segunda-feira, agosto 21, 2006

LISBOA ACOLHE II BIENAL INTERNACIONAL DA LUZ EM SETEMBRO

Lisboa será palco de 21 a 30 de Setembro da segunda edição da Bienal Internacional da Luz - Luzboa 2006 -, um evento dedicado à luz e iluminação que leva à rua várias manifestações de arte contemporânea. Ao longo da cidade vão ser criados três percursos que atravessam zonas carismáticas, transformadas com projectos de iluminação originais, celebrando a noite e promovendo várias intervenções artísticas, anunciou hoje em conferência de imprensa Mário Caeiro, director da Bienal.
O evento, que este ano decorre sob o lema «A arte atravessa contigo a noite», é uma iniciativa da associação cultural Extramuros (que actua no espaço público desde 2000), em parceria com a câmara de Lisboa, a EDP e a embaixada de França, contando ainda com apoios de várias marcas e empresas.
Durante várias noites, será promovida a imagem de Lisboa que poderá ser vista transformada pela arte da Luz que ilumina edifícios, ruas e monumentos, apresenta projecções, esculturas e figuras que actuam com fatos iluminados.
O percurso da «Lisboa aristocrática», que vai do Príncipe Real ao Largo de Camões, será dominado pelo vermelho.
Neste caminho, poderá ser vista uma estrutura iluminada idêntica a um electrocardiograma, obra da artista checa Jana Matejkova intitulada Coração, que pretende criar «as pulsações» da cidade.
Mais à frente, o jardim de S. Pedro de Alcântara vai ser iluminado com lanternas vermelhas, a sinalizar o seu actual estado: fechado para obras de remodelação.
O percurso da «Lisboa Pombalina» vai do Chiado a Santa Justa, onde predomina a cor verde.
No Chiado haverá projecções em edifícios, no Largo de São Carlos haverá uma instalação-escultura, Cavalo de Tróia, da autoria do artista Bruno Peinado, uma peça que brilha e gira sobre uma base e permite neste espaço um jogo de reflexos.
No espaço dos antigos Armazéns do Chiado haverá uma projecção com «uma floresta» de luz, um projecto com o nome Sur Nature, da autoria de Miguel Chevalier, um artista que nasceu no México e vive em França.
Finalmente, será iluminado a azul o caminho da «Lisboa Antiga», que vai das Escadinhas de São Cristóvão até Alfama, num percurso onde haverá também uma intervenção sonora, com fado gravado, a acompanhar a projecção de retratos de habitantes do bairro.
Na Costa do Castelo vai estar «2004-Light, Color and no Sound», da autoria do português Pedro Cabral Santos, e no Miradouro de Santa Luzia uma peça fotográfica descrita como «monumental», que apresenta uma figura feminina tendo como cenário o céu estrelado de Lisboa.
A bienal vai ainda sugerir um novo projecto de iluminação permanente para o Panteão Nacional, mais ténue do que o actual e com uma mutação de cor muita lenta, explicou Samuel Fernandes, coordenador-geral da iniciativa.
Esta será a segunda edição da Luzboa, depois de a primeira iniciativa do género ter decorrido entre Maio e Setembro de 2004.

Diário Digital / Lusa 18-07-2006 7:01:10

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