABILITAÇÃO BAIRROS HISTÓRICOS

Publicado por Diário Digital/ Lusa, 12.12.2007

A Câmara Municipal de Lisboa prevê gastar quase 95 milhões de euros em reabilitação urbana em várias zonas e bairros da capital até 2011, dos quais 19,6 milhões de euros só em 2008.

De acordo com o plano plurianual de investimentos da autarquia apresentado terça-feira pelo presidente da autarquia, António Costa, os bairros de Alfama e do Castelo vão ser os mais beneficiados, com um montante global de 26,5 milhões de euros, dos quais 5,3 milhões de euros a aplicar já no próximo ano.

O Bairro Alto e a Bica vão receber 15,9 milhões de euros nos próximos quatro anos, sendo que 3,6 milhões de euros serão investidos em 2008.

A zona da Baixa/Chiado foi contemplada com uma verba de 9,4 milhões de euros (1,4 milhões em 2008); a Mouraria com 8,7 milhões de euros (1,2 milhões em 2008); o Parque Mayer com 7,2 milhões de euros (650 mil euros em 2008); e a Madragoa com 5 milhões de euros (1,5 milhões em 2008).

O montante remanescente das verbas, que ainda assim totaliza 21,8 milhões de euros, vai ser aplicado em intervenções em diversos locais, dos quais 5,7 milhões de euros no próximo ano.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

SUPERMERCADO NA ESTAÇÃO DE SANTA APOLÓNIA


As obras para a inauguração da estação do Metro de Santa Apolónia estão a avançar rapidamente no interior do edíficio da estação.

No futuro para além de um hotel de charme diz-se que a estação vai receber também um supermercado Pingo Doce no local onde hoje está a empresa Interent junto à entrada da Avenida Infante D. Henrique.

sexta-feira, novembro 23, 2007

LISBOA: POLÍCIA MUNICIPAL PATRULHA BAIXA-CHIADO COM "SEGWAYS" E VEÍCULOS ELÉCTRICOS

Por ACL Lusa/Fim

A Polícia Municipal de Lisboa tem a partir de hoje quatro "segways" e três automóveis eléctricos para patrulhar a zona da Baixa e do Chiado, veículos cuja utilização a Câmara pondera alargar a outras áreas da cidade.
Os veículos, "amigos do ambiente", movidos a energia eléctrica, foram hoje oferecidos à Polícia Municipal pela Agência da Baixa-Chiado.

O presidente da Câmara, António Costa (PS), sublinhou que os veículos são "um contributo para reforçar a segurança do comércio na Baixa e no Chiado", depois da pintura de passadeiras e limpeza daquela zona.

Esta também é uma forma de a Polícia Municipal testar a utilização destes veículos, que poderão depois ser usados noutras áreas comerciais da capital. Segundo António Costa, as zonas da "Avenida de Roma, Guerra Junqueiro e Campo de Ourique" são algumas onde a utilização daqueles equipamentos faz sentido.

O comandante da Polícia Municipal, André Gomes, referiu que os veículos "dão uma mobilidade muito maior aos agentes" além de, no caso dos "segways", lhes permitirem "observar melhor à distância os delinquentes".
"O baixo torna-se alto", disse.

Os veículos custaram cerca de 75 mil euros, segundo disse aos jornalistas António Amaral, da Agência da Baixa-Chiado. Os veículos têm uma autonomia de cerca de 30 quilómetros, podendo ser carregados com facilidade, através de uma "ficha eléctrica igual à de qualquer computador", acrescentou. Os "segways" atinguem os 20 quilómetros/hora e os veículos os 40 quilómetros/hora.

segunda-feira, novembro 12, 2007

CÂMARAS VÃO GANHAR TERRENOS AOS PORTOS

Publicado pelo Diário Económico

Os terrenos sob a alçada das administrações portuárias dos cinco principais portos nacionais – Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines – e do IPTM – Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos que não estiverem directamente afectos à actividade portuária ou que não sejam necessários para eventuais ampliações dos terminais de cada um destes portos vão passar a ser geridos pelas respectivas câmaras municipais. Em declarações ao Diário Económico, Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, adiantou que “está quase concluído o processo legislativo nesse sentido”, esperando que a lei ou decreto-lei (ainda existem as duas vias em aberto) deva estar publicado em vigor até ao final do primeiro trimestre de 2008.

domingo, novembro 11, 2007

MEGA CONFUSÃO NA PRAÇA DO COMÉRCIO

Foi-se a árvore de natal mais idiota da europa chegou o mega assador de castanhas. Em comum o mega caos com o trânsito no centro histórico de Lisboa. Gasta-se o dinheiro público em mega eventos mas continua a não haver dinheiro para a pintura das passadeiras, para proteger os passeios com pilaretes e para sinalizar os percursos para os parques de estacionamento no centro de Lisboa... que continuam vazios.

O centro de Lisboa que até à pouco tempo era de facto um local onde os moradores podiam passear ao fim-de-semana converteu-se num sitío caótico. Na ausência de medidas coerentes para limitar o trânsito no centro histórico de Lisboa distribui-se comida e vinho e a plebe agradece no meio de desacatos e insultos para tentar encher sacos com castanhas é absolutamente surreal, terceiro mundista e inútil.

Entretanto, a alguns metros na Rua dos Bacalhoeiros os restaurantes que estão abertos continuam às moscas porque não é com este tipo de iniciativas pontuais e eventos de massas que se conseguem resolver os problemas da zona histórica. Da mesma forma que não é sensato meter um elefante numa loja de porcelana.

Vale a pena ler o artigo de Inês Boaventura no Publico

"Castanhas grátis levaram centenas de pessoas ao Terreiro do Paço

As queixas de falta de organização e de civismo foram mais do que muitas e levaram muita gente a abandonar o local sem provar uma única castanha

O maior assador de castanhas do mundo atraiu ontem à tarde centenas de pessoas ao Terreiro do Paço, em Lisboa, mas só os mais afoitos conseguiram furar por entre a multidão impaciente que cercava o utensílio, não hesitando para tal em distribuir empurrões, cotoveladas e outras demonstrações de falta de civismo.

A iniciativa foi da Câmara de Lisboa, que decidiu assinalar o Dia de S. Martinho com a distribuição grátis de castanhas, cozinhadas no local num assador certificado pelo Guiness World Records como o maior do mundo. O assador com 600 quilos e as duas toneladas de castanhas vieram do concelho transmontano de Vinhais, que gera um terço da produção de todo o país.Pouco antes das 15h eram mais de 400 as pessoas reunidas em torno do assador, que a organização rodeou de grades metálicas enquanto mais uma fornada de castanhas era despejada no utensílio e cozinhada sobre uma fogueira crepitante por três homens munidos de uma espécie de pás de grandes dimensões.

Mal as barreiras foram afastadas, uma multidão impaciente confluiu para o assador, na expectativa de provar meia dúzia de castanhas ou de encher um saco de plástico trazido no bolso, nem que para isso fosse preciso derrubar alguém pelo caminho. "Que ganância, que vergonha. Isto está muito mal organizado", queixava-se uma mãe que levava a sua filha de tenra idade pelo braço, depois de uma tentativa frustrada de chegar perto do assador. "Há pessoas que levam sacos cheios. Uns levam um monte e eu não levo nada", lamentava ao seu lado um rapaz com ar desconsolado, que saiu do Terreiro do Paço sem provar uma única castanha.

As queixas de falta de organização e de civismo foram mais do que nunca, mas em relação à qualidade das castanhas não se ouviu uma única crítica. Muitos registaram com telemóveis e máquinas fotográficas a passagem do maior assador de castanhas do mundo por Lisboa, enquanto ao seu lado dezenas de pombos se banqueteavam com os restos de castanhas e as cascas atirados despudoradamente para o chão, apesar dos caixotes do lixo a poucos metros de distância. "

sábado, novembro 10, 2007

ONZE OBRAS CONTINUARÃO PARADAS EM LISBOA

Publicado no Expresso por Raquel Moleiro

Das 18 empreitadas abandonadas por falta de pagamento da Câmara Municipal, António Costa só conseguiu reactivar sete. As restantes exigem novo concurso.

Alfama e Mouraria são as zonas mais afectadas

Nas vésperas da eleição para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa garantiu que, caso fosse eleito, esticaria ao limite as finanças da autarquia de forma a arranjar 6,8 milhões de euros para desbloquear 18 empreitadas que se encontravam suspensas por falta de pagamento. Cem dias passados só arrancaram três obras e outras quatro avançam nos próximos dias. Onze continuarão paradas por falência do empreiteiro ou rescisão dos contratos, o que exige a abertura de novos concursos públicos.

Até ao momento foi recomeçada a reabilitação do Jardim de S. Pedro de Alcântara que estará pronto em Fevereiro de 2008, a construção de uma residência para idosos em Campolide e a requalificação dos postos de limpeza na Rua Filipe da Mata (Rego).
Segunda-feira a Edifer retoma uma das maiores e mais antigas obras de Alfama, na Rua de S. Pedro, que desde há cinco anos vive na penumbra e inactividade - as peixeiras mudaram-se - devido aos tapumes. Nas imediações, o edifício municipal do Beco do Azinhal entrará em acabamentos nos próximos dias. Mais acima, no Castelo, a câmara já regularizou os pagamentos à construtora Soares da Costa e os trabalhadores regressam em breve à Rua do Recolhimento. A empreitada da Rua de São Bento, junto à Assembleia da República, tem o reinício marcado para 15 de Novembro.

Uma dívida da Câmara Municipal de Lisboa de 1,5 milhões de euros levou à falência da construtora Pavia e à consequente impossibilidade de reiniciar cinco empreitadas: a reconstrução da Rua Damasceno Monteiro (Anjos) e da Alameda da Linha de Torres (Lumiar), o prolongamento da Rua Gonçalo Mendes da Maia (Pedrouços), a conservação e reconstrução de arruamentos e passeios na cidade e trabalhos diversos de recarga de pavimentos. No lote dos irrecuperáveis estão também os trabalhos na Rua de Macau (Anjos).

Em Alfama há igualmente três empreitadas, todas incluídas no Projecto Integrado do Chafariz de Dentro, que não serão retomadas nos próximos tempos: a reabilitação no Beco do Espírito Santo, na Rua de São Miguel/Beco das Barrelas e na Rua Norberto Araújo. Este último, orçado em 5,6 milhões de euros tem um efeito visual especialmente marcante, afectando a vista do miradouro de Santa Luzia: em vez de rio e casario vêem-se chapas de zinco. Por fim, na Mouraria, a obra de conservação de vários edifícios continuará parada.

quinta-feira, novembro 08, 2007

O RISCO SÍSMICO NA CIDADE

Realiza-se no próximo dia 24 de Novembro de 2007, pelas 15h mais uma acção de sensibilização aberta a toda a população. Desta vez o tema é 'o risco sísmico na cidade'. O evento realiza-se na Rua dos Bacalhoeiros nº 22 C e é organizada pelo grupo de Protecção Civil da Freguesia da Sé. A presença de todos é importante, conto com a sua presença
Informação da Junta de Freguesia da Sé

terça-feira, novembro 06, 2007

HOTEL DOS LÓIOS

A GNR vai abandonar 108 postos que compõem o seu efectivo territorial. Várias localidades vão deixar de ser policiadas pela GNR e os respectivos postos vão fechar portas, enquanto que outras localidades vão ser entregues à PSP. No dia 14 de Dezembro a GNR e a PSP trocarão os últimos departamentos policiais, passando a caber à PSP a responsabilidade de policiamento nas freguesias ou concelhos com mais de 15 mil habitantes.

Esta não é só uma boa notícia porque a restruturação vai colocar cerca de 13.500 novos militares a patrulhar as ruas como pode significar que no futuro próximo a Companhia dos Lóios no Castelo de São Jorge e a Brigada Fiscal na Rua Jardim do Tabaco devolvam à cidade de Lisboa os espaços que ocupavam na zona histórica para serem transformados em equipamentos recreativas, culturais e desportivos.

- No Castelo de São Jorge fala-se na criação de um novo Hotel no espaço do actual quartel da GNR do Largo dos Lóios que o Castelo bem necessita.

- Na Rua Jardim do Tabaco a simples saída da GNR poderá vir a significar que se possa voltar a circular pelos passeios.

segunda-feira, novembro 05, 2007

CASTELO DE S. JORGE REVELA AEQUEOLOGIA

Publicado no DN por Luísa Botinas

No ano em que se comemoram os 860 anos da tomada de Lisboa, a autarquia da capital vai abrir ao público, a 25 de Outubro próximo, a área arqueológica do Castelo de São Jorge. Para tanto, a EGEAC, empresa municipal que gere os equipamentos culturais da cidade, conseguiu do Governo a comparticipação em 62% do projecto de valorização daquele conjunto patrimonial.
O montante global da candidatura apresentada pela EGEAC ao Programa Operacional da Cultura é de cerca de um milhão de euros, devendo a comparticipação chegar aos 623 mil euros. O projecto deverá permitir aos visitantes do castelo ver as escavações arqueológicas que revelam traços da ocupação islâmica e da Idade do Ferro.
A intervenção resulta de um protocolo entre a EGEAC, o Instituto Português do Património Arquitectónico e o Instituto Português de Arqueologia e consiste na colocação de estruturas de protecção dos vestígios arqueológicos e de encaminhamento dos visitantes (cobertutra dos vestígios e passadeiras de gradeado metálico, sobrelevadas em relação às estruturas arqueológicas).
A Praça Nova do Castelo de São Jorge, onde as escavações se iniciaram em 1996, terá um conjunto de estruturas à vista do público, incluindo um núcleo urbano do período islâmico, vestígios do Palácio dos Condes de Santiago e restos de habitações da Idade do Ferro. Na sala da cisterna e das colunas será instalado um núcleo museológico, com o espólio descoberto durante as escavações na Praça Nova. A sua abertura está prevista para 2008.
A estação arqueológica do castelo revela um antigo bairro islâmico sobre o qual foi construído o Palácio dos Bispos, que ali funcionou até ao terramoto de 1755.
Monumento nacional
Declarado monumento nacional em 1910, o Castelo de São Jorge ergue-se na mais alta colina de Lisboa, datando do século II a. C. a primeira fortificação conhecida.
As campanhas arqueológicas mais recentes permitiram registar testemunhos de ocupação desde pelo menos o século VI a.C. Fenícios, gregos, cartaginenses, romanos e muçulmanos por aqui passaram, sendo estes últimos os responsáveis pela definição dos limites da alcáçova, cujo perímetro corresponde, sensivelmente, aos limites da actual freguesia do Castelo.
A partir do século XIII, o castelo albergou o Paço Real, tornando-se Lisboa a capital do reino. No século XVI, deu-se a estreia da primeira peça de teatro português Monólogo do Vaqueiro, de Gil Vicente, comemorativa do nascimento de D. João III, sucessor de D. Manuel. Do mesmo modo, foi o castelo palco da recepção a Vasco da Gama, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

sábado, novembro 03, 2007

SÓ AOS DOMINGOS É QUE SE PODE PASSAR NO TERREIRO DO PAÇO

Lisboa: dois mortos e um ferido grave em atropelamento no Terreiro do Paço
Publicado por Lusa/ Publico.pt

Duas mulheres morreram e uma ficou ferida com gravidade ao serem atropeladas por um automóvel, ao início da manhã, no Terreiro do Paço. O acidente obrigou ao corte do trânsito na zona durante duas horas e a condutora do ligeiro foi submetida a testes de despistagem de álcool e drogas.

Aconteceu por acaso?
- O número de carros em Portugal aumentou 135% nos últimos 15 anos;

- Dos 240 000 automóveis que circula em Lisboa 32% estaciona ilegalmente. Estes 240 000 automóveis equivalem a 2 faixas da auto estrada Lx-Porto completamente cheias. (Dados da Carris);

- Diariamente são atropeladas quatro pessoas em Lisboa;

- A pouca distância na mesma Avenida Infante D. Henrique o cruzamento com o Largo do Museu de Artilharia foi recentemente incluido pela CML no Programa de Acção de Identificação e Divulgação dos Pontos Negros na Cidade de Lisboa. O local é considerado como um dos 20 pontos negros da cidade de Lisboa, sendo que a definição de Ponto negro consiste num lanço de estrada com o máximo de 200 metros de extensão, no qual se registou, pelo menos, 5 acidentes com vítimas, no ano em análise, e cuja soma de indicadores de gravidade é superior a 20;

Que medidas é que têm sido tomadas na zona histórica para além de se encerrar o Terreiro do Paço aos Domingos? Nem sequer os parques de estacionamento estão assinalados.

domingo, outubro 28, 2007

POIS, CAFÉ


pois, café
Rua de São João da Praça, 95
Tel. (+351) 21 886 24 97
e-mail: pois@gmx.net

Simpático espaço localizado perto da Sé mobilado com diversas peças antigas onde se pode beber um café lendo um jornal ou uma revista sentado num confortável sofá.

quarta-feira, outubro 24, 2007

CONDICIONAMENTO AO TRÂNSITO NOS BAIRROS HISTÓRICOS CONTINUA A GERAR POLÉMICA

Publicado por Lusa / AO online

O condicionamento do trânsito nos bairros históricos de Lisboa, medida tomada em 2002, continua a gerar contestação por parte de moradores e comerciantes, mas a EMEL pretende manter a iniciativa.











Em Dezembro de 2002, o Bairro Alto torna-se a primeira zona histórica, de Lisboa, a ver algumas das suas ruas com trânsito condicionado, seguindo-se os bairros de Alfama (Agosto 2003), as zonas da Bica e de Santa Catarina (Maio de 2004), e a freguesia do Castelo (Setembro de 2006). Cinco anos depois, Maria Figueira, presidente da Junta de Freguesia da Encarnação, no Bairro Alto, considera que a medida de condicionamento “podia ser mais positiva”, e que é “muito urgente fazer uma avaliação da mesma, junto dos moradores e comerciantes”.
Aponta “dificuldades de comunicação com a EMEL” nos pontos de entrada na freguesia, e exemplifica que se um morador pretender descarregar compras em sua casa, já depois das horas de autorização, o controlador da EMEL não o deixa entrar na área condicionada. Quanto aos lugares de estacionamento, disponíveis para os moradores na Encarnação, cita que “não são suficientes”, e adianta que só existem na freguesia lugares para um terço dos moradores. A solução passa, defendem, por uma melhor comunicação entre os moradores e comerciantes do bairro e a EMEL.
Dulce Galhardo, 29 anos, é moradora e comerciante na zona da Bica (Bairro Alto), e lamenta “condicionar a sua vida aos horários da EMEL”, referindo ainda que a “atribuição de lugares nalguns parques exteriores é feita por sorteio”.
“Quando fecharam não nos perguntaram nada”, frisa Paulo Ribeiro, comerciante de 43 anos na Rua da Atalaia, também no Bairro Alto.
Já para António Mestre, 50 anos, igualmente comerciante do bairro, o local “está melhor do que antes”, e “o único inconveniente é os carros de apoio ao comércio não poderem entrar depois da hora limite”. Vítor Manuel, 53 anos, é lacónico: “É da pior ordinarice que houve”. Para este morador e dono de um café, “o comércio está a morrer” no bairro, apontando o dedo à EMEL.
Em Alfama a polémica também existe. No entender da presidente Junta de Freguesia de Santo Estêvão, Lurdes Pinheiro, o “trânsito continua desregulado” e a EMEL “diz que não é da sua responsabilidade”. Lurdes Pinheiro explica que tentou marcar uma reunião entre todos os interessados e a empresa municipal, mas esta tem vindo a adiar a reunião. Para piorar, salienta que a Carris se prepara para suprimir três carreiras que passam por Alfama.


Para Francisco Maia, presidente da Junta de Freguesia de S. Miguel, “só houve pequenas melhorias em termos de fluidez na circulação, mas que “em caso de incêndio, são mais fáceis e práticas as operações dos bombeiros. Há também quem lance a acusação de que “as regras não são as mesmas para todos”, como afirma Alberto Rodrigues, tesoureiro da Associação de Comerciantes de Alfama. “Há benesses” para algumas “empresas com um certo estatuto e com contactos privilegiados com as cúpulas, como por exemplo a “Continente e a Pão de Açúcar”, diz ainda. Anabela Santos, 58 anos, cabeleireira à 40 no bairro, é incisiva: “A EMEL está a matar Alfama”. Uma palavra de ordem espalhada por cartazes, ao longo da Rua dos Remédios. Outro problema que destaca é o de “muitos carros se estragarem nos pilaretes retrácteis”. Os mais idosos também se queixam, como é o caso de António Augusto, morador de 89 anos, indicando que “há ruas completamente fechadas”, o que “complica a vida aos mais idosos”.




A freguesia do Castelo foi a última a ver as suas ruas condicionadas, e para o presidente da junta, Carlos Lima, “o balanço foi favorável”. Em declarações à Lusa, o autarca declara que “houve concordância e acautelamento para que os comerciantes ficassem satisfeitos”, ao mesmo tempo que se criou “estacionamento para os moradores", o que veio “satisfazer” as suas necessidades. Mas avisa que os “parques de estacionamento mais próximos pagam-se e são caros”.
Quanto ao problema da segurança, aponta que a sua falta, no Castelo, “faz com que as pessoas não queiram deixar os carros longe”. Recém-chegado à freguesia, Pedro Pires, produtor de teatro, não vê com bom olhos a existência de parques pagos, e acha que a medida de condicionar o trânsito deve ser tomada apenas quando há “infra-estruturas para acolher os carros” no exterior. Este morador de 32 anos alerta para os veículos de pessoas que não são do bairro mas que lá ficam “noites inteiras”.


Para Marina Ferreira, presidente da EMEL, o sistema existente “dá qualidade de vida aos moradores” dos bairros, por isso diz que pretende mantê-lo. Na sua opinião deve haver uma “comunicação e articulação” com as juntas de freguesia, visto serem o “balcão de atendimento” que a EMEL usa para solucionar os problemas. Apesar da polémica que a empresa de estacionamento suscita junto de alguns moradores e comerciantes, a presidente da empresa municipal declara que “há grande apreço pela EMEL” nestes bairros. “O condicionamento melhorou a mobilidade” dentro dos bairros, destacando depois não ser “possível satisfazer toda a gente”. Confirma existir um “défice de lugares” de estacionamento e que Lisboa precisa de mais parques que sirvam as zonas históricas, sendo uma das soluções a “criação de parques subterrâneos”.
A Agência Lusa tentou ainda clarificar a situação junto do executivo lisboeta, mas a única declaração que obteve, de fonte da autarquia, foi que “a decisão foi tomada noutro mandato”, sem mais comentários.

SOCIEDADE PARA FRENTE DO RIO NÃO TERÁ PODERES DECISÓRIOS

Publicado pelo Jornal de Notícias

A sociedade que irá promover a reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa - que incluirá a Câmara e o Governo - não deverá ter poderes de licenciamento, afirmaram à Lusa vereadores da Oposição na Autarquia lisboeta. A informação foi anteontem transmitida aos vereadores por António Costa, presidente da CML, durante uma reunião extraordinária dedicada à frente ribeirinha.

"Há o princípio, com o qual o presidente concorda, de que a empresa ou sociedade não tenha poderes de licenciamento, e nisto tem o apoio da vereação, o que lhe dá força para negociar com o Governo", disse a vereadora do movimento "Cidadãos por Lisboa" Helena Roseta, que já tinha manifestado a sua oposição à constituição de uma sociedade com as características da Parque Expo, que promoveu a Expo 98 e que tinha poderes de licenciamento. A vereadora, que tinha solicitado a reunião com o apoio dos restantes vereadores da Oposição, considerou que a sessão foi "extremamente útil", voltando a insistir na importância da discussão pública de qualquer projecto para a frente do Tejo. António Costa e o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), informaram igualmente os vereadores sobre o trabalho de delimitação das áreas sob jurisdição da Administração do Porto de Lisboa que não dizem respeito a actividades estritamente portuárias e que deverão passar para a soberania plena da Autarquia.

"Tem de haver uma clara separação das águas e agora há condições políticas para tal", disse por sua vez Carmona Rodrigues, anterior presidente do Executivo", acrescentando que o facto de o PS estar no Governo e na Câmara "ajuda muito". O ex-presidente da CML manifestou-se, contudo, "preocupado" em relação a alguns projectos da APL, dos quais tomou conhecimento na reunião, designadamente o "aterro da Doca do Espanhol, a construção de uma plataforma no cais de Alcântara, em frente a Santos, e o aumento da capacidade dos contentores". Já o vereador do PCP Rúben de Carvalho considerou "um passo muito importante" que as áreas da APL sem natureza portuária passem para a tutela da CML.

A Associação do Património e da População de Alfama (APPA) manifestou ontem o seu regozijo pelo anunciado abandono do projecto de terminal de cruzeiros em Santa Apolónia. "Tratava-se de um mau projecto, sem qualquer discussão pública, e que teria graves impactos em Alfama ao nível do acesso ao rio, de sistema de vistas, fluxos de tráfego e equipamentos sociais", sublinham os responsáveis, em comunicado. A associação volta a ainda a questionar "a oportunidade deste investimento". "Se se pretende reforçar a capacidade e o poder de atracção turística da cidade de Lisboa, não seria mais urgente investir no processo de reabilitação urbana dos bairros históricos", questiona a APPA que apela ao Governo, APL e à Câmara para que levem em conta os interesses e a vontade dos moradores em novos projectos que venham a apresentar para a zona ribeirinha.

 

PORTO DE LISBOA PROCESSA MIGUEL SOUSA TAVARES

Publicado no DN 05.10.2007 por Filipe Morais

 

A Administração do Porto de Lisboa (APL) anunciou ontem que deu entrada a uma queixa-crime contra o jornalista Miguel Sousa Tavares por "difamação". Em causa estão declarações de Sousa Tavares sobre o projecto da APL para o terminal de cruzeiros de Lisboa, que previa um edifício de 600 metros de comprimento junto ao rio. O jornalista classificou a Administração como sendo "um bando de malfeitores".

Ontem, a APL emitiu uma nota em que visa esclarecer a polémica em torno do projecto para o terminal de cruzeiros, em que tem sido acusada de não ouvir a Câmara de Lisboa. Assim, a APL sublinha que manteve várias reuniões de trabalho sobre o terminal de cruzeiros, que recebe cerca de 200 mil passageiros por ano sendo o porto europeu com maior movimento, com "a equipa liderada por Maria José Nogueira Pinto, na vigência da anterior vereação". Além destas reuniões, a APL acrescenta que foram mantidas outras reuniões de trabalho com a Parque Expo.

Quanto ao edifício do terminal de cruzeiros, a APL explica que o projecto que foi divulgado era "meramente, um estudo do que poderia vir a ser o terminal, o qual não foi objecto de qualquer aprovação". O Porto de Lisboa vai mais longe e "nega que exista um projecto de engenharia e/ou de arquitectura para o terminal de cruzeiros de Santa Apolónia". Apesar de já estarem em curso obras naquele local, é ainda referido que "está em curso, exclusivamente, a execução da obra marítima de consolidação da muralha".

O projecto foi contestado pela Câmara Municipal de Lisboa, tendo levado mesmo a que fosse votada uma inédita moção conjunta do vereador José Sá Fernandes (BE) e do movimento Lisboa com Carmona, do ex-presidente da autarquia, Carmona Rodrigues. A moção foi aprovada apenas com a abstenção do PSD e visava "contestar junto do Governo e da APL a construção do edifício projectado" para Santa Apolónia.

A APL vem agora afirmar que "por orientação expressa da tutela (Secretaria de Estado dos Transportes) o projecto para o terminal de cruzeiros deverá ser concretizado e desenvolvido em estreita coordenação com o Município de Lisboa." O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, já afirmou esta semana que o estu- do apresentado "está morto e enterrado", garantindo que este não será construído.

Foi o estudo de projecto revelado para aquela zona, que previa um edifício de 600 metros de comprimento e seis de altura, que motivou as críticas. Num debate promovido pelo Fórum Cidadania Lisboa e pela Associação do Património e da População de Alfama, a 28 de Setembro, Sousa Tavares disse que "ao contrário de pessoas que dizem que a APL tem coisas positivas, acho que é uma associação de malfeitores", acrescentando ainda que "é um inimigo público da cidade", pelas construções que autorizou. Presente no mesmo debate, o eventual próximo responsável pela frente ribeirinha, José Miguel Júdice, disse estar "numa espécie de limbo", já que não foi nomeado para qualquer cargo.
Ao DN Miguel Sousa Tavares disse preferir não comentar o caso. O contacto com o vereador do Urbanismo na CML, Manuel Salgado, não foi possível até ao fecho desta edição.

 

LISBOA: ANTIGUIDADE E RIQUEZA HISTÓRICA SÃO PRINCIPAIS ATRACTIVOS PARA OS TURISTAS

Publicado no Publico / Lusa, 02.10.2007

A maioria dos turistas estrangeiros que visitou Lisboa no mês de Junho (61 por cento) considerou a antiguidade e riqueza histórica como os maiores atributos da cidade, segundo um inquérito realizado pelo Observatório do Turismo da cidade. os 841 inquiridos que visitaram a região, mais de 80 por cento confessou que viajar para Lisboa foi a sua única ou principal escolha de destino e um terço dos turistas disse ter sido influenciado nessa escolha por familiares ou amigos.

As actividades eleitas pelos turistas foram passear a pé, visitar monumentos, museus ou atracções e experimentar a gastronomia e os vinhos. Para muitos, a Torre de Belém, o Castelo de São Jorge e o Mosteiro dos Jerónimos são os monumentos mais procurados e, a Baixa, Belém e Alfama os locais preferidos.

Enquanto 40 por cento dos inquiridos declarou ter reservado a viagem através de um operador turístico, 38 por cento dos visitantes preferiram a comodidade das novas tecnologias e marcaram as passagens pela Internet. Para 54,8 por cento Lisboa é uma cidade bela e bonita e a hipótese de regressar é "muito provável" para 54,3 por cento. Alguns (11,2 por cento) declararam, até, que a viagem acabou por se revelar uma "magnífica surpresa", ao mesmo tempo que para 24,6 por cento a cidade excedeu as suas expectativas. A quase totalidade dos entrevistados (98 por cento) recomenda a visita a Lisboa.

terça-feira, outubro 09, 2007

AOS DOMINGOS ALFAMA É DOS CARROS

Desde 2004 que Alfama anseia por sinais de trânsito para assinalar o caminho para os parques de estacionamento junto ao rio mas, apesar do projecto estar aparentemente aprovado, ainda não houve verba.


No entanto, no mesmo local local onde deviam estar as placas para assinalar aos visitantes o caminho para os parques de estacionamento, foram recentemente colocadas novas placas a avisar que aos Domingos o trânsito no Terreiro do Paço está condicionado, enquanto isso, à noite e aos fins-de-semana os carros acumulam-se em Alfama na Rua Jardim do Tabaco, apesar dos 4 parques de estacionamento na zona ribeirinha (a menos de 100 metros) estarem permanentemente vazios e as pessoas não conseguirem andar pelos passeios.


Não há duvidas que a iniciativa no Terreiro do Paço é interessante mas a localização dos parques de estacionamento não deveria estar incluida nas placas?



O mais curioso é que até os carros da CML estacionam em cima dos passeios na Rua Jardim do Tabaco em vez de darem o exemplo.












segunda-feira, outubro 08, 2007

METRO DO TERREIRO DO PAÇO E SANTA APOLÓNIA INAUGURAM A 22 DE DEZEMBRO

Pela Lusa/SOL, 8 de Outubro 2007

As estações do metropolitano do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia serão inauguradas a 22 de Dezembro, anunciou hoje o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino. Nessa data, ficará completa a Linha Azul do metro, que ligará Santa Apolónia à Amadora, adiantou Mário Lino, durante uma visita às obras no Terreiro do Paço, acompanhado das secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e do presidente do Metropolitano de Lisboa, Joaquim Reis.

O ministro justificou o atraso de dois anos e meio da obra do Terreiro do Paço com questões de segurança e a necessidade de reformular todo o projecto. «O anterior túnel teve de ser abandonado para que fosse construído um novo, mudou-se o local da estação. Na prática foi todo um novo projecto», sublinhou.

sábado, outubro 06, 2007

MUSEU DO PÃO EM LISBOA

A mercearia tradicional do Museu do Pão abriu portas na Rua dos Bacalhoeiros em Lisboa onde antes funcionava uma antiga cordoaria perto da Conserveira de Lisboa que fica no n.º 34.

O espaço foi recuperado preservando a antiga traça e já é um ponto de passagem dos roteiros turisticos da Baixa e de Alfama com uma excelente oferta de produtos tradicionais, nomeadamente enchidos, conservas e pão produzido no Museu do Pão em Seia.

LIVRARIA ESPANHOLA



A Livraria Espanhola mudou-se da rua do museu do Chiado para a Rua da Madalena, 56-58 na fronteira de Alfama com a Baixa Pombalina.

Apesar do novo local necessitar de obras de monta, quem passa na Rua não adivinha o espaço acolhedor onde se pode encontrar antiguidades, livros (em Castelhano) e cds de música clássica a preços muito simpáticos.

e-mail: livraria_espanhola@yahoo.es

sábado, setembro 29, 2007

MIGUEL SOUSA TAVARES CLASSIFICA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE LISBOA COMO "ASSOCIAÇÃO DE MALFEITORES"

Novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia e Alfama
28.09.2007 - 12h59 Lusa, PUBLICO.PT

Miguel Sousa Tavares qualificou ontem à noite a Administração do Porto de Lisboa (APL) como uma "associação de malfeitores", durante um debate sobre a construção do novo terminal de cruzeiros na capital, obra promovida por aquela entidade.
"Ao contrário de pessoas que dizem que a Administração do Porto de Lisboa tem coisas positivas, eu acho que é uma associação de malfeitores", afirmou o jornalista no debate promovido pelo Fórum Cidadania Lisboa e pela Associação do Património e da População de Alfama.
Segundo Sousa Tavares, "não é por acaso" que a APL — tutelada pelo Ministério das Obras Públicas — não se fez representar no debate sobre o terminal, uma obra que envolve a construção de um hotel e de um muro com seis metros de altura e cerca de 600 metros de comprimento. "É um inimigo público da cidade", acusou Sousa Tavares, referindo-se a construções autorizadas por aquela entidade.
O jornalista desafiou o advogado José Miguel Júdice — que poderá vir a coordenar a reabilitação da frente ribeirinha —, também presente no debate, a modificar as relações da APL com a cidade. "Está numa situação invejável porque não tem nada a perder, não quer o lugar e tem uma oportunidade única de fazer obra", afirmou, dirigindo-se a Júdice. "Exija poder de facto sobre a Administração do Porto de Lisboa, poder de suspensão sobre o que está em causa", incitou.
José Miguel Júdice recusou-se a esclarecer que papel poderá desempenhar na reabilitação da frente ribeirinha. "Neste momento pouco ou nada posso dizer. Estou numa espécie de limbo", advertiu no início do debate, que decorreu no Instituto Superior de Psicologia Aplicada.

quinta-feira, setembro 27, 2007

CÂMARA DE LISBOA CONTESTA TERMINAL DE CRUZEIROS E EXIGE SER OUVIDA PELA APL

A Comissão Nacional de Eleições acusou a Gebalis de violar o princípio da neutralidade e imparcialidade e o seu presidente demitiu-se

Publicado no Publico, 27.09.2007, por Inês Boaventura

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou ontem, por maioria, uma moção contra a construção do terminal de cruzeiros de Santa Apolónia e o facto de esta obra, da responsabilidade da Administração do Porto de Lisboa (APL), estar a ser desenvolvida sem que o município tenha sido ouvido sobre o assunto.
A moção, que foi aprovada com a abstenção dos vereadores do PSD, resultou da fusão de uma proposta do vereador José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda, com uma proposta dos vereadores da lista Lisboa com Carmona. Na moção defende-se que o terminal de cruzeiros interfere no "acesso e fruição da frente ribeirinha" e atenta contra "o sistema de vistas de e para o Tejo".

A Câmara de Lisboa decidiu contestar a construção do terminal de cruzeiros junto da APL e do Governo e exigir a este último que o município passe a ser "parte na discussão e aprovação de qualquer projecto para a zona em causa". A moção aprovada manifesta ainda "o profundo desagrado e indignação pelo facto de estar a ser feito um projecto desta envergadura e impacto sem que o município tenha sido ouvido", descontentamento que se estende à "forma de diálogo que a APL tem estabelecido" com a autarquia.

O presidente da Câmara de Lisboa considerou que o projecto que está a ser desenvolvido pela APL "é uma má solução", sublinhando que aquela entidade "não está dispensada de dar informação ao município". António Costa revelou ainda que em Abril de 2007 o ministro do Ambiente propôs à autarquia a constituição de três sociedades para intervir nas áreas da Baixa-Chiado, de Belém e de Pedrouços, proposta que acrescentou não merecer a sua concordância e estar a ser negociada com o Governo.

As mais duras críticas à APL vieram do ex-presidente Carmona Rodrigues, que a acusou de "falta de respeito institucional, transparência e rigor na utilização do erário público", e do vereador Pedro Feist, que afirmou que aquela entidade "persiste em fazer o que não lhe compete", vivendo "de costas viradas" para a CML. A pedido da vereadora Helena Roseta, António Costa vai agendar uma reunião extraordinária destinada a debater a frente ribeirinha e a relação entra a autarquia e a APL.
Na reunião de ontem, o vereador Fernando Negrão revelou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) concluiu que a empresa municipal Gebalis violou o "princípio da neutralidade e imparcialidade das entidades públicas" na campanha para as eleições intercalares em Lisboa. Em causa está uma queixa do PSD contra a Gebalis devido à realização num bairro municipal de um concerto do cantor Toy, na altura em que era apoiante e autor do hino da candidatura de Carmona Rodrigues.
Segundo António Costa, "na sequência" deste parecer em que a CNE censura "com veemência" a actuação da Gebalis e anuncia que vai enviar o processo para o Ministério Público, o presidente da empresa apresentou a sua demissão, devendo em breve ser apresentada a nova administração. O presidente demissionário é Francisco Ribeiro, que nas últimas eleições integrou a lista independente de Carmona Rodrigues.

domingo, setembro 23, 2007

DEBATE SOBRE A CONSTRUÇÃO DO TERMINAL DE CRUZEIROS EM ALFAMA

A Associação do Património e da População de Alfama e o Fórum Cidadania Lx vão promover um debate público sobre as intenções da administração do Porto de Lisboa de construir um terminal para barcos de cruzeiro em Alfama.

Dia 27 de Setembro de 2007, pelas 21h, no auditório do ISPA (Rua Jardim do Tabaco, nº34, junto ao Museu Militar em Santa Apolónia) com a participação de várias individualidades e instituições. Entrada livre.

CARTAZES E GRAFFITI EM ALFAMA

A praga de grafitti que degrada o património histórico e o espaço publico em Alfama concorre directamente com a comunição de alguns partidos politicos que deviam ser um exemplo em vez de sujarem as ruas e paredes do bairro. Que moral?