sábado, fevereiro 16, 2008

SUBSOLO DE LISBOA VAI FICAR REGISTADO EM BASE DE DADOS

Publicado 13-02-2008 por Diário Digital / Lusa

Todas as condutas, esgotos, redes de comunicações e infra-estruturas instaladas no subsolo de Lisboa vão ficar registadas numa base de dados informática no âmbito de um projecto que visa a «melhor coordenação de obras» no espaço público.
O principal objectivo do projecto da autarquia, denominado 'Lx Subsolo', «é diminuir o impacto provocado pelas obras na vida dos cidadãos», através do conhecimento antecipado das alterações que as infra-estruturas vão ter nos diferentes locais da cidade, explicou à Lusa a responsável do programa, Márcia Munõz.
O «Lx Subsolo» vai permitir às empresas concessionárias de serviços à cidade [EPAL, EDP,PT,Gás] «optimizarem os meios e recursos operacionais, bem como diminuir os tempos de intervenção», dando como exemplo a abertura de uma vala onde diversos operadores possam intervir em simultâneo.
As negociações com as empresas fornecedoras de serviços, quanto ao tipo de ficheiros a utilizar na base de dados informática comum, estão em fase de conclusão, estando previsto para meados deste ano o carregamento de todo o cadastro das concessionárias de serviços à capital.
O carregamento informático das estruturas de duas áreas piloto da cidade - da Alta de Lisboa, por ser uma área nova, e a de Alfama, que devido à antiguidade «não se sabe ao certo» o que existe por baixo do chão - vai começar em breve, garantiu.
A vantagem de um cadastro deste tipo é «todos saberem o que existe debaixo do chão», em tempo real, evitando problemas de rupturas ou qualquer outro acidente com máquinas, disse ainda a técnica, exemplificando com um caso recente: «uma obra levada a cabo na Avenida de Berna ia provocando um incidente» militar, quando uma máquina abria uma vala para de condutas rasgou um cabo de comunicações do Exército, em virtude de não existirem registos da infra-estrutura.
Outro dos objectivos do projecto é permitir à câmara de Lisboa saber com antecedência as intervenções que cada empresa pretende efectuar e calcular automaticamente as taxas camarárias a aplicar, uma vez que as concessionárias terão de definir até 30 de Setembro o calendário e local de obras, para o ano seguinte.

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