Publicado no DN, por Kátia Catulo e Pedro Saraiva
Cada vez que chove, os moradores de Alfama, em Lisboa, temem que a capela do bairro fique inundada com a água dos esgotos. "Desde Novembro que é isso que acontece porque as obras de saneamento no Largo do Chafariz de Dentro estão paradas", adverte
O achado arqueológico provocou a suspensão das obras e estas só poderão recomeçar com a autorização do IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico: "O problema é que, enquanto estamos à espera do parecer deste instituto, vamos continuar a ter uma enorme cratera no Largo do Chafariz de Dentro e inundações dentro da Capela da Nossa Senhora dos Remédios", critica a autarca.
Só este ano, as chuvas já provocaram por duas vezes o abatimento da Rua dos Remédios. Nos dias 18 e 25 de Fevereiro, a força das correntes fez saltar as tampas dos esgotos e destruiu parte daquela artéria: "A água desce da zona do castelo e ao chegar à Rua dos Remédios não tem por onde ir porque o colector ainda não foi colocado." O único canal por onde a água pode escoar é portanto pela capela mortuária de Alfama.
Nos dias seguintes, os funcionários da junta de freguesia retiraram as alcatifas e as carpetes da capela e lavaram-nas no lavadouro público de Alfama, mas os esforços foram
Inicialmente, previa-se que o colector passasse ao lado dos edifícios do Largo de Chafariz de Dentro para evitar a destruição da muralha. Mas uma avaliação técnica da câmara concluiu que o edificado daquela zona poderia não resistir aos trabalhos subterrâneos. "Foi preciso refazer o projecto e apresentar outra solução, que implica a destruição dos achados arqueológicos", explica a autarca
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